Eu Ainda Te Amo

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O quarto estava mergulhado na escuridão, apenas a tênue luz de um abajur ao lado da cama em que Himari repousava e os suaves raios da Lua que penetravam pela janela rompiam a negritude

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O quarto estava mergulhado na escuridão, apenas a tênue luz de um abajur ao lado da cama em que Himari repousava e os suaves raios da Lua que penetravam pela janela rompiam a negritude. A penumbra projetava sombras misteriosas pelas paredes, criando um ambiente de tranquilidade e mistério. A luz amarelada do abajur lançava um brilho suave sobre os móveis, revelando silhuetas difusas dos objetos no cômodo. Enquanto isso, os delicados feixes de luz lunar dançavam pelo ambiente, pintando padrões etéreos no chão e nas superfícies, conferindo ao quarto uma aura de serenidade e encantamento.

Himari estava adormecida há muito tempo, chequei suas coisas e vi vários remédios. A primeira coisa que fiz foi jogar fora todos eles, poderíamos começar cuidando dos vícios dela.

Me deitei na cama e fui para baixo da coberta, me aproximei da garota. Seus olhos fechados com suavidade. Seu rosto relaxado, ela parecia tão ruim..

Eu precisava cuidar disso, até porque foi minha culpa.

Fiquei ali a encarando e admirando, havia se passado muito tempo, seus cabelos estavam muito maiores do que antes. Os meus também, depois de tanto tempo "morto" eles acabaram crescendo muito, ainda mais que a única pessoa que cortava meu cabelo era Himari, eu só deixava ela encostar neles.

Notei também que ela ainda usava a aliança, mesmo depois de tanto tempo ela não havia desistido de mim.

A garota começou a dar sinais de que estava acordando, ao abrir os olhos, ela começou a me olhar por um tempo, parecia raciocinar ainda o que estava vendo.

Himari- Que porra é... -sussurra.

Ela fez uma careta engraçada o bastante para me fazer rir.

Himari- Minha nossa!

Ela se agarrou à mim.

Himari- Você tá bem... Você... Ai minha nossa, minha nossa!! -sussurra.

Ela começou a sussurrar várias coisas e falar sem parar, Himari começou a chorar de maneira desesperada. Abracei ela, a garota estava trêmula.

Himari- Eu, eu... Eu te disse que se um dia você morresse eu não ia conseguir viver sem você, inferno!!! Por que você fez isso?! -briga enquanto tenta parar de chorar.

Shikadai- Calma, agora eu to aqui.

Himari- Me acalmar?!

E ela começou a me dar bronca, até havia esquecido que estava chorando e eu apenas escutava calado, eu confesso que estava com saudades de escutar ela me dar um sermão daqueles...

Passou muito tempo que eu estava levando um sermão por absolutamente nada, até que ela parou. Se sentou na cama e começou a me encarar, me sentei na frente dela, a garota olhou para a minha mão com a aliança e logo coloquei a minha sobre a dela.

Shikadai- Obrigada por não desistir de mim.

Himari- Eu ainda te amo.
Shikadai- Eu ainda te amo. -falam em uníssono.

Himari- Nem que o inferno congelasse eu iria desistir de você...

Shikadai- Mas também, eu iria voltar do túmulo para te buscar se você namorasse com outro.

Himari riu..

Me deitei e ela repousou a cabeça em meu peito, comecei a acariciar seus cabelos enquanto ela me contava algumas coisas que aconteceram ultimamente, mas notei que ela evitava tocar nos detalhes em que ela estava se destruindo aos poucos.

Mesmo que isso fosse desconfortável, eu precisava conversar com ela a respeito.

Shikadai- Não precisa fingir nada para mim, Hima...

Himari- O que?

Shikadai- Eu já sei de tudo. Não precisa ficar escondendo o que você estava fazendo com sigo mesma.

Himari- Eu não...

Shikadai- Quando foi que a gente começou a esconder as coisas um do outro?

...

Shikadai- Eu te fiz uma pergunta, Himari Nara.

Ela soltou uma risada nasal ao ouvir aquilo.

Himari- Isso não é importante, eu quero saber o que exatamente aconteceu com você.

Shikadai- Cada uma das setecentas e cinquenta e seis sardas do seu rosto é importante.

Himari- Pera ai?! Como é?!

Ela parecia surpresa, a verdade era que pessoas com traços ruivos costumam ter sardas, e isso acabou com o tempo sendo uma insegurança para Himari.

Himari- Me diz que você não sabe quantas sardas tenho no rosto, não é?! Isso foi só um chute!

Shikadai- Não. Eu sei quantas tem. As vezes te espero dormir e fico contando, depois beijo cada uma delas e você nem percebe.

Himari- Você me beija setecentas e cinquenta e seis vezes enquanto estou dormindo?

Shikadai- Na verdade não, beijo bem mais que isso.

Himari escondeu o rosto em meu pescoço, eu não conseguia ver mas sabia que estava com um sorriso bobo.

Shikadai- E então? Você não vai me responder?

Himari- Eu não sabia o que fazer... Eu... Depois de tudo eu comecei a me perder cada vez mais e não sabia como me encontrar novamente. E quando eu menos percebi eu já não tinha mais controle sobre mim, eu não sabia mais o que era verdade ou não, nesse momento por exemplo eu ainda acho que estou sonhando.

Shikadai- Se acha que está sonhando porque você está tão avontade? Deveria estar com um pé atrás, não?

Himari- Se de fato for um sonho eu quero por pelo menos alguns minutos aproveitar de um momento em que não estou dopada, aproveitar de um momento que eu verei meu namorado para depois nunca mais sentir seus toques e sua presença.

...

Shikadai- Não se preocupa... Isso não é um sonho.

Depois de tanto tempo tomando remédios, a cabeça dela começou a ficar confusa, isso resultou em alguns devaneios excessivos, agora ela não sabe mais diferenciar a ficção de algo que criou na sua cabeça da realidade. Não sabe se coisas de sua memória de fato aconteceram ou se é coisa da sua cabeça.

E Himari então tomou coragem o bastante para contar a verdade, aquilo estava muito mais tenso do que deveria. Eu estava calmo, mas... A verdade era que nem eu sabia se conseguiria de fato ajudá-la completamente. A única coisa que eu tinha certeza era que curar as feridas de uma garota que já passou por tantas coisas requer muita paciência, e com Himari essa é a coisa que mais me sobra.

𝐌𝐨𝐧𝐬𝐭𝐞𝐫 |ᴴᶦᵐᵃʳᶦ ᵁᶻᵘᵐᵃᵏᶦOnde histórias criam vida. Descubra agora