Talvez eu não merecesse ter ela.
Ela era boa demais.
Doce demais.
Linda demais.
Ela era pura.
Inocente.
Quase um anjo.
Eu não tinha um pingo de humanidade.
Não era bom.
Nem doce.
A parte do lindo, talvez.
Não era um homem puro.
Muito men...
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Era uma sensação tão gostosinha ter Matheo dormindo abraçado comigo, eu me sentia protegida com ele. Nunca tiva com o que comparar, não tive relacionamento anteriores, mas eu amo o meu marido.
Acho que o amo.
Mexi meus pés entrelacodos nos dele e ergui os olhos observando o rosto bonito, o peito subia e descia levantamento, ele estava exausto. Passei meus dedos pela barba por fazer que lhe deixava mais atraente, os braços fortes estavam me abraçando. Os ombros largos tatuados. Ele era tão lindo, eu sou sortuda em tê-lo.
Meu marido abriu os olhos me olhando e eu sorri quando ele me apertou fazendo meu corpo colar no seu.
— Bom dia— Sorriu pequeno dando um cheiro no meu pescoço e depois me encarou erguendo uma sobrancelha— Não vai me dar um beijinho?
— Nem escovamos os dentes— Matheo riu.
—Concordo— Ele deitou novamente e eu observei as tatuagens.
Ele não era cheio delas, algumas pareciam até incompletas. Havia uma no peitoral, era uma fênix renascendo, as do braço eram desconexas, havia uma bússola, um esqueleto de um mapa e algumas coisas escritas.
— O que está escrito aqui?—Passei meu dedo pela tatuagem com símbolos…em japonês?
— É tailandês— Ele cruzou os braços acima da cabeça relaxado, não parecia carregar o peso de problemas enormes nas costas—Vivi una bella vita—Falou e eu sorri— Eu mereço viver uma vida bela.
— Merece— Me sentei na cama passando a mão pelos cabelos e os prendi num coque mal feito.
— Você não tem vontade de fazer uma tatuagem?—Meu marido desceu os olhos por mim me analisando, eu ia sair da cama, pra me ajeitar, até que senti seu braço passar pela minha cintura e me puxar pro seu colo, ele puxou o lençol branco junto nos cobrindo— É toda branquinha, lisinha?—Sua mão deslizou pela minha coxa até minha bunda onde ele esmagou me fazendo reclamar pela pegada bruta.
Matheo enfiou as mãos por debaixo da minha blusa e pegou meus peitos os esmagando entre as mãos.
— Ai— Gemi— Dói— Reclamei e ele riu, antes de deixar um tala estalado e voltar com a mão até minha bunda, se enfiando dentro do meu shortinho de dormir.
Eu só queria ir ao banheiro…
— Não tá afim?—Passei a língua pelos lábios pois sentia a minha boceta melada, grudando na minha calcinha. Neguei.
— Agora eu quero— Ele sorriu, e eu ouvi o tecido do meu short estalar e logo depois ser colocado pro lado, deve ter rasgado alguma parte da costura.
Matheo se sentou comigo no colo e puxou minha blusa pelos meus braços e os jogou no chão.
— Vou fazer um amorzinho gostoso com você, agora— Meus olhos brilharam na promessa.
Eu deixei minha cabeça pender pra trás quando senti sua língua quente no meu mamilo, enfiei as mãos por dentro dos seus cabelos e fechei os olhos aproveitando a sensação gostosa de ter ele duro embaixo de mim enquanto eu estava em chamas. Matheo nos virei no cama ficando por cima e me olhou no escurinho gostoso do quarto. Ele ergueu a cabeça e me olhou todo bonitinho antes de me dar um beijo na bochecha, dos dois lados, e depois na testa enquanto descia a mão descia entre nossos corpos, ouvi novamente o estalo do meu vestido e cerrei os olhos quando ele puxou o tecido da calcinha box rasgado para fora do lençol e jogou no chão. Meu marido sorriu pra mim, como se não estivesse prestes a me foder, alisou meu rosto com o polegar.
