Capítulo 43 - Acabando Com o Pesadelo

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-- Vinte minutos para a detonação... Evacuação imediata.

Meu coração palpitava em meu peito.

Em minha mente se passavam mil lembranças em flashes.

Eu sei que agora definitivamente cada ação conta, porque é por elas que cronometramos nosso tempo... E agora, o tempo é essencial. O lugar todo está para explodir e o Leon está sob efeito de algo que já poderia tê-lo matado. Podemos tentar tirar isso dele, mas se ele acordar antes do tempo, talvez signifique que tudo estará acabado... Porque ele ainda está fora de si. Ainda não se lembra de nada. E principalmente: ainda quer nos matar.

-- Por aqui, aqui!

Jill fala apressada e corremos pelo corredor, com o Chris logo atrás de nós carregando o Leon nos ombros. Mas quando uma buzina toca no corredor, vemos algumas portas antes escondidas pelas paredes se abrirem e liberar alguns zumbis.

-- VAI, CHRIS, VAI!!!

Ele nos olha apreensivo, mas caminha a frente comigo e com a Jill atirando nas coisas. Eles se aproximavam, só que éramos rápidas no gatilho e não desperdiçávamos balas... Alguém queria nos impedir de acabar com aquilo, mas se depender de mim, até posso ser explodida, mas cairei lutando. Lutando. Lutando até o fim. Por todos que eu amo.

Quando minha arma emperra sem munição, chuto o zumbi a frente e avanço na direção do que estava ao seu lado com uma pequena machadinha enfiada na cabeça. Arranco aquilo dele e volto a enfiar em seu crânio, fazendo o sangue espirrar ao redor.

Então avanço e acerto outro. E outro. E mais um.

-- Minha munição acabou!

Jill fala quando a sua arma emperra também e corremos pelo corredor por onde o Chris tinha ido. Fechamos a porta num baque e a travamos com uma pequena cômoda que estava ao lado, então nos viramos e nos apressamos pela próxima porta ainda aberta mostrando que meu irmão havia passado por ali.

Só que assim que entramos pela porta, vejo um Licker cair pela ventilação na sala por onde passamos e se jogar em nossa direção. Eu e a Jill empurramos a porta contra ele, mas sua força era muito maior do que a nossa e com o barulho de mais deles se aproximando, tentamos empurrar mais a porta.

-- ELES NÃO VÃO PARAR!!!

A Jill grita para mim e empurro mais.

-- E NEM NÓS, JILL!!!

Se deixássemos eles entrar, seria o fim.

Para mim, para ela, para o Chris e para o Leon, seria o fim de todos nós.

Empurro com mais força, mas um deles parece se jogar contra a porta e somos empurradas alguns centímetros para trás, deixando a porta mais aberta para eles. E quando vejo uma das línguas entrar na sala seguida pela cabeça com carne no vivo, ainda escorrendo o sangue, meus olhos se arregalam.

-- SAIAM!!!

Ouço meu irmão dizer e ele vem em nossa direção dando um empurrão brusco na porta, o qual nem se comparava com o nosso. Me afasto da porta e vejo a Jill se abaixar para segurar a parte debaixo enquanto ele socava a porta para fechá-la os deixando do outro lado.

Finalmente ele dá a última pancada e a porta se fecha, cortando a língua do Licker e esmagando sua cabeça contra a abertura. Ele pressiona a porta ainda impedindo que se aproximem e a Jill corre até um armário alto para empurrá-lo.

-- Rápido, Jill!

Ela faz força e dou um passo para ajudá-la, mas alguém me puxa de volta e coloca a mão em minha boca não me deixando gritar. Sinto sua mão se apertar contra meu pescoço para me puxar e a sua outra apertava forte demais meu rosto, me deixando quase sem respirar enquanto me arrastava... Mas eu não podia desmaiar. Não agora.

Mente SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora