𝑨𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒆𝒍𝒍𝒊 // Steve Rogers

7.✨

 

Tony abre a porta da sala de vidro, e como um relâmpago milhares de flash por segundo se acendiam. "realmente sou boa o bastante?" Kiara se perguntava enquanto vários olhares curiosos a observava caminhar até o centro da sala.

Tony segurava uma pasta, os olhos orgulhosos a abraçavam sem ao menos a tocar. Com um simples sinal com as mãos, Steve que estava no fundo da sala falando com um rapaz, vem ao seu encontro, com o sorriso estampado, e então os milhares de flashs que até então acendiam para Kiara, passaram a ser para Steve.
O sorriso perfeito, e os olhos brilhantes atravessavam a sua alma como uma espada afiada, porém não a machucava, pelo contrário, lhe dava um frio reconfortante na barriga, e borboletas a tanto tempo não sentidas, voltam dos mortos e começam uma festa de arromba em seu estômago.

E então o silêncio se toma pelo lugar, os olhos vidrados e acompanhado cada movimento a assustava.

[...]

Pouco mais de uma hora depois da reunião la estava ela no jardim vendo as noticias que saiam, o celular chegava notificações a cada instante, até parecia que era seu aniversario.

É perdida naquilo tudo, a fazia pensar "perigo", era oque a rodeava, por mais que antes ela já estava em perigo, agora ele se tornou constante, o conceito de ser oficialmente Vingadora a deixava frustada, já que não se sentia boa o bastante para defender o planeta, e nem boa o bastante para carregar o fardo de ser "uma das heroínas mais fortes da terra", ela não se sentia assim, ela não era isso, pelo menos é isso que ela acreditava.

Ao longe, Steve conversava com uma moça, ele parecia interessado na conversa. Ela abria e fechava abas varias e varias vezes até enfim o celular é desligado, fazendo cessar as notificações e o seu coração acalmar-se, ela respira fundo e fita o chão de pedra e grama, as flores de diversas cores não eram tão importantes assim para ela como, gostaria. Os fios loiros caiam sobre o rosto, com a brisa leve que batia em suas costas. O sol, que lhe acordou pela manhã, já não se encontrava mais no céu, sendo ofuscado por nuvens de chuva, e assim se faziam 6 da noite.

E mais engraçado disso tudo? É fácil essa pergunta, ela não parava de se perguntar sobre oque Steve conversava com a moça, e agora lhe pergunto, o por quê de está tão interessada nisso?

Ela levanta a cabeça deixando os cabelos voltarem ao lugar que não deveriam ter saído, os fios loiros, que agora se encontravam sem brilho por conta da falta de luz, deslizavam pelo seu rosto, e os olhos, caíam sobre Steve, que ria alto, e a moça que fazia o mesmo.

Passos se aproximam dela, mas não chegam tão perto, coisa de 3 a 4 passos atrás, mas a pessoa ficou em silêncio, talvez só observando oque estava a acontece.

A moça, tinha longos cabelos loiros e um sorriso bonito, era magra e vestia um vestido azul marinho com fenda e um blazer escuro, o vento batia em seus cabelos , assim fazendo-os voarem e lembrarem ondas. Eles riam alto, e seguravam taças de champanhe. Steve segurava a taça com uma mão e a outra ele matinha no bolso de sua calça azul escuro, era quase um preto, a blusa branca social dava um toque elegante, o cabelo devidamente no lugar, e sempre muito bem arrumado.

A curiosidade de saber quem estava à observando a fez virar devagar, assim revelando o rosto irônico de Sam, que a olhava curioso perguntando "está gostando da vista?"

— Bem? — Ela se vira a ele e pergunta simples, sem parecer incomodada com seu sorriso de canto malicioso.

— Claro... — Sam se põe ao lado dela e respira fundo sentindo o cheiro gostoso de chuva e terra molhada e logo depois quebra o silêncio. — Estava pensando aqui, ele parece feliz? meu melhor passa tempo é observar as pessoas e brincar de imaginar oque elas estão conversando.

Por sua vez com os lábios entre abertos como quem quisesse dizer algo mas sem sair nenhum som, ela cruza os braços e dá uma pequena última olhada em Steve que conversava ainda com a moça.— Ah gostei disso, parece ser um ótimo passa tempo, mas agora, por que está aqui?—ela cruza os braços e sua atenção volta a Sam que olhava para o mesmo lugar.

— Te achei muito quieta e escondida, vim lhe fazer companhia, mas se quiser ficar sozinha eu vou embora.

—Não, não, fique. Não gosto de ficar sozinha. Vamos chegue aqui, quero brincar de adivinhar oque as pessoas estão conversando.— ela o puxa para perto entrelaçando seu braço no dele.

— Então tá bom! vamos lá... eles estão rindo muito, não acha?— Ele chega mais perto e sussurra.

— Ou ela está contando alguma coisa muito constrangedor, ou só está rindo para agradar ele.— diz seria descruzando os braços e analisando melhor a situação.

— Diria que estão conversando sobre alguém tipo um conhecido em comum sabe, e... Ele deu tchau? — Sam rir ao ver a cara de Steve, ele fazia uma careta, e balançava a cabeça em negação.

— Acho que ele falou algo não muito agradável, ele... Ele está vindo aqui! Oque fazemos? — preocupada ela olha para Sam que sorri e dá um "oi" para Steve e o mesmo vem em sua direção quase correndo.

— Relaxa, só disfarça hahahaha— Ele ri alto e ela faz o mesmo.

Steve passa o braço sobre o ombro de Sam que o abraça, ele entrega a taça para o mesmo que cheira e dá um gole apenas afirmando com a cabeça e fazendo uma cara de "isso é bom!" — Estavam ai a muito tempo?

— Ah, a um tempinho.— Kiara ri sem graça vendo o moreno olhar curioso para a taça, talvez querendo descobrir que bebida era aquela. — parece ter gostado.

— É não é lá aquelas coisas mas é aquelas coisas— Sam gargalha alto e bebe mais um gole