Dei um passo para trás batendo as costas contra a porta da cabine do banheiro e olhei para o lado onde a Antônia estava, e ela tinha um olhar mortal. Ela abriu o sorriso, talvez o mais diabólico que eu já tenha visto na vida, como se estivesse possuída, engoli seco e puxei o ar quando ela deu um passo a frente e passou direto por mim. Corri até a porta e girei a maçaneta, a porta estava trancada.
—Meu Deus…— Ela acertou o primeiro soco no rosto dele, os dois eram bem altos…
Mas ele devolveu, e não deu tempo para que ela revidasse, e a acertou com outro soco bem forte, dessa vez na barriga e depois segurou em seus cabelos jogando ela em direção ao espelho. Eu só tive tempo de cobrir o rosto com os braços quando o vidro se espatifou inteiro e ela caiu no chão com o rosto ensanguentado.
— Não…— Ergui os braços flexionando levemente meus joelhos— Espera aí…
— Você eu levo inteira—Ele veio na minha direção em passos rápidos e eu abri a boca quando me empurrou contra a porta, apertando meu pescoço me fazendo perder a força por alguns segundos.
Bati em seu braço e olhei para cima encontrando os olhos dele fixo nos meus. Usei a mão direita para segurar seu pulso, e rapidamente empurrei a outra contra o cotovelo, ou ele me soltava, ou quebrava o braço, consegui escapar e me virei pegando um vaso decorativo encima da pia, o homem tentou novamente chegar perto, mas fui mais rápida e bati o vaso contra a lateral da sua cabeça, e depois lhe acertei um soco, que o deixou tonto. E ele caminhou para trás incrédulo.
— Vadia— Ouvi murmurar e sorri fechando a mão em punhos, e ficando em posição de luta.
Ele fez o mesmo e sei lá, acho que o tamanho dele me intimidou, pois ele foi muito rápido e me deu um soco no rosto, que senti minha bochecha cortar e precisei me virar de lado para cuspir o sangue, e foi nesse momento que ele agarrou em meus cabelos.
— Socor….— Ele me deu um tapa forte no rosto e cobriu minha boca.
— Cala a boca— Esbravejou e eu fiz careta pela força em que apertava meus cabelos.
Aperto meus olhos, sentindo meu couro cabeludo doer por conta da força, e quando pensei que poderia me soltar, sinto seus braços robustos envolvendo meu pescoço. Tento me libertar, mas ele é rápido e preciso, ajustando seu aperto de forma implacável. A pressão aumenta e sinto minha visão começar a ficar turva.
— Ando logo— Me balançou entre seus braços,e eu tossi enfiando as unhas no pulso— Anda porra!— Meus olhos se fecharam e eu me esforcei para abri-los novamente.
Inclinei o corpo para frente, ouvindo o som abafado do meu próprio coração, enquanto tentava afastar seus braços, mas a força já estava me deixando, tentei acertar uma cotovelada nele, mas também não consegui e minha vista escureceu em seguida, me levando a escuridão.
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Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"
RomantizmTalvez eu não merecesse ter ela. Ela era boa demais. Doce demais. Linda demais. Ela era pura. Inocente. Quase um anjo. Eu não tinha um pingo de humanidade. Não era bom. Nem doce. A parte do lindo, talvez. Não era um homem puro. Muito men...