50° capítulo

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O lado direto do meu rosto estava dolorido, mas não pior do que meu pescoço, não era um dor de pancada e sim por ficar muito tempo na mesma posição

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O lado direto do meu rosto estava dolorido, mas não pior do que meu pescoço, não era um dor de pancada e sim por ficar muito tempo na mesma posição. Eu já estava acordada a uns dez minutos, mas preferi ficar assim, para pensarem que eu ainda estava desmaiada, quem quer que fosse que tenha me pego. Abri meus olhos lentamente mantendo a vista para baixo e passei os olhos pelo que me parecia ser uma sala pequena com um sofá velho e eu estava amarrada numa cadeira, minhas mãos presas para trás amarradas e meus pés também.

Lentamente eu ergui a cabeça sentindo meu pescoço doer muito e olhei para os lados me dando conta de que estava numa casa pequena, a cozinha era do tipo americana e havia uma mesa uma mesa redonda. Esfreguei uma perna na outra sentindo que a faca ainda estava comigo, mas eu não ia conseguir pegar ela, enquanto estivesse amarrada. Não tinha nada que pudesse me ajudar a me soltar das cordas. Voltei atenção para frente e pisquei um par de vezes, era como algo arrastando no chão e demorei a entender, até que ouvi os gemidos, femininos e masculinos. Joguei a cabeça para cima olhando o teto com apenas uma luz apagada. Fechei os olhos voltando a abaixar a cabeça. Eu não faço ideia de quem é aquele homem, e a Antônia, era iria me defender. Será que estava morta?

Os minutos se passaram até que eu não ouvisse mais os sons de tortura. Permaneci de cabeça baixa quando ouvi o barulho da porta ser aberta, eu conseguia ver o pé, era uma bota preta e depois outros pés. Fechei os olhos e senti quando algum deles ergueu meu rosto e me deu um tapa forte da lateral do rosto, era o segundo tapa. Eu contaria cada um que levasse aqui. Abri os olhos encontrando um sorriso debochado, os olhos escuros e pretos, com sombra escura me olhavam com desprezo.

— Até que enfim nos conhecemos pessoalmente— Sorriu— Bonequinha.

— Nadja—Falei seu nome e pisquei.

Ela se afastou e sentou no sofá de frente para mim, cruzando os braços e as pernas, do meu lado estava o homem que me bateu e me trouxe para cá, eu faria o que ele fez comigo, mas não ia ser para desmaiar, eu ia matar ele asfixiado, ou quebraria o pescoço. Voltei minha atenção para ela, que desviou para o homem, ele se retirou, saindo pela porta da sala.

— Eu esperei tanto…— Ela riu pegando um cigarro no bolsa e o acendeu dando uma tragada—Pra te ver pessoalmente…que decepção, achei que fosse melhorzinha.

— E você é exatamente do jeito que eu pensei— Ela ergueu a sobrancelha curiosa e expirou a fumaça contra meu rosto, me fazendo sentir o cheiro do cigarro.

— Como?

— Nojenta— Ela riu.

— Somos nojentas igual então, porque o homem que tá com você, já estava comigo— Falou— Você é tão graça…Matheo com toda certeza está sentindo falta de mim.

— E ele?—Ri voltando a olhar para a porta— Tá usando ele? Pra conseguir o que você quer? Por que se o Matheo vier ficar com você, você mata ele?— Ela tragou o cigarro de novo.

Em Honra A Máfia - Livro 2 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora