Capítulo 27: Olhos vermelhos

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Visão do Jin

Estar na porta de sua casa depois de tudo que Nyx havia me contado sobre a intenção relação que eu tinha com Roger era estranho.

Ele então permitiu a entrada, meus passos dentro de sua casa pisando no chão de sua casa parecia tão inadequado, porquê todos esses sentimentos estavam em mim.

- Então porque está aqui- Roger me questionou em um tom de voz embargada.

Mordi o lábio inferior, fechei os punhos colocando o polegar dentro da palma das minhas, cada uma destas coisas eram jeitos para não tentar tocar no assunto.

No entanto ve-lo ali esperando que algo saísse de meus lábios era uma sensação vertiginosamente cruel, como se pequenos insetos se alimentassem de mim.

-Nyx me contou tudo, eu vim aqui saber...e tudo verdade?

Roger nada disse ele parou em minha frente, seu silêncio era pior que um murro ou um chute, eu estava ansiando por uma resposta, eu não essa sabia porque, contudo eu queria nem que fosse uma negação para pelo menos aliviar o que eu estava sentindo.

Roger se sentou enquanto se mantinha enrolado em sua coberta, ele parecia deprimido ou mesmo depressivo.

-Você é eu, acho que foi tudo um sonho besta de um idiota apaixonado, mas fazer o que Acontece.

Eu estava sem reação, sem fala, sem expressão, sem nada, não conseguia acreditar que tudo aquilo que me foi dito a horas atrás era real....

Recuo alguns passos, sento no tapete sujo, os antebraços apoiados no joelho...

A voz embargada, os olhos vermelhos, a coberta em volta do corpo.... O sentimento de melancolia depressão e tristeza, tudo talvez tivesse sido causado por mim...

Saber que tudo isso tinha eu como motivação, não conseguia imaginar um castigo pior para mim do que carregar essa culpa...

Com a voz trêmula, olhos imersos em água, eu só tive uma reação.

Abraçá-lo de modo a apertar firme o tecido da coberta que envolvia seu corpo.

Mesmo não merecendo, senti Roger a retribuir o meu gesto, ele podia estar me abraçando com o tecido da coberta.

No entanto, exigir mais que isso seria injusto da minha parte....Ficamos alguns segundos presos um no outro...

E quando finalmente um soltou o outro eu só sentia uma insatisfação, agora como se algo estivesse errado... Será que o certo era estar com ele, será que era certo me questionar sobre isso.

Todas as minhas noções de certo e errado estavam em parafuso, solta-lo fazia eu me sentir perdido, o que era verdade o que era mentira eu não sabia ao certo.

Depois de alguns segundos eu saí do lar de Roger, indo em direção a minha, em meu caminho as imagens tinha um gosto meio amargo, os sons tinham um cheiro podre, o que era aquilo tudo que só agora passava em minha cabeça.

Depois de alguns minutos eu estava em casa, meu avô chamava meu nome, no entanto era tanta coisa que martelava meu cérebro que nem respondi, bem como ele próprio pareceu não se incomodar.

Eu fui em direção ao meu quarto, de degrau a degrau eu perdia uma pouco do controle de mim mesmo.

Sentir o toque frio da maçaneta não era nada comparado com a gélida, vertiginosa e cruel confusão que rastejava sobre cada gota do meu sangue.

Pois bem, eu entrei em meu quarto foi na segurança deste mesmo quarto que notei o peso de tudo atingido meu eu por completo.

Vozes que berram para que você faça algo, recordações de momentos opressores que empurram você para baixo te sufocando segundo após segundo.

Seu crânio pesa toneladas com se uma grande caixa de problemas estivesse sobre sua cabeça empurrando ela até que rompa seus ossos.

Tudo isso acumulado correu por toda a minha pele, sangue nervos, cada fio de cabelo, pelo corporal sente isso em uníssono.

Um único surto foi tudo que eu tive gritei o mais alto que pude como se minha alma gritasse por mim.

Arremessei tudo longe, o celular atravessa o quarto atingido a parede, as coisas da minha escrivaninha chegam ao chão violentamente.

O fôlego já não era algo existente, meu corpo desaba de joelhos, aos berros tudo retorna com as imagens mais belas e horrendas, descem guela abaixo.

Sinto ódio, nojo, tristeza, vazio, porém também sinto a ternura e carinho que surge quando meu avô envolve seus braços em meu corpo deixando que eu libere tudo.

Dedico isso a todos os meus amigos, aqui está um pouco de tudo que sinto cada palavra veio do fundo da alma.

Amor SublimeOnde histórias criam vida. Descubra agora