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Três Dias Depois…
Me afastei do espelho e encarei meu reflexo, num dia normal eu não andaria vestida daquele jeito de forma alguma. Passei os últimos três dias de cama e muito pensativa. Sei que a Nadja não morreu ainda, o grande problema é que para algumas pessoas, a morte é uma solução, eu bati nela, quebrei seu braço, mas foi apenas isso. Ela não pagou por ser uma cobra, por ser covarde…e tudo mais.
Na cabeça daquela vaca, eu ainda sou frágil, sou fraca, e apenas tive sorte em conseguir pegar ela. Na cabeça dela o Matheo era louco por ela, e só estava cumprindo seu dever, isso me incomoda muito. Eu tenho um homem que beijaria o chão onde eu piso, quero que ela saiba disso.
Por isso, escolhi um vestido curto, de mangas longas, mas que deixavam minhas pernas expostas, o vestido era vermelho, escolhi saltos um pouco mais altos do que usaria normalmente e por baixo da roupa, eu tinha optado, talvez, pela peça mais ousada que já tenha usado, uma lingerie com cinta liga, numa renda incrivelmente perfeita. Eu nem tinha apresentado a minha pior parte para a Nadja hoje, e estava com medo do que eu mesma ia ver de mim. Deixei meus cabelos soltos para o lado e escolhi um batom escuro e somente delineado. Peguei minha bolsa encima da cama e sai do quarto descendo as escadas mantendo o rosto sempre erguido. Sai da minha casa e atravessei o quintal entrando no carro que já me esperava, mantive os olhos no caminho até o galpão. Era na casa do Don, mas era realmente distante. Estaria ótimo para mim.
Passei pelos seguranças entrando no local que me parecia apenas um anexo da mansão do Rael e assim que entrei dei de cara com o próprio. Seus olhos se arregalaram e ele se virou para mim.
— O que faz aqui?—Indagou.
— Vim ver meu marido— Nesse momento Matheo abriu uma porta e parou ao me ver.
Os olhos desceram pelas minhas pernas e ele umedeceu os lábios batendo a porta e vindo para perto.
— Espero que me entenda Don, eu quero acabar com isso— Falei firme.
—Querida, você não precisa.
— Só vou me sentir bem, se eu mesma der um basta nisso— Respondi. Os dois homens se encararam até que Rael balançou a cabeça em concordância— Por favor, quero ficar a sós com ela, peça para que os outros homens saiam.
Ele ficou alguns segundos me encarando e depois passou por mim. Não era necessário que falasse, Rael tinha muita autoridade, então bastou um aceno e o local ficou vazio.
— O que você pretende?—Matheo indagou me seguindo.
Abri a porta e olhei o galpão com poucas coisas, estava limpo pelo o menos. E no canto esquerdo havia uma extensa mesa de madeira com objetos de tortura e de frente para…lá estava ela, amarrada, com o braço quebrado roxo pelo tempo em que está quebrado. Segurei a mão do meu marido e caminhei até ela, os olhos dela caíram em mim e depois em Matheo onde permaneceram por tempo demais, o que me irritou, soltei a mão dele e me aproximei segurando seu queixo fazendo-a me encarar.
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Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"
RomanceTalvez eu não merecesse ter ela. Ela era boa demais. Doce demais. Linda demais. Ela era pura. Inocente. Quase um anjo. Eu não tinha um pingo de humanidade. Não era bom. Nem doce. A parte do lindo, talvez. Não era um homem puro. Muito men...