19° capítulo

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Os chás das senhoras da Máfia geralmente eram realizados na casa das senhoras mais velhas, que já sabiam como fazer o evento

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Os chás das senhoras da Máfia geralmente eram realizados na casa das senhoras mais velhas, que já sabiam como fazer o evento. Dessa vez séria organizado por Florença, ela é esposa de um caporegime, uma mulher de aproximadamente quarenta anos. A casa dela seguia um estilo antigo de casas típicas da Sicília, preservando sempre por um jardim bem cuidado, havia uma tenda branca estalada no jardim, embaixo, mesas bem organizadas. Eu e Esmeralda andamos pelo caminho de pedras e as outras que estavam ali, primeiro me olharam de cima a baixo e logo depois todos os olhos se voltaram para Esmeralda.

Ela era temida, eu temia ela. A mulher matou um homem na frente de toda a Famiglia e depois fez a esposa dele jantar do lado do cadáver. Então, todas ali poderiam até olhar feio, mas nenhuma tinha coragem de dizer nada. Eu fui cumprimentar algumas moças que conhecia, abri um sorriso quando a minha mãe se aproximou e me deu um abraço antes de se afastar e me analisar com cuidado.

— Você está linda filha— Disse e eu sorri— Como está com o Matheo?

— Estamos bem— Menti e ela sorriu ainda mais feliz.

— Sua menstruação desceu?—Mordi a bochecha e pisquei um par de vezes, ela realmente estava me perguntando isso aqui?

— Desceu mãe— Menti, apesar de não ter menstruado ainda, eu não mentir pra ela, não ia ter filhos agora.

— Que porcaria— Ela quase gritou e depois olhou em volta— Não está indo atrás do seu marido?

— Mãe…

— Estou falando sério. Trate de ir atrás do seu marido todos os dias, ouviu garota? Todo dia, até ele enfia uma criança em você. Você tem que saber fazer alguma coisa…faça algo certo— Ela passou por mim batendo o ombro no meu e eu permaneci parada.

Fechei os olhos soltando o ar pela boca e me virei passando a mão pelo vestido. Sorri ao me aproximar das outras mulheres. Me machucava muito saber que a minha mãe mal perguntava como eu estava, ela ficou cega, nessa loucura de querer me casa, agora um neto. Eu me sentei ao lado da Esmeralda e senti os olhos da minha mãe queimarem sobre mim do outro lado da mesa. Não me importei!

— Você acha esses chás uma merda?—Ela sussurrou no meu ouvido e ri baixinho olhando para baixo— Podia pelo o menos ter cerveja— Mordi a bochecha e arrumei a minha postura.

— Você realmente não gosta né?

— Um bando de falsa— Esmeralda ergueu o queixo olhando as mulheres envolta da mesa.

Passei meus olhos pela mesa e boca de encheu de água. Principalmente na torta de limão, eu estava faminta! Abri um sorriso gentil me servindo e depois peguei um garfinho tirando um pedaço, era o tipo de doce que eu gostava, azedinho com um toque delicado de cítrico e doce, nada enjoativo.

— Como está as últimas semanas de casada?—Indagou Florença, sentada na ponta da mesa.

— Muito bom— Sorri não querendo falar muito sobre isso.

Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora