Capítulo 35: As normas.

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Após passarmos um tempo abraçados, sentindo o calor e a paixão mútua, uma ideia me ocorreu. Minha relação com Roger era boa, até então sentia que faltavam alguns acordos entre nós. Então, deitado sobre ele, olhei em seus olhos verdes com meu olhar púrpura.

— O que foi, amor?

— Precisamos estabelecer alguns acordos na nossa relação — disse eu. Roger pareceu surpreso por um instante, e então perguntou — Por que precisamos de acordos? Nosso relacionamento não é suficientemente bom?

 — Pode até ser, mas acho que se fizemos alguns acordos pode ser melhor.

Vi Roger suspirar, mas ele rapidamente concordou, sem muita resistência. Sentamo-nos frente a frente e eu comecei a falar:

— Primeiramente, desejo que nossa relação seja sincera e honesta. Quero que você me conte tudo o que acontecer contigo, e eu também desejo poder compartilhar minhas coisas com você.

— Ok, então vou ser honesto, mas quero adicionar um acordo.

— Qual seria?

Roger se aproximou, e senti seus lábios perto do meu ouvido. Suas palavras claras me deixaram completamente desconcertado.

— A segunda regra do nosso acordo é que você pertence somente a mim e a mais ninguém — Assim que senti minhas bochechas esquentarem, perdi minha compostura e rapidamente Peguei um travesseiro e lancei em Roger, fazendo seu rosto afundar nas almofadas.

— Tá, tá... — Completamente corado, eu apenas concordei, mas logo retruquei com uma resposta direta — Mas eu também não vou dividir você com mais ninguém, você me pertence tanto quanto eu pertenço a você.

— Que isso amor, quem divide multiplica— Roger brincou me deixando completamente mal e inseguro, contudo eu jamais deixaria aquilo destruir nosso namoro

— Quem divide multiplica é o seu cu! Você é meu, não te divido com ninguém, e nem ouse me trair, se não eu te mato. Você ouviu, Roger Campos Rodrigues?

— Ok, ok, mas você também vai fazer aquelas stalkers suas pararem de tirar foto de você! — disse com uma expressão séria, quase impaciente, enquanto cruzava os braços.

— Oxi, por quê? — Perguntei, com a expressão franzida, claramente confuso e sem entender a gravidade da situação.

— Jin, você não tá entendendo! — ela disse, aproximando-se e baixando a voz, quase sussurrando, como se estivesse revelando um segredo. — Elas estão usando Photoshop para te deixar pelado! Dá para acreditar? Daqui a pouco, elas vão espalhar isso na internet, e você sabe como essas coisas se espalham rápido... Não posso deixar isso acontecer!

Eu soltei um suspiro, cruzando os braços enquanto pensava no que ela tinha acabado de dizer.

— Tá, você tem razão, — admiti, me rendendo. Mas aí, com um sorriso malicioso, senti que ainda havia algo mais a resolver. — Mas agora temos uma última coisa para decidir.

Vi Roger me olhar confuso, arqueando a sobrancelha.

— O que vamos decidir?

Eu sorri de lado, me divertindo com a inocência dele. Me inclinei um pouco para frente, como se fosse contar um segredo.

— Quem fica por cima na hora do sexo, — disse casualmente, sabendo que isso o pegaria de surpresa.

Ele ficou paralisado por um momento, piscando rápido, como se tentasse processar o que acabei de falar. Vi o rosto dele ficar um pouco vermelho antes de responder.

— Pera... sexo? — Ele parecia incrédulo, claramente não esperando isso de mim. — Você realmente já tá pensando em foder?

— Amor, uma hora nós vamos ter que fazer, né? — eu disse, tentando soar natural, mas meu coração batia um pouco mais rápido. — Eu e você já temos idade suficiente para isso. Além disso... eu quero tirar a sua... — hesitei, olhando para ele, esperando que entendesse o que eu queria dizer.

Roger me olhou com um misto de surpresa e curiosidade. — Espera... você não é mais virgem?

Suspirei, me preparando para a reação dele. — Então, meio que não sou mais. — Respondi, um pouco sem jeito, mas tentei não dar muita importância. — Mas isso não interessa agora. O que realmente importa é que eu quero te fazer feliz quando chegar a hora.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo claramente o que eu tinha dito, antes de levantar a sobrancelha e perguntar:

— E por que eu tenho que dar a minha bunda para você, sendo que é você que tá querendo fazer esse acordo?

Eu sorri, um pouco divertido com a forma direta como ele colocou a questão.

— Ora, porque você é o passivo aqui e eu sou o ativo, — respondi, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Não tá claro?

Ele me pegou completamente de surpresa. Num movimento rápido, Roger ficou sobre mim, seu corpo pressionando o meu enquanto eu repousava na cama. Seus olhos brilhavam com uma mistura de provocação e desafio. Ele me olhou fixamente antes de responder, em um tom veloz e decidido:

— Quem você disse que é o passivo?

Meu coração acelerou, e tentei manter o controle. — Você, eu disse que você é o passivo, — respondi, tentando não demonstrar o nervosismo que começava a me dominar.

Antes que eu pudesse reagir, seus lábios desceram até o meu pescoço. Ele mordeu, lambeu e beijou minha jugular e carótida com uma intensidade que me fez perder o fôlego. O prazer se espalhou por todo o meu corpo, tomando conta de mim de uma forma avassaladora. Eu tentei resistir, empurrando seu corpo para longe, mas ele não se mexia, continuava firme, sem sequer hesitar.

— Repete, — ele sussurrou contra a minha pele, sua voz baixa e provocante. — Quem é o passivo?

Eu abri a boca para responder, mas antes que as palavras saíssem, ele voltou a me provocar com seus lábios e dentes, enviando ondas de prazer que enfraqueciam qualquer tentativa de resistência. Então, de repente, senti suas mãos deslizando para dentro do meu shorts, e foi nesse momento que o pânico se misturou ao desejo, e eu gritei, com toda a força dos meus pulmões:

— Sou eu! Sou eu o passivo!

Roger sorriu de canto, um sorriso satisfeito e provocador, enquanto lentamente saía de cima de mim. Mas tudo dentro de mim já estava em chamas. Meu coração batia descontrolado, e meu corpo inteiro parecia queimar com o desejo que ele havia despertado. Quando vi suas mãos começarem a se afastar da minha pele, uma onda de frustração e necessidade me tomou.

Sem pensar duas vezes, agarrei sua mão firmemente, impedindo que ele fosse embora. Olhei diretamente em seus olhos, minha respiração acelerada, e com uma determinação feroz na voz, eu disse:

— Você começou essa porra, agora você vai terminar.

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