Amor Sublime

Capítulo 16: O passado Vem ao presente

—Querido, você finalmente apareceu. Demorou, sabia?

"—Que diabos ele está fazendo aqui?", indaguei ao meu avô.

"—Por que diabos você permitiu que ele estivesse aqui?", questionei novamente.

"—Bem, ele veio te ver, sabe? Disse que estava arrependido, então eu disse para ele esperar."

" —Se ele quiser manter suas partes íntimas, é melhor que saia daqui."

Meu avô olhou para mim e disse: "Meninos, sentem-se para conversar. Vou preparar o jantar enquanto vocês tentam ter uma conversa pacífica, certo, Jin?"

—"Ah, educação é algo que eu reservo para não me relacionar com traidores", respondi de forma sarcástica.

Vi meu avô ranger os dentes e repreender: "Jin, tenha um pouco mais de educação, netinho."

"—Seu avô está certo, Jinzinho. Senta, se acalma. Eu não vim aqui para brigar, só quero meu amigo de volta, como na primeira vez, lembra? Nós éramos amigos."

"—Você tem 20 minutos, nem mais, nem menos."

"—Pode ser no seu quarto?"

"—Não, até porque você perdeu esse privilégio quando decidiu dormir com um hipócrita no formato de um capitão de futebol."

"—Ok, ok, pode ser aqui então."

Eu me sentei ao lado dele, um pouco afastado. Ele me olhava com aquela cara de cachorro arrependido, mas para mim, aquilo era apenas mais uma falsa tentativa de me ter de volta.

"—Olha, eu sei que errei quando dormi com o capitão do time de futebol, mas você também já teve uma queda por ele."

"—Eu nunca tive queda por ninguém."

"—Então, para você, eu sou ninguém?"

"—Você é alguém que eu devo esquecer, nada mais e nada menos."

". —Eu pensava que poderíamos, no mínimo, dar uma voltinha de moto. Lembra? Você adorava ficar agarradinho comigo quando íamos para o colégio."

". —Isso era antes de uma certa pessoa trair minha confiança."

"—Tá bom, já vi que sou um incômodo aqui. Só quero saber, ele é gostoso?"

" —Do que você está falando?"

"—O tal de Roger, seu namorado. Ele é gostoso?"

"—Você não tem nada para fazer, não? Em vez de ficar stalkeando minha vida."

" —Seu avô que me contou. Sem ele, eu não iria saber que meu amorzinho já partiu para outra."

Eu suspirei e soltei em seguida.

". —Olha, desde o momento em que você me traiu, você deixou aquele Jin que era louco por você lá no passado."

"—Que pena. Eu ainda tenho seu capacete guardado. E também seria bom ter um abraço como o seu novamente, gato."

"Capacete você joga fora, abraço enfia no cu. E só um aviso: vê se fica longe do Roger."

"Tá, calma, esquentadinho. A pessoa que eu queria parece que já me trocou por outra pessoa." Ele caminha para a porta e vejo ele pegando o capacete, colocando, sentando-se na moto e antes de sair, me diz.

"Te vejo mais tarde, meu Tsuki." Ele arranca com a moto, enquanto sua saída me deixa furioso, como ele teve a ousadia de estar na minha casa e saber do meu relacionamento, ele já havia perdido esse direito a muito tempo.

Nem sequer jantei, apenas fui para o meu quarto e liguei para minha amiga.

"Jin, o que foi, viado?"

"Você lembra do meu ex?"

"O motoqueiro, de cabelos castanhos. Gay, que te meteu galho, vagamente."

"Acredita que ele teve a ousadia de vir aqui em casa?"

"Pera, na sua casa?"

"E na minha casa. Meu avô deixou ele entrar, e meu avô ainda fez o favor de falar do Roger para o cara."

"Pera, o Roger está sabendo disso?"

"Não, eu não contei tudo, não sobre o Ren."

"Amigo, quer que eu vá aí para te dar chameguinhos?"

"Tô precisando. Vamos na sorveteria, preciso me acalmar."

— 20:00 noite, viado, seu avô te mata.

— Dane-se o velho, ele contou pro meu ex sobre o Roger. Isso é para ele aprender a não ser X9.

Eu escutei Nyx tentando falar algo, no entanto, antes que algo pudesse ser dito, eu apenas saí pela janela do meu quarto e caminhei em direção à sorveteria.

Enquanto eu passeava pelas ruas, vinha em minha mente a cena, a lembrança de um dos momentos mais doloridos da minha vida.

Aquele beijo que presenciei ficou na minha memória para o resto da minha vida.