Capítulo 17: Revelações do coração

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Demorei um tempo considerável para chegar à sorveteria, mas ao avistar Nyx ao longe, senti um pouco mais de tranquilidade. Sentei-me à mesa onde ela estava, sem proferir uma palavra, apenas peguei o sorvete de maracujá com chocolate que era característico da Nyx.

— Estou vendo que está chateado, amigo.

— Está bem óbvio, não está?

— Não, você simplesmente pegou o sorvete e começou a comer.

— Nyx, entenda, eu preciso lidar com minha frustração, e eu faço isso enchendo o bucho.

Mordi o sorvete enquanto fazia uma careta de desgosto do tamanho do mundo.

— Pare para pensar: seu ex na sua sala, tentando influenciar um familiar seu a voltar com você.

— Se meu ex estivesse na sala de estar, chamaria a polícia.

— Eu daria no saco dele mesmo.

— Ok, mas me explica como foi esse seu relacionamento com o Ren.

— Está bem, vou te contar o que aconteceu.

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Três anos atrás

Eu estava no último ano do ensino fundamental, e naquela época, eu era basicamente o mesmo que sou agora, mas não tinha tantos amigos como tenho hoje. Estava na sala lendo um dos meus livros quando o professor o apresentou.

— Alunos, este é o novo colega de vocês, Renshi Sato.

Eu o observei sem muitas expectativas. Ao contrário do Roger, ele não despertou nada em mim. Pelo menos, não a princípio, e isso continuou assim por algumas semanas.

Num certo dia, houve um campeonato de queimada, e eu estava exausto. Ele se aproximou com aquela máquina, vestindo uma jaqueta preta e capacete. Ao tirar o visor, questionou:

— E aí, gatinho, esperando o ônibus?

— Tá falando comigo?

— Bom, você é a única coisa bonita por aqui, né?

— Pelo que eu sei, a gente nem é amigo. Pode me dar licença.

Comecei a caminhar para casa, mas estava tão exausto que mal conseguia me manter de pé. Tropecei, prestes a cair no chão, quando senti meu corpo se apoiar em algo.

Era Ren, que apenas me manteve firme ali.

— Parece que você não está em condições de ir para casa sem ajuda, então vou fazer caridade.

Não disse nada, apenas aceitei a ajuda. Ele me levou em sua moto, e, a partir daquele dia, começamos a conversar e sair. As coisas ficaram sérias ao longo do tempo. Cerca de um ano depois, ele me levava para a escola e também me deixava em casa.

Então, após um evento de dança, tirei da minha mochila uma pulseira de berloques que pretendia dar de presente a Ren. Foi quando o peguei debaixo da escada do segundo andar da escola, quase sem camisa, beijando o capitão do time de futebol.

Foi nesse momento que percebi que tudo que vivemos se tornara uma mentira.

— Nossa, amigo, ele é cretino.

— Sim, ele é. Um cretino que agora está de volta na minha vida e pode arruinar o único relacionamento bom que tive desde que ele me traiu.

Nesse instante, meu telefone tocou. Era meu avô, furioso, pois já passava das 23:00 e eu ainda não estava em casa. Preparei-me para a bronca que estava por vir.

Visão do Roger:

Já era tarde, eu estava cansado e pensei em mandar uma mensagem para o Jin. No entanto, meus pensamentos sobre ele foram ofuscados por algo relacionado ao Jin que vi. Alguém o marcou em uma foto. Ao clicar na marcação, vi o que era: Jin Woo Shimada abraçado a um garoto de cabelos castanhos com um visual bastante questionável.

 Ao clicar na marcação, vi o que era: Jin Woo Shimada abraçado a um garoto de cabelos castanhos com um visual bastante questionável

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