Capítulo 37

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| Luise |
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     O Ian tá estranho. Sinto que ele está muito desconfortável desde que voltou da conversa com aquela chata.

     A Larah não é a mulher mais sutil que eu conheço, e ele passou muito tempo lá com ela.

     É óbvio que aconteceu alguma coisa, e ele parece estar evitando o assunto. Mas antes que eu diga alguma coisa, ele me chama a atenção para um item muito atípico na lista.

     Rae.

     Um nome pequeno.

     Irreal.

     Fictício.

     Mas, por algum motivo, ganhou tanto significado que veio parar na lista oficial de crianças.

      — Por onde começamos? — dou uma boa olhada nos nomes.

      Meu amigo olha para mim e parece pensar, eu no entanto, divido meus pensamentos entre essa menina imaginária e nos últimos acontecimentos.

       — Pelo começo. — responde.
      Estreito os olhos, seu tom soou como um deboche, mas o conheço a tanto tempo que tenho certeza que ele está falando no literal.

      — Quando ela foi adicionada na lista?

      — Exato. — ele desliza o dedo na tela.

      Faço o mesmo, procurando pela data no email, e o que eu encontro me surpreende.

      — Faz uns três meses apenas. — ele diz antes de mim.

      — Mais ou menos ao mesmo tempo que os raptos começaram. — penso sobre isso em voz alta.

      — Não pode ser coincidência.

      — Não mesmo. — concordo com ele — Mas como vamos investigar isso?

      — Vamos pensar. — ele começa a andar de um lado para o outro — Há uns meses algumas crianças começaram a sumir misteriosamente.

      — Sim, e pelas imagens que vimos, elas estavam tendo um comportamento estranho antes do ocorrido. — ele andando pra lá e pra cá está me dando agonia.

      — Pois é. — seguro seus ombros fazendo ele parar seu olhar se fixa no meu — Elas passavam muito tempo com seus amiguinhos imaginários.

      — Também é importante lembrar que não são crianças comuns, são crianças especiais. — solto o ombro dele — Com dons selecionados.

      — E os raptos aconteceram em locais públicos e lotados de pessoas.

      — Seja quem for a pessoa, é muita ousadia.

      — É sim. — ele limpa a garganta — O que mais temos? — ele se senta.

      Penso em todas as informações que coletamos até agora.

Muito bom, amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora