Katerina Diaz
Tínhamos acabado de pousar em solo inglês e as nossas malas estavam a ser retiradas do avião enquanto nós vestiamos os nossos casacos pois não fazia propriamente calor na Inglaterra.
— Está tudo bem princesa? — perguntou Jude chegando mais perto.
— Só um pouco enjoada. — Eu respondi fazendo uma careta. — Espero que esta fase passe rápido.
— Vai passar e eu estou aqui para ajudar. — ele disse beijando a minha testa em seguida e entrelaçou os nossos dedos para finalmente sairmos do avião acompanhados de Denise. — O meu pai e o meu irmão devem estar á nossa espera.
— Estou um pouco nervosa! — eu sussurrei para que apenas Jude me ouvisse e ele riu.
— Nervosa porquê? Já falaste com o meu pai várias vezes e com o meu irmão é quase todos os dias. — Ele disse descendo as escadas na minha frente sem largar a minha mão.
— É diferente, ele sabe que estamos juntos e falamos várias vezes mas e se ele não reagir á gravidez da mesma maneira que a tua mãe reagiu? — perguntei.
— Tanto o meu pai como a minha mãe são pessoas bastante compreensivas e que estão sempre dispostas a ajudar. O meu pai não vai reagir de maneira diferente, eu tenho a certeza. — ele disse e eu assenti mas não me consegui livrar do nervosismo. Apesar de tudo, estava bastante ansiosa para, finalmente, conhecer Jobe pessoalmente.
Assim que saímos do avião tinha já um carro á nossa espera que nos levou da pista para perto da porta que dava acesso ao interior do aeroporto.
Arrastavam agora cada um a sua mala e ao longe já podia avistar Mark e Jobe. O miúdo é enorme, consegue ser mais alto ainda do que Jude.— Finalmente estou a ver a minha cunhada ao vivo e a cores! — disse Jobe abrindo os braços com um enorme sorriso no rosto mostrando a sua covinha na bochecha direita. Muito fofo.
Aceitei timidamente o seu abraço e ele apertou-me fortemente.
— Mais bonita ao vivo mesmo! — ele disse e eu sorri afastando-me ligeiramente do mais novo.
— Obrigada! — eu estava bastante envergonhada.
— O sogro também merece um abraço não? — Mark sorriu abrindo os braços para mim e eu logo me aconcheguei nele. Que família maravilhosa! — Obrigado por estares aqui. — ele falou baixo só para que eu ouvisse. — Ele está tão mais feliz desde que está contigo.
— Acredite, não está mais do que eu por estar com ele. — eu disse da mesma forma e logo nos afastamos.
Não nos alongamos muito ali no aeroporto e fomos para casa dos Bellingham.
Eu estava com fome, nem parece que tinha jantado antes de vir para cá.— Judie! — sussurrei para ele que estava ao meu lado nos bancos de trás do carro. Eu estava no meio dele e do irmão enquanto o seu pai conduzia e a sua mãe ia ao lado. — Eu estou com fome!
— Não tarda muito estamos em casa e eu preparo algo para tu comeres. — ele disse beijando as costas da minha mão que estava entrelaçada na sua.
— Tu nem sabes cozinhar! — eu disse divertidamente.
— Talvez precise de um pouco de ajuda mas isso não interessa. — ele riu e eu assenti. — Eu vou aprender, eu juro.
— Não precisas! Eu cozinho para ti! — eu disse.
— Preciso sim, também quero fazer coisas boas para a minha namorada. — ele disse e eu revirei os olhos.
— Tu já fazes muitas coisas boas! — eu disse sem segundas intenções mas pelo seu olhar e pelo seu sorriso no canto dos lábios, ele levou aquilo para outros caminhos. — Jude!