Capítulo 29 - Armadilhas

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O corredor era estreito e escuro.

Apenas as luzes da tempestade lá fora iluminavam o lugar.

Seguimos a passos silenciosos pelo lugar, atentos a cada movimento que se revelasse ao nosso redor. Mas as portas eram barulhentas e as salas vazias, sem pistas ou respostas que procurávamos.

Continuamos a caminhar.

Depois de passar por uma porta, a escuridão ainda predominava, mas uma escadaria comprida surgiu diante de nós e lá em cima, na porta seguinte, podíamos ver a claridade ultrapassando a parte debaixo dela. Tem luz ali.

Isso indica algo bom ou péssimo?

Seguimos, Chris se apoia na porta e nos dá sinal, entrando em seguida.

Entramos prontos, mas nos deparamos com um corredor bem iluminado, móveis caros e um carpete fino. Parecia que havíamos entrado em outra dimensão, onde monstros, cadáveres e desespero não vagassem por ali. Mas sei que é apenas ilusão, já que aqui deve ser o berço de tudo isso.

Haviam duas portas e um elevador.

Claro que nossos olhos apontaram para o elevador.

Caminhamos até ele que tinha as portas abertas, mas quando aperto o único botão do painel, ele dizia "insira a ficha".

-- "Ficha"?

-- Não sei o que é, mas precisamos encontrar.

-- Espero que essa coisa nos leve para cima e não para baixo outra vez!

Jill reclama e Chris sorri para ela.

Olhamos para as duas portas e nos entreolhamos.

-- Aposto que é para esquerda!

Interrompo o silêncio e eles me olham curiosos.

-- Qual é, vamos sair do clichê de sempre ir para direita!

Eles sorriem e vejo o Leon piscar de canto para mim. Meu irmão segue para lá e vamos juntos, vendo que felizmente a porta estava destrancada, nos dando acesso para mais três.

E assim vamos nós...

-- Isso me soa aterrorizantemente familiar.

Jill fala e Chris concorda.

-- Com uma tal Mansão de uns anos atrás?

-- Com certeza... Frio e assustador. Sinto que algo pode me matar a qualquer instante. Sou a única?

-- Não.

Ele responde a ela e o Leon suspira.

-- Pelo menos nunca estiveram em um castelo antes... Quando fui resgatar a Ashley, encontrei um parecido. Até agora aquele parece mais luxuoso, mas o ar de "algo pode te matar a qualquer instante" é o mesmo. Ou eu diria que pior.

-- Muito ruim?

Pergunto e ele concorda.

-- As armadilhas são as piores coisas.

-- E companhias?

-- Péssimas.

-- Ótimo...

Ironizo, mas ele volta a pegar em minha mão.

-- Estamos juntos agora, não pode ser tão impossível assim.

-- Se você está falando...

Ele desvia parecendo – como sempre – saber mais do que diz.

Cada um deles vai para uma porta com rapidez. Meu irmão e a Jill entram na deles e em um minuto estão de volta, sem parecer ter nada de novo para contar. O Leon espera e quando vê que olhamos para ele, faz um sinal para o seguirmos.

Mente SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora