17° capítulo

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Traguei o meu cigarro enquanto dava passos lentos pelo salão, sorri

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Traguei o meu cigarro enquanto dava passos lentos pelo salão, sorri.

Eu estava muito chapado…

Eu gostava promiscuidade desse lugar, eu me via aqui. Intenso, cretino, me sentia vivo. Não era…solidão, tinha tantas pessoas aqui. O silêncio que havia na minha casa toda noite, acabava quando eu entrava por aquela porta. O som de The Weeknd, as dançarinas dançando pintandas de dourado e preto…

E principalmente os gemidos que se misturavam a música envolvente. Era tão sujo quanto eu. Me joguei num dos enormes sofás e passei a língua pelos lábios focando a minha atenção na ruiva sendo fodida, não por três homens, e sim, quatro. A cara de prazer dela ao ser fodida em todos os buracos possíveis, era impossível não sentir tesão nisso. O melhor era olhar pro lado e ver mais uma, dessa vez uma loira, mas essa estava só com um homem…

Eu me sentia bem ali, me sentia pertencente a algum lugar. Era bom!

Dei mais uma tragada no cigarro batizado e pisquei um par de vezes, eu tinha uma queda absurda por bundas. Foquei minha atenção total a mulher de costas no bar, usando uma calcinha fina de renda e cinta liga, com meia calça. Puta merda, que mulher gostoso.

Então ela virou de frente apoiando os cotovelos no balcão, o corpo era esculpido, os seios enormes presos dentro do sutiã, cabelos escuros e olhar marcante. Ela era uma deusa. Seus olhos correram até o gangbang ao vivo e ela sentou num dos bancos afastando as pernas e colocou a calcinha pro lado, me fazendo sentir o pau endurecer dentro da calça, eu fodeira aquela boceta facilmente. Naquela noite, eu e Nadja fomos a atração principal do clube, eu fodi ela na frente de todo mundo, era excitante saber que só eu estava sentindo o calor dela, a maciez da sua pele, o aperto da sua boceta. Ela era exibicionista, nós dois gostávamos de mostrar e demos um show, não havia necessidade de trepar com outras mulheres, mas eu gostava de saber que elas sentiam tesão em me ver.

Sai dos meus devaneios e dei um gole na minha bebida, meus olhos foram até Vittoria que conversava com Esmeralda sobre algum assunto que eu não fazia ideia, as duas se davam bem.

O que Rael sugeriu é uma boa possibilidade, se nós pegarmos o Vladmir, iremos deixar a Bratva confusa e talvez eles não tentem vir pra cima de nós, afinal, não tem nem motivo pra isso. Pelo o menos ao meu saber, eles entraram nessa por burrice.

Mas algo me diz que não é só isso, a Bratva não entraria no nosso território e tentaria matar a Vittoria. Algo me diz que tem mais alguma coisa, algo que fez eles quererem entrar nisso. O meu medo e ver a Vittoria alheia a isso, ficou muito claro pra mim que ela sabe se defender, não é qualquer um que sabe mexer num SVLK-14S, alguma dos nossos nao saberia. E ela tem uma puta de uma boa mira, capotou três carros com um disparo. Mas o meu medo é que ela não saiba quem de fato está tentando lhe matar, como eu digo pra ela que é um casinho meu?

Sai do sofá e caminhei até a enorme mesa de mármore, Enzo estava sentado na mesa e Esmeralda tentava fazer ele comer algumas frutinhas. Passei meus olhos em Vittoria que observava tudo atenta.

— Na…—Enzo cuspiu a fruta fazendo a maior nojeira. Ele fez careta e me olhou.

O garoto tinha tirado o dia pra estressar os pais dele, Esmeralda suspirou e fez um bico lhe encarando, o garotinho piscou os olhos e fez a mesma expressão pra ela.

— Você não quer comer?—Indagou— Então não vou tentar mais…

— Papai…—Ele chorou tão alto que Rael apareceu com os olhos arregalados na sala e encarou a criança— Papa…

Rael se aproximou e tirou o babador dele, pegou o garoto no colo e lhe encarou bravo, se sentou na cadeira com ele no colo e o menino ficou em pé tocando no rosto do pai dele. Mas quando viu que o pai estava sério, ele sentou de novo e começou a brincar com a camisa.

— Por isso não quero crianças agora— Falei e Rael pegou um pedaço de maçã e entregou pra ele.

— Pra comer— Disse e o menino segurou o pedacinho de fruta entre as mãos e levou a boca, dando uma mordida minúscula e passou a mastigar.

Vittoria parecia encantada olhando meu afilhado, será que ela queria ser mãe? Não perguntei essas coisas ainda, a gente precisa conversar mais.
(...)

Peguei as chaves do meu carro e desci as escadas de casa, suspirei ao encontrar Vittoria na sala, ela estava sentada no sofá com um caderno na mão enquanto não tv passava alguma seria ou filme, sei lá.

— Você vai sair de novo?—Indagou quando eu passei por ela.

Fechei os olhos por alguns segundos. Eu nunca dei satisfação da minha vida para ninguém.

— Vou sim— Digo e ela larga o caderno no sofá e me olha.

— Você tá indo pra onde?—Eu franzi a testa e passei por ela parando na porta.

—Eu tenho que dizer todos os meus passos pra você?—Indaguei e ela ficou de pé cruzando os braços.

— A partir do momento que tem uma aliança— Ergueu a mão me mostrando o anel em seu dedo— Sim!

Revirei os olhos, isso era uma merda. Quando na minha vida eu tive que dizer pra alguém onde eu iria? Nunca, cresci sozinho e nunca falei nada pra ninguém, e odeio que me cobrem as coisas.

— Tá indo encontrar alguma amante?— Olhei em volta— Se você estiver me fazendo de palhaça não iria aceitar. Não aceito traições— Ergueu a voz na parte da traição— Eu prometi diante de toda a família que seria fiel, espero que você seja homem e cumpra a sua palavra também.

Aquilo me deixou bem irritado, mas eu não expus nada, não ia surtar…não iria.

— Você prometeu ser submissa…

— Sob a mesma missão— Sorriu erguendo as sobrancelhas— Aceitei estar na mesma missão que você, estar do seu lado. Espero que não esteja me traindo, se tiver eu vou descobrir e aí você vai ter problemas, muitos maiores do que a Famiglia, terá problemas com uma mulher traída.

Eu ri.

— Você não seria capaz…

— Eu seria capaz sim— Ela deu um passo a frente— Ninguém me faz de idiota. Pode você até sair por aquela porta ali— Apontou em direção— Mas saiba, que eu vou descobrir, se você estiver fazendo algo errado, marido.

Eu cerrei os olhos e punhos e a loira raivosa me lançou um último sorriso antes de virar, batendo a pontinha dos cachos no meu rosto e sair em direção as escadas. Uma insolente!

Se ela achava que poderia me mandar, estava mais do que errada, eu não ia ficar aqui por que ela queria. Por isso me virei e fui em direção a porta, e não, eu não pretendia trai-la, eu só queria ficar sozinho. E ter um momento de solitude.

Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora