Talvez eu não merecesse ter ela.
Ela era boa demais.
Doce demais.
Linda demais.
Ela era pura.
Inocente.
Quase um anjo.
Eu não tinha um pingo de humanidade.
Não era bom.
Nem doce.
A parte do lindo, talvez.
Não era um homem puro.
Muito men...
Desculpem, achei q vcs iam demorar pra bater a meta rs
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Uma semana depois…
Olhei o líquido amarelo dentro do copo e trouxe até os lábios apreciando o sabor do suco de maracujá, eu preferia com menos açúcar, o azedinho me agradava bastante. O inverno chegou, gostava tanto dessa época do ano, o friozinho esquentava meu peito.
A última semana não foi fácil, e eu sofri pela morte da minha mãe. Me recolhi algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo e eu cheguei a conclusão de que não havia nada que eu pudesse fazer por ela. Ela se meteu com eles, e eu me neguei a acreditar naquilo, tanto que briguei até com o meu marido. Haviam dois lados, o dela, ao qual se meteu e traiu a Cosa Nostra, e o deles, da Bratva, que estavam nos atacando por todos os lados. E tiveram vitória, pois conseguiram matar ela. Não tinha inocente ali.
E o Matheo sempre ficou ali, ele passou a semana inteira completamente disponível, mas eu me afastei, preferi assim. Queria viver meu luto e hoje, uma semana depois não estou completamente curada, mas estou melhor do que antes. Me sinto viva novamente e mais disposta. Obviamente, Giorgia me fará falta, ela era a minha mãe, uma pessoa controladora, mas ela sempre esteve comigo e cuidou sempre. Do jeito dela, mas fez.
Sai de perto da janela e sentei no sofá da sala olhando a lareira ligada queimando a madeira.
— Vittoria?—Olhei para o lado vendo Matheo entrar na sala, usando calça moletom e sem camisa— Tudo bem?—Ele me deu um beijo na bochecha.
— Tudo…você vai sair?—Indaguei.
— Vou treinar um pouco— Disse— Quer ir? Pra ficar comigo um pouquinho?
Olhei para os meus pés pensativa. Eu podia treinar também, essa semana não fui e estou sentindo falta dos exercícios. Mas não estava com muito ânimo.
— Não tô muito animada— Matheo deu a volta no sofá e se ajoelhou na minha frente alisando minhas pernas.
Eu arrepiei todinha!
— Nem pra ficar me vendo malhar?—Sorriu convencido e lhe dei um peteleco dando risada também— Vem comigo, não quero ficar longe de você— Matheo levantou estendendo a mão pra mim.
