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| Cloe |
+-----------------------------------------------+Meu irmão sempre me ensinou que em casa de visita temos que ser os melhores hóspedes, acordar mais cedo e ajudar com a bagunça que fizemos. Mas nunca foi assim com os Carters. O senhor Ryan Carter sempre me tratou como da família, mesmo eu não estando tanto tempo aqui quanto meu irmão. Relembro aqueles dias, a parte mais difícil era não poder estar com o Ian, ficar sem poder ver ele foi horrível.
Cansada de ficar rolando na cama, me levanto e vou até a cozinha. Eu sempre fico admirada com o lugar, o estilo clássico americano com detalhes que mesclam o rústico e o moderno, de forma que um completa o outro. Encontro a Maggie preparando algo com cheiro bom, parece massa frita e canela, mas tem formato de rosquinha. Meu estômago ronca chamando sua atenção.
— Bom dia, Cloe. — ela diz andando para lá e para cá, em uma dança que só ela entende — Gostaria de experimentar? — ela aponta para a forma que acaba de retirar do forno.
— Bom dia. — cumprimento com um sorriso — Eu adoraria, amo sua comida.
Ela me ofereceu uma deliciosa refeição, que em poucos minutos, já havia sido devorada. A canela junto ao mel inundam minha boca, a explosão de sabores me faz suspirar de prazer. Depois de um tempo, Karen e Luise surgem na cozinha, e enquanto a primeira come um após o outro, a outra se contenta com alguns.
— Isso é saudável para um café da manhã? — uma voz grave surge na porta — E ainda deram para a Cloe também? — Josh pergunta, olhando firme para as filhas.
Há um sorriso escondido em seus rostos que elas mantém abaixados. Mas nenhuma ousa responder.
— Cloe, depois de terminar seu café, preciso falar com você.
— Sim, senhor Carter.
Ele se retira, e logo recebo olhares das gêmeas. Vou até a geladeira e me sirvo de um copo de suco de maracujá.
— Ele te chamou para conversar? — Karen começa — O que será que você aprontou?
Ela apoia a cabeça nas mãos e me analisa com os olhos. Apesar de ser uma mera brincadeira, me sinto nervosa, sempre que o Ryan conversa comigo, sinto que ele está lendo minha alma, e vendo muito mais do que as meras respostas que dou a ele.
— Quem apronta aqui é você, Karen. — Luise diz e todas rimos, inclusive a própria Karen — Mas o que você acha que é, Cloe?
Penso por um instante e não tenho muita ideia do que ele pode querer falar, pode ser tanta coisa, ele pode mencionar meu desempenho nos treinamentos ou pode até me dar uma missão, embora essa segunda opção seja menos provável.
— Será que ele vai querer saber do James? — Karen sugere e se levanta para pegar um pote de biscoitos, olhamos para ela surpresa que sua fome nunca acabe — O que foi?
— Como eu disse na noite anterior, eu pesquisei um pouco sobre ele. — digo tomando um gole de suco de maracujá — Ele é um cívil, não pertence a nenhuma agência, e além disso, é medroso, tem medo de barata, mão machucaria uma mosca. — explico lembrando do dia que ele quase teve um ataque cardíaco ao ver uma barata na rua.
— Eu não julgo ele. — Luise diz indo até a geladeira e pegando uma caixinha do seu amado Todinho — Odeio insetos! E baratas são nojentas.
— Também tenho certeza que o papai investigou a vida dele, todinha. — Maggie completa colocando a última fornada — Já deve saber até o nome da tataravó dele.
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Muito bom, amigo
Science FictionLuise e Ian sempre foram bons amigos. Nada mais que isso. Após relacionamentos fracassados, ele busca apenas boas noites, e Luise sequer procura alguém. Mas um bom amigo é para todas as horas, não é mesmo? Este livro está conectado com: Não quero ni...