Amor Sublime

Capítulo 37: Um ato secreto

Diante daquele momento estranho e inesperado, o peso das palavras jogadas no ar parecia aumentar a tensão entre nós. As gargalhadas e risadas de Melissa ecoavam, mas eu não conseguia discernir se aquilo era uma tentativa de me sacanear ou apenas de aliviar o clima tenso que se formava.

— Eu e o Castiel já fizemos isso algumas vezes — disse ela, com uma leve despreocupação na voz. — Mas, no seu caso, as coisas são um pouco mais complicadas.

— Droga, não tem nada que você possa me ajudar? Alguma coisa que você e o ruivo fizeram que eu possa tentar com o Jin? Não precisa ser algo grandioso, só uma provocação, um estímulo, qualquer coisa!

Melissa riu novamente, com um tom de desdém, mas respondeu:

— A única coisa que me vem à mente pra vocês é... oral.

Fiquei em silêncio por um instante, tentando assimilar o que ela acabara de dizer.

— Como assim, oral? — perguntei, confuso.

Ela revirou os olhos, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Um boquete, uma chupada, você nunca ouviu falar disso?

Eu franzi a testa, ainda mais confuso.

— Melissa, se estou te perguntando, é porque claramente não sei, né?

Ela suspirou, parecendo impaciente.

— Tá bom, então presta atenção. Primeiro, um de vocês abaixa as calças. Assim que o pau dele ou o seu estiver de fora, um dos dois coloca a boca. Aí, dependendo de quem for chupar, o outro estimula com a boca... simples.

Eu não conseguia acreditar que estávamos tendo essa conversa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, soltei sem pensar:

— Puta merda, acho que vou precisar tomar um banho antes disso tudo...

Eu estava me preparando para sair da chamada, já me levantando para ir ao banho, quando ouvi Melissa dizer, quase em tom de alerta:

— Espera!

Parei no meio do movimento, confuso, e perguntei:

— Que foi agora?

Ela soltou um riso leve, mas havia um toque de seriedade na sua voz.

— Se você for chupar, vê se não engole, tá? — disse ela, com uma expressão que misturava humor e um certo aviso. — Não tem um sabor nada bom.

Fiquei parado por um momento, completamente sem reação, tentando processar a situação absurda que estávamos vivendo.

— Ah, e vê se não morde. — Melissa disse, como se fosse o conselho mais natural do mundo.

— Pera, por que eu morderia? — perguntei, ainda incrédulo.

— Acredita, tem gente que faz isso. — respondeu com uma risadinha, claramente se divertindo.

Desliguei a chamada, balançando a cabeça, e fui direto para o banho. A água caía com força, quase como se tentasse lavar não apenas o meu corpo, mas também a confusão da conversa. Eu esfregava meu pau de maneira frenética, tentando garantir que tudo estivesse perfeitamente limpo, como se isso fosse apagar a estranheza do que estava por vir.

De um lado, a ideia de eu me ajoelhar parecia mais simples — bastava escovar bem os dentes, garantir que minha boca estivesse impecável e pronto, nada demais. Isso me deixava um pouco mais tranquilo.

Mas, por outro lado, se fosse Jin a me chupar, ele sentiria o cheiro e o gosto do meu pau. Isso me deixou muito mais nervoso do que eu estava disposto a admitir, e a água que caía sobre mim parecia não ser suficiente para lavar essa preocupação.

Depois de uma limpeza completa e exaustiva, me vesti rapidamente, sentindo o cansaço pesar sobre mim. Cai na cama, esperando que o sono me levasse logo para o próximo dia, mas a mente ainda estava cheia de pensamentos confusos. A expectativa me consumia.

Quando o sol finalmente iluminou meu quarto, não senti a tranquilidade que esperava. Em vez disso, a ansiedade tomou conta de mim. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto pensava em tudo o que estava por vir.

Vesti minhas roupas de colégio com as mãos trêmulas, e a cada instante, meu coração batia mais rápido, como se estivesse prestes a explodir. Tentei me concentrar, caminhar pelas ruas como fazia todos os dias, mas a imagem daquele momento que eu tanto temia surgia a cada passo, tornando impossível pensar em qualquer outra coisa.

No interior do Colegio