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A cidade animada com a noite de sexta. O Brasil em si parece ferver quando chega esse dia, e é normal, quem não gosta de saber que no dia seguinte não tem tanta preocupação e poder dormir até tarde sem reclamações.
A mistura de vários estilos musicais ecoavam em todos as ruas, uma música diferente para cada ambiente, e isso que faz o Brasil ser o Brasil.
Pessoas animadas atravessavam a rua mesmo na chuva, para ir de encontro com o mar.
As gotas de água deslizavam sobre o vidro escuro do carro, enquanto outras se juntavam a elas.

Dentro do carro o silêncio tomava o pequeno espaço.
Steve dirigia em silêncio, se atentando às sinalizações de trânsito. Já Kiara, checava seu celular.

—Oque está fazendo?— Steve pergunta sem tirar os olhos da estrada.

— Pra falar a verdade... Não sei.— Kiara desliga o telefone e o põe dentro do porta luvas do carro.

— Você não falou muito sobre hoje, pra você que adora contar sua visão das coisas, estou esperando seu feedback.— ele põe a mão esquerda na coxa da ruiva, que observa a ação em silêncio, enquanto ele a acariciava.

— Estou sem palavras talvez, posso dizer que demorou pra isso acontecer. Mas me diga você, temos outro plano, além de ir pra casa e dormir?

—Você quem sabe blossom.— Ele tira sua atenção por alguns instantes da estrada e olha para Kiara, que pensava em uma resposta em silêncio.

—Ah eu não sei.— Ela se estica no banco e o olha interessada no que o loiro tem a dizer.

—Tenho uma ideia.— A mão que estava na coxa dela volta ao voltante, ele estava pensativo, só pelo o olhar do homem Kiara parecia saber muito bem qual seria sua sujeitões.

— Se estiver pensando o mesmo que eu... Bom, juro que nunca imaginei você assim... Ativo.— Ela sorri com a situação, e começa a observar a paisagem enquanto Steve ainda pensava em algo.

Ao se aproximar de um semáforo, ainda sem falar nada, Steve volta a mão para a coxa da ruiva que não se importa. Ele a apertava levemente, em movimento repetitivo e lentos de baixo para cima.
Eles esperavam com paciência o sinal abrir.
E aproveitando da situação, Kiara em um movimento rápido puxa Steve para um beijo demorado e intenso, uma das mãos se apoiavam em uma perna dele e a outra no banco, porém não ficou lá por muito tempo, assim deslizando até chegar em seu pescoço.
E quando o sinal abriu, ela separa seus lábios dos dele.
— Não tínhamos feito isso ainda hoje, ou já?

Ela observa o homem olhar para os lados, ainda se falar nada, parecia escolher aonde iria entrar, logo dando seta para a direita e entrando em uma rua, que não fazia parte do percurso para casa.
Ele seguiu naquela rua até chegar em um lugar deserto.
E pelo conhecimento dela, lugares desertos não são muito bons, até porque se trata do Rio de Janeiro.

— Aqui parece ser uma boa.— foram as primeiras palavras ditas por ele depois de um tempo.

— Você esqueceu em que país estamos? Lugar deserto nunca é uma boa ideia.

— E você esqueceu que namora um super soldado?

— Você é aprova de balas Rogers?

— Não mais seu carro é, sem falar do seu arsenal em baixo desses bancos.— Ele sorri, e desliga o carro.

A rua completamente escura, as únicas construções nela, eram algumas casas que não pareciam morar ninguém, já que ainda estavam em construção. De iluminação, havia apenas um poste no final da rua.

[...]
Eram quase 23:00, estavam longe de casa. E sim, é claro que em casa, as coisas estavam saindo um pouco do controle de Sam.
Já que Bucky, despreocupado com o seu redor, assistia TV comendo um salgadinho.
O cachorro corria de uma ponta da casa a outra, e o gato abominava a situação de cima do seu arranhador.
Sam esperava pacientemente a volta de seus amigos, visto que já estava tarde, e não confiava em dormir com a porta de entrada destrancada, já que o casal saiu a deixando aberta e levaram a chave.
Ele tomava um suco feito por ele, encostado no balcão da cozinha.

—Acha que estão perto?— pergunta, fazendo Bucky apenas o olhar sem demostrar qualquer emoção. —Em? Me responde!

— Que horas são?— pergunta simples se levantando e indo em direção a Sam, que parece não entender o porque dessa pergunta.

— 11 e 5, por quê?

— Vão demorar, faz tempo que saíram, já eram pra ter voltado, e se não voltaram, estão ocupados, não espera, vai dormir... Confia em mim.— O homem prende o cabelo em um coque e entra no quarto fechando a porta, fazendo o moreno o olhar com indiferença, adoraria não acreditar que eles poderiam estar fazendo oque ele imaginava quem estariam fazendo.

— Ah não, estão fora de casa, jamais que Steve faria esse tipo de coisa na rua, claro que não, sem falar que por aqui costuma ter muito trânsito, vou esperar mais um pouquinho, não confio dormir, com essa porta aberta.— Ele diz e senta no sofá, com olhos quase fechando de sono ele escuta do quarto "Cara vai dormir, relaxa! Esqueceu quem sou eu?" Fazendo o moreno ri alto.— Eu vou esperar só mais um pouquinho.

Porem com pouco tempo depois ele já estava dormindo sentado no sofá, parecia ter esquecido completamente da porta, e Bucky, por sua vez, veio conferir o silêncio do homem, que não reclamava fazia alguns minutos.
E ao ver ele dormindo no sofá, apenas voltou para dentro do quarto, porém dessa vez deixando a porta aberta, e assim ficando de guarda do rapaz, para ter certeza que nada o aconteceria, até porque as palavra de Sam invadiram a mente dele, ou seja, dormir com a porta da frente aberta era sim algo de se preocupar.

[...]

𝑨𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒆𝒍𝒍𝒊 // Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora