TR: Trabalhando pra Gângsters

Cap.34 Passado do Takemichi

Oii~

Não me responsabilizo se vocês precisarem de psicólogo depois desse capítulo. Não tô podendo pagar nem o meu. E vcs estão lendo por conta própria e risco.

Dito isso... Boa leitura:

                 ~ | Takemichi POV | ~

Meus pais nunca me amaram... na verdade acho que eles nunca nem quiseram ter um filho. Mas eles tinham que passar a herança e o legado da família pra frente.

Eu nasci numa família extremamente conservadora e perfeccionista. Numa mansão robusta, sem vizinhos, e cercado por plantação gigante. Para os meus pais qualquer erro era inaceitável. E eu.. já nasci errado.

Minha mãe, loira de olhos azuis, um corpo exemplar mesmo depois de eu nascer, ela rapidamente conseguiu voltar a forma.

Meu pai, também loiro e lindos olhos azuis. Um corpo de dar inveja. Nunca pisou numa academia mas por algum motivo sempre estava em forma.

Eu nasci moreno, sobrepeso e a única coisa que me salvou foram os olhos azuis.

Durante os dois primeiros anos da minha vida, quase nunca via os meus pais. Nunca tomei leite de peito, porque minha mãe odiava a ideia de amamentar, ela dizia que murchava os peitos dela.

Então até os meus dois anos uma babá cuidou de mim. Mas no dia do meu segundo aniversário a babá foi demitida, a minha figura materna simplesmente desapareceu da minha vida sem dizer tchau.

Aí começaram as incessáveis torturas. Com apenas dois anos me colocaram pra aprender a ler, escrever e falar alemão, português, inglês, japonês e francês.

E qualquer erro era chicoteado nas pernas. Meus país se irritavam quando eu não aprendia e me trancava no quarto sem comida. Somente água. Foi assim que eu fui perdendo peso.

"Takemichi porque você não sabe pronunciar essa palavra direito"

"Takemichi isso tá errado!!"

"Takemichi você é burro?? Só pode! Não tem como você ser o meu filho!!"

Takemichi, Takemichi, Takemichi!!

Eu iria enlouquecer, estava a odiar o meu próprio nome. Falar sem permissão, ir ao banheiro sem permissão, brincar como uma criança normal não era nem cogitado pelos meus pais. Eu nunca nem sai de casa.

Todos os dois pareciam os mesmo até quando completei quatro anos, e conheci a minha avó... Kaya Hanagaki, mãe da minha mãe.

Ela passou a me visitar quase todos os dias, e me salvava dos meus pais. Passei a ter aulas com ela, e a minha avó conseguiu convencer os meus pais a parar com o francês porque aquilo era demais para uma criança de quatro anos.

Minha avó se tornou a minha luz naquela casa.

— Takemichi... — A voz doce dela me chamando me fez gostar do meu nome novamente. — Aqui.. a vovó te trouxe um presente!!

— O que é isso Vó?

— Sorvete!! Seus pais nunca vão te deixar provar, então toma aqui escondido.

Aquilo foi a minha primeira vez comendo um sorvete, aquela sensação gelada era incrível!! Desde então o sorvete é a minha sobremesa favorita.

Durante um ano eu esqueci oque eram os castigos. Eu melhorei bastante graças a minha avó. Mas mesmo assim meus pais nunca admitiam.

Até que começaram a se passar semanas e minha avó não veio mais. Mesmo com medo eu fui até os meus pais, perguntar o porque que a vovó não vinha mais.