23° capítulo

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Encarei a tela do computador e batuquei os dedos contra a mesa de madeira

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Encarei a tela do computador e batuquei os dedos contra a mesa de madeira. Vladmir era um homem um tanto burro, ele estava aqui na Sicilia. Era até engraçado. Agora estávamos monitorando ele num restaurante, nossos homens estão lá para cuidar que ele venha até nós, iremos sequestrá-lo.

Vai ser o início de alguma coisa, que eu ainda não sei como será. Em pensar que vou matar o pai da Nadja, não sei onde ela está. Mas com certeza ficará com ódio de mim, não tenho dúvidas disso.

— Ele é muito idiota— Rael disse olhando a tela.

O cara agia como se fosse um rei, como se não tivesse em território da Cosa Nostra.

— Depois que pegarmos ele, as coisas vão ficar intensas— Falei e Rael balançou a cabeça concordando.

— Andei pensando na possibilidade de mandar a Esmeralda e o Enzo para a o Estados Unidos pensei em Ohio, Illinois…são lugares tranquilos— Disse pensativo.

— Acha que vai ser necessário?—Ele deu de ombros.

— Se eu perceber que minha mulher e meu filho correm riscos, não vou exitar em manda-los para longo— Se ajeitou na cadeira.

Eu não sei se a Vittoria iria, e nem se eu conseguiria ficar longe dela, espero que nada disso seja necessário. Nós ficamos ali esperando até o momento onde ela saiu do restaurante e no estacionamento foi interceptado por nossos soldados, deixaria que eles fizessem a parte chata de levar o Vladmir até um cativeiro, amanhã vamos lá. Sem pressa para que ele possa aproveitar a estadia antes de ir pro inferno. Depois eu fui para casa e quando cheguei fui direto tomar um banho, não encontrei Vittoria ali, talvez estivesse na academia o na piscina, troquei de roupa colocando algo mais simples e depois desci as escadas indo em direção a academia. Empurrei a porta de vidro e parei coçando as sobrancelhas. Eu sempre a encontrava em posições muito sugestivos, ou talvez fosse apenas a minha mente meio ninfomaníaca que me fazia pensar nas formas de foder ela.

— Oi— Sorri fechando a porta e me aproximei dela. Me encostei na parede e cruzei os braços.

Vittoria estava no chão, fazendo mobilidade, porra ela é muito flexível. O pior era ver a bunda naquele shortinho que ela usava.

— Oi— Ergueu a cabeça e sorriu, depois ela levantou e foi pra esteira começando a caminhar— Como estão as coisas?

— Tá tudo bem— Falei— Tudo encaminhado…

— Acredita que eu engordei dois quilos?—Indagou e me encarou com os olhos arregalados— Eu perdi a linha.

— Acho que você está gostosa— Falei a verdade. Pra mim era isso, ela só estava gostosa.

Gostosa pra caralho!

— Não pra mim— Ela olhou o painel da esteira.

Vi ela aumentar o ritmo dos passos gradativamente. Franzi a testa observando minha esposa, eu vi poucas vezes ela com a mãe, talvez fosse uma imposição da mãe dela que a mesma mantivesse um peso que considerava ideal. De uns dias pra cá, eu venho observando a Vi as vezes come muito, isso não é problema, só que é um ciclo, ela come muito numa refeição e as vezes nem almoça direito. Isso sim, não é saudável.

— Você  se importa em engordar dois quilos, ou alguém já disse que você não poderia engordar?—Me aproximei e ela passou a mão pelos cabelos e me olhou diminuindo o velocidade da esteira.

— Se eu começar a engordar, vou ficar horrível mais pra frente— Disse.

Mordi o lábio e ergui a mão deslizando a esteira e fazendo ela parar completamente. Vittoria pendeu a cabeça pro lado e suspirou.

— São dois apenas— Falei— Sua mãe que falou que você não podia engordar?

— Foi— Disse cabisbaixa descendo da esteira e se sentou no tapete soltando um suspiro.

Senti vontade de matar a velha por colocar tanta merda na cabeça da filha. E talvez não fosse do isso que ela disse, talvez tenha sido muitos absurdos. Isso só de confirmou quando ela ergueu a cabeça e me olhou. Franzi a testa e me sentei no chão cruzando as pernas. Passei a mão pela sua bochecha úmida.

— Só estou menstruada— Ela sorriu limpando o rosto— Aí eu fico sensível.

— Eu espero que você saiba que você é uma mulher dona de si agora…ela fica se metendo na sua vida? Você tem que se impor, você agora é minha esposa. Ela não tem que dizer nada.

— Quando eu era menorzinha, quando tinha uns doze anos, eu era gordinha, ela me colocou no balé por isso, depois vivia falando pra eu cuidar da minha alimentação, porque se não ia ficar gorda de novo.

— De verdade? Ela não tem que se meter em nada, foda-se o que ela pensa— Vittoria piscou os olhos prestando atenção ao que eu falava— Você de verdade se encomoda com dois quilos a mais?

Minha esposa deu de ombros.

— Então foda-se— Falei— Se não te incomoda, foda-se.

— E você? Se encomoda? Porque o que eu mais é homens traindo as esposas com mulheres esculpidas…sei lá? Ia gostar se eu tivesse silicone? A tal da Nadja tinha peito grande…

Entendi, tinha sido fácil demais fazer ela entender da Nadja. E eu achei que ficaria por aquilo mesmo, óbvio que não. Ela ia voltar nessa merda de assunto sempre que conseguisse.

— Eu não traiu você— Afirmei— E outra, não sou a maioria dos homens. Não me encomodo que você está com dois quilos a mais,  foda-se cara! E outra, eu gosto de mulher. Gosto de mulher com peito pequeno, com peito grande, alta, baixa, morena, loira, gorda, magra. Não tenho preferência…

— Então é um galinha?

— Mas— Ergui um dedo— Só tenho olhos pra você, me casei com você e firmei um contrato contigo— Ela deu um sorriso de lado— E outra acho que esses dois quilos foram direto pra sua bunda— Vittoria me deu um tapa no ombro— Você tá gostosa…existe alguma chance da gente transar com você nesse estado?

— Não— Disse firme e levantou— Tô com cólica…você não vai conseguir nada comigo pelo resto da semana.

Depois disso ela saiu da academia me deixando sozinho. Eu dei um sorriso me vendo no reflexo do espelho, eu ia comer ela ainda essa semana. Ela apenas não sabe ainda. Logo eu, um homem que ama ver sangue, imagina sujar meu pau com sangue. Só de imaginar já fico com tesão.

Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora