𝐌𝐨𝐧𝐬𝐭𝐞𝐫 |ᴴᶦᵐᵃʳᶦ ᵁᶻᵘᵐᵃᵏᶦ

Ela é Minha!

Ao adentrarmos a fortaleza, já fomos surpreendidos por vários guardas que vieram para cima de uma só vez. Inojin e Cho-Cho tomaram a frente para enfrentá-los enquanto eu evitava combates. Olhei para Inojin uma última vez que lutava com um dos caras.

Inojin- VAI LOGO SHIKADAI!!!!

Me concentrei apenas em encontrá-la. Correndo por corredores, salas, tudo aquilo parecia um labirinto sem fim. Eu havia lutado com mais de mil guardas, parecia que eles não acabavam nunca.

Até que cheguei em um local sem saída. Eu estava ofegante e cansado, meu coração batia rápido, se passou uma hora e eu ainda não havia achado ela. Até que me encostei na parede, ali não tinha mais saída, toquei a parede fria até sentir algo, levantei a cabeça encarando o reboco, aquela parede em especial parecia diferente. Era como se eu sentisse algo vindo dela, uma aura cativante, algo que fez meu coração disparar e me deu borboletas no estômago.

Só tinha algo que me deixava assim, ou melhor, alguém. Eu podia sentir ela ali atrás daquela parede, e eu tinha certeza que ela também me sentia. Tudo parecia ter ficado calmo quando na verdade o momento em que eu me encontrava não era nada disso.

Até que escutei um grito estridente vindo dali de perto, na verdade bem mais perto do que antes -atrás da parede-, reconhecer na hora fez o meu coração disparar. Quando corri para tentar sair dali e ir atrás, uma espécie de porta automática se fechou, tampando a minha única saída dali.

Continuei escutando os gritos, meu coração doía. Ela parecia desesperada e sofrendo. O pior para mim foi que em um dos gritos ela havia gritado meu nome, ela realmente havia me sentido. E por estar preso eu não podia fazer nada.

Meu sangue ferveu, senti a adrenalina correr pelas minhas veias. Até que meus olhos mudaram a visão, eu estava enxergando bem melhor que antes, meu corpo inteiro se arrepiou. Começou a ventar repentinamente levando em conta que aquele lugar era fechado e sem tubulação.

Meu corpo começou a liberar energia do fuuton e logo com um movimento eu lancei um tornado em direção à parede fazendo tudo tremer e derrubando ela com facilidade. Os destroços levantaram poeira que logo baixou graças aos meus ventos. Ao entrar na sala eu presenciei Himari, estava amarrada e seminua em uma cadeira de laboratório, vários cabos conectados à ela, tinham marcas de tortura em seu corpo, chupões e mordidas.

Fiquei alguns segundos olhando aquela merda. Me virei para o autor de tudo aquilo, ele tinha um semblante brincalhão enquanto me analisava.

Kigari- Qual o problema, Nara? Tá putinho?

Eu não precisei falar muita coisa, eu já estava consumido pela fúria. Liberei uma onda de energia forte o bastante para devastar tudo e todos que estavam em volta. Aquilo durou alguns minutos até que meus ventos se dissiparam, tudo em volta estava destruído e guardas sem vida. Kigari por incrível que pudesse parecer estava vivo, mas muito machucado. A única coisa intacta era Himari, havia desmaiado na cadeira pela dor. Mas meu instinto mesmo fora de controle não me permitia lhe causar nenhum arranhão.

Me aproximei do Homem e o levantei pelo colarinho da roupa.

Ele parecia não ser ninja, por isso tinha tantos seguranças. Estava estranhamente fácil acabar com ele. Estava bom demais para ser verdade.

Shikadai- Você se orgulha disso seu merda? Violar uma mulher?

Kigari- E ela gemeu que nem uma putinha.

Um vento cortante meu foi o bastante para arrancar uma parte bem essencial do corpo dele, quando caiu a ficha que ele não tinha mais as genitálias ele começou a gritar desesperado, o sangue escorria pelas pernas dele enquanto o homem se debatia, parei de segurar seu colarinho e o agarrei pelo pescoço.

Shikadai- É porque ela é uma jinchuuriki, não é? Vocês acham justo colocar uma besta dentro de uma garota e logo depois caçar ela até no inferno para fazer experimentos?!

...

Kigari- O que vocês são, afinal?! O que ela é sua para você estar tão putinho?!

Shikadai- Minha mulher. Ela é minha! E a partir do momento em que você encostou suas patas nela eu vou derrubar a porra do Império da Kara e matar um por um, eles vão lamentar pelo dia em que se atreveram a respirar perto dela!

...

Cortei a garganta do Homem que começou a derramar uma cachoeira de sangue, sua boca escorria o fluido viscoso, ele fazia barulhos estranhos e o sangue formava bolhas e aos poucos seu corpo foi ficando mole, cortei seu braço desconectando o mesmo das ligações, o outro eu deixei pendurado sendo sustentado apenas pelo couro. Ele ainda não havia morrido, estava vivo sentindo tudo aquilo.

A pressão que causei no ar dobrou e quebrou as suas pernas, escutei apenas o som delas se quebrando e do barulho indistinguível que ele fez.

A morte dele havia sido lenta e dolorosa, eu poderia ter feito mais, porém ele não aguentou muito.

Shikadai- Da próxima vez que um dos merdinhas da sua organização tiverem a audácia de encostar em um fio de cabelo dela, eu vou fazer dez vezes pior com cada um deles! Ah, desculpa... Você está morto, não poderá entregar o recado. Te vejo no inferno.

...

Olhei para a garota atrás de mim, fui até ela desconectando os cabos. Tirei meu casaco e vesti nela que ficava como um vestido, fiz isso apenas para que a mesma não ficasse por ai apenas de roupas íntimas. Peguei a garota no colo com a maior delicadeza do mundo -estilo noiva- como se carregasse um diamante precioso que a qualquer momento poderia se quebrar.

Até que ela se mexeu e logo passou os braços ao redor do meu pescoço me abraçando.

Himari- Me desculpa... -fala com dificuldades- Eu não consegui fazer nada...

Ela estava chorando.

Shikadai- Não precisa falar disso. A culpa não foi sua, o culpado já pagou pelo que fez da pior forma.

Himari- Eu...

Shikadai- Tudo já acabou, Hima. Agora só temos que focar em você. Nós dois, juntos.. Eu vou te ajudar, irei fazer curativos em todas as feridas, até as do psicológico. -fala suavemente. - Vou cuidar de você, meu amor.

Beijei a testa dela e logo a garota se encostou em meu peitoral, havia adormecido novamente.