𝐌𝐨𝐧𝐬𝐭𝐞𝐫 |ᴴᶦᵐᵃʳᶦ ᵁᶻᵘᵐᵃᵏᶦ

Perdendo o Controle

Senti uma dor latejante na cabeça, abri os olhos com lentidão, ajustando-me à intensa claridade que banhava o ambiente. Ao observar ao redor, constatei que me encontrava em um quarto desconhecido, de dimensões amplas e adornado com requinte, denotando opulência. Ergui-me da cama para notar que trajava um vestido preto não longo, revelador, com decote generoso sobre os seios e ombros à mostra, contrastando com uma manga comprida, além de avistar uma bota ao lado da cama que prontamente calcei. Inquirando-me sobre o paradeiro e a situação em que me encontrava, deparei-me com a ausência de janelas no recinto. Decidida a desvendar o mistério que me envolvia, adentrei os intermináveis corredores do local, determinada a encontrar respostas. Minha memória falhava em recordar os eventos anteriores ao meu sono, deixando-me perplexa diante da incerteza que pairava.

Em meio aos corredores labirínticos, deparei-me com um jovem alto de cabelos loiros e olhos negros, ostentando uma tatuagem semelhante à de Kawaki em sua bochecha. Uma vaga sensação de familiaridade aflorou em meu íntimo, embora não conseguisse associá-lo a nenhum momento específico de minha vida.

Kigari-Oi, Himari... Você parece estar bem.

Himari-Quem é você?

Kigari- Ah, não se lembra de mim? Deve ser por estar alterada na hora em que nos falamos. Sou Kigari...

...

Kigari- Venha comigo, meu amor... Irei lhe mostrar algo.

Himari- Como é? Não me chame assim! Você não é nada meu!

Kigari- Como é? Claro que sou. Sou seu namorado.

Himari- Escuta aqui, eu estava bêbada, não me transformei numa idiota! Nós não temos nada! Onde eu estou?!

Kigari- Não temos nada?! - disse com severidade - Claro que temos! Você é minha!

Ele avançou em minha direção e agarrou meu pulso. Tentei libertar-me e lancei-lhe um chute que o fez colidir com a parede antes de cair ao chão. Seu olhar sério denotava uma ameaça iminente, incutindo-me uma certeza perturbadora. Em seguida, fitou-me intensamente, como se seus olhos tivessem o poder de paralisar minha vontade. Aproximou-se de mim sem desviar o olhar e segurou meu rosto entre suas mãos.

Kigari- Se você não será minha, não será mais de ninguém. Ficará eternamente em minha posse...

As palavras ressoaram em minha mente enquanto eu sentia como se estivesse perdendo  a sanidade, perdendo a cabeça, mas não de loucura, era como se eu tivesse virado apenas uma marionete sem vontade própia, sendo manipulada por ele á todo momento.

Naquele momento o nosso maior foco era Himari, depois pegariamos a maleta, eu estava tentando me manter calmo, eu era o capitão da equipe, o cérebro do grupo, eu tinha que me manter calmo e pensar em uma estratégia, mas era quase impossível quando a minha namorada foi raptada por um filho da puta que ninguém sabe de onde veio. Foi quando eu estava procurando por pistas com Cho-Cho que Inojin apareceu correndo até mim e se apoiou em seus joelhos.

Inojin- Eu achei... Eu sei onde ela tá!

Cho- OIIIE??!!

Shikadai- Desembucha!

Inojin- Atrás da vila tem uma Fortaleza subterrânea, eu passei por ela e senti o chakra da Himari, mas eu senti uma espécie de selo que barra a passagem.

Cho- Shikadai, o que vamos fazer?

...

Shikadai-- Não sabemos as habilidades do inimigo.. Sem contar que... A Himari pode estar em perigo nesse exato momento, eu prefiro não pensar em coisas que podem acontecer com ela. Precisamos ir o mais rápido possível. Vamos pra lá agora.

Cho- Pera ai, você vai sem um plano?! Vai chegar entrando pela porta da frente sem mais nem menos?!

Shikadai- Não! Eu vou invadir aquela merda e matar quem estiver lá dentro, pegar a minha garota e vazar, pela porta da frente! -fala normalmente.

Inojin- Shikadai, você não pode estar falando sério.

Shikadai- Confia em mim. Leva a gente lá Inojin, você quem sabe onde fica.

Ele começou a guiar a gente até a fortaleza.

A verdade era que eu tinha sim um plano, mas eu não iria expôr, até porque a parte que eles iriam fazer no plano eles já fariam sem o plano. Entrar e me dar cobertura enquanto eu vou atrás da Himari, enquanto eles lutavam com quem tentasse me impedir, eu iria atrás dela e salvaria a minha namorada das mãos daquele sujeito.

Não demorou muito, e nós chegamos. Inojin usava sua habilidade sensorial, tentando detectar onde ficava o selo.
Assim que ele achou, tirou um mecanismo ninja que criaram na vila para desfazer selos como aquele, a tecnologia havia avançado muito na aldeia e agora tinha várias coisas novas.

O selo se desfez e logo uma passagem apareceu no chão nos dando a capacidade de descer até o interior da fortaleza. Suspirei e logo comecei a descer as escadas na frente deles que iam atrás de mim, eu sentia meu sangue quente, meus olhos ardiam de maneira incomum, meu corpo finalmente parecia estar pronto para usar o que eu andei praticando, tudo isso para salvá-la...

Confesso que estava com medo do que poderia ver, como eu poderia encontrar ela. Na festa aquele garoto estava lançando olhares maliciosos e tinha um rosto nada bom em relação à ela. Sem contar que Himari foi drogada. Eu tinha muito medo do que poderia descobrir.

Se ele tivesse ido além do tecido eu iria fazer muito pior, mas sim com a pele dele. Eu estava com muito odio, tinha a consciência pesada e carregava uma culpa profunda.

Eu já podia me ver no sangue dele...