ESPECIAL: Ordem Do Abismo

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━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━Enquanto eu corria pelas ruas estreitas daquela vila, meus olhos fixos na figura à frente, uma sensação estranha começou a se formar dentro de mim

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Enquanto eu corria pelas ruas estreitas daquela vila, meus olhos fixos na figura à frente, uma sensação estranha começou a se formar dentro de mim. A mulher era incrivelmente rápida, cortava as esquinas como se conhecesse cada caminho de cor, os pés leves mal tocando o chão enquanto aumentava a velocidade. Eu poderia facilmente usar uma rajada de vento para imobilizá-la, mas algo me dizia para não fazer isso. Cada fibra do meu corpo hesitava. Era uma intuição antiga, profunda, como se algo mais poderoso do que a lógica me prendesse.

Ela virou uma esquina e quase desapareceu da minha vista. Não importava o quanto ela tentasse fugir, eu continuava logo atrás, determinado. A adrenalina me impulsionava, mas não era apenas a missão ou a desconfiança... havia algo mais. Algo que crescia a cada passo. Tentei me convencer de que era apenas uma coincidência, que aquela mulher não poderia ser... ela. Mas o calor crescente no meu peito me dizia o contrário. Era insuportável.

Pensei em usar o leque que ganhei de minha mãe. Um golpe direto com uma rajada poderosa a pegaria de surpresa, e a luta terminaria ali. Mas assim que meus dedos tocaram o cabo, o fio vermelho em meu dedo latejou violentamente, como uma advertência silenciosa. A dor me atingiu de forma inesperada, e por um momento, eu congelei. Aquilo nunca acontecia. Nunca.

Shikadai- Não pode ser... - sussurrei, sentindo um frio percorrer minha espinha.

Eu soltei o leque de imediato, como se algo invisível me proibisse de continuar. O fio vermelho. O fio... do amor. Aquele fio que me conectava a Himari. Seria possível? Não, eu estava apenas me iludindo. Não podia ser ela. Não depois de seis meses sem pistas, seis meses de angústia. E ainda assim... o latejar insistente, a sensação familiar. Era ela, não era? Eu queria negar, fingir que minha mente estava me pregando uma peça, mas meu coração já sabia a verdade.

Continuei seguindo a mulher, mais decidido do que nunca. Cada passo me aproximava dela, e a sensação de que estava perto de algo inescapável crescia. Depois de tanto tempo, depois de noites intermináveis me perguntando onde ela estava, ali estava eu, a poucos metros de distância.

Meu corpo inteiro estava em chamas. Se ela fosse mesmo Himari... se tudo isso fosse real... Eu precisava tocá-la, sentir sua presença. Eu não suportaria mais aquela distância. Se fosse ela, e eu sentisse novamente sua pele sob meus dedos, todo aquele vazio que consumia meu ser poderia finalmente desaparecer.

O pensamento de vê-la, de segurá-la novamente, era tão intoxicante que quase me fez perder o foco. Eu a seguia sem hesitação, tentando sufocar a explosão de emoções dentro de mim. Se fosse mesmo Himari... então eu faria qualquer coisa para não deixá-la ir outra vez. Eu a traria de volta, de uma vez por todas, mesmo que tivesse que lutar contra o mundo.

Assim que ela entrou em um galpão abandonado, eu a segui sem hesitação. O lugar era vasto, escuro, e o ar cheirava a poeira antiga, como se ninguém tivesse pisado ali em décadas. Cada passo que eu dava ecoava no chão de concreto rachado, e meus olhos mal conseguiam discernir os detalhes à minha volta. As sombras se esticavam nas paredes, projetando formas distorcidas, como se o próprio lugar estivesse se movendo. O teto alto desaparecia na escuridão, e eu sentia como se algo estivesse me observando das profundezas daquele vazio.

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⏰ Última atualização: Oct 18 ⏰

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𝐌𝐨𝐧𝐬𝐭𝐞𝐫 |ᴴᶦᵐᵃʳᶦ ᵁᶻᵘᵐᵃᵏᶦOnde histórias criam vida. Descubra agora