— Te amo muito, amorzinho—Eu abri a boca num O perfeito quando ele me penetrou devagar debaixo dos lençóis.
Tudo, absolutamente tudo encaminhava para um amorzinho muito gostoso, o friozinho, nós dois pegando fogo debaixo dos lençóis e principalmente toda a conexão que existia entre nós. Meu marido passou a estimular meu clitóris e desceu os lábios chupando meus mamilos de maneira dolorosa e gostosa.
Matheo começou a investir lentamente dentro de mim, entrando em cada pedacinhos e voltando a sair, num vai e vem perfeito. Eu abracei seu pescoço e já não me importei se a gente estava com bafo, eu só queria o máximo dele, tudo que eu podia. Beijei sua boca sentindo ele ir fundo, mais lento…quase me sufocando.
— Ah…— Gemi baixinho— Me fode…— Matheo piscou os olhos e me encarou sorrindo sacana, meu corpo deu um solavanco pra frente e apertei os olhos quando ele entrou forte.
Joguei a cabeça pra trás e fechei meus olhos aproveitando a sensação de tê-lo dentro de mim, envolvi as pernas ao redor do quadril e uni nossos lábios num beijo gostoso. Eu gemi contra seus lábios sentindo meu orgasmo vir, e gozei, ele não parou.
Nem por um segundo enquanto eu sentia meu corpo em combustão e logo depois gozou sem parar nos movimentos prolongando meu orgasmo e se derramando em mim.
(...)
— Não devo voltar pra casa essa noite— Soltei o pente de cabelo o depositando sobre a penteadeira e lhe encarei atravéz do espelho.
— Por que?
— Rael me ligou agora e disse que os ratos estão vindo até nós— Ergui as sobrancelhas entendendo o que ele queria dizer.
Será que ela também viria? E quando o Matheo a encontrasse, como ia reagir?
Meu marido deu um beijo no meu pescoço e sorriu pra mim.
— Amanhã eu venho tomar café com você…faça um bolinho, o que eu gosto— Balancei a cabeça devagar.
— Tá bom— Ele deixou um beijo na minha bochecha e depois foi até o closet.
Voltei a pentear meus cabelos perdida em pensamentos, não queria pensar assim, mas era difícil. Mesmo que o Matheo me diga que não existem sentimentos…foram quatro anos. Nem nos temos isso, se juntar quando nos conhecemos até hoje, não dá nem seis meses. Não é cinquenta por cento do tempo que eles tiveram juntos. Eu terminei de me pentear e levantei da cadeira. Não pretendia sair e sabendo do que está por vir, não era o melhor sair de casa.
— Olha isso— Matheo saiu do closet e veio até mim me estendendo uma foto pequena impressa.
Abri um sorriso.
— E você?
— Aham— Disse e eu observei, era ele recém nascido num berço.
Ele era grandinho e usava roupa azul, os olhos abertos olhavam para a pessoa que tirou a foto. Ele foi um bebê fofo.
— Imagino como será o nosso—Falei passando o dedo pela foto.
— Você quer ter um logo?—Imdagou e eu dei de ombros— Se quiser me avisa…eu faço um em você, até dois, se for certeiro— Revirei os olhos.
— Eu quero ter você só pra mim por algum tempo— Lhe abracei apoiando o queixo em seu peito, isso que eu não era baixa— Você me prometeu viagens Matheo…posso ficar com a foto?—Ele concordou e me deu um beijo.
Meu marido não pode ficar comigo por mais tempo e saiu de casa meia hora mais tarde. Eu coração ficava na mão sabendo o que viria, talvez fosse tranquilo, mas eu sabia que não seria. Mas também ficava claro ele era uma máquina, treinado, e até mesmo o diabo temia ele.
Como imaginava que Esmeralda também estava passando pelo mesmo, eu liguei pra ela e conversamos por longos minutos até ela decidir que viria pra cá, ligou para o marido que permitiu e mais tarde ela vinha.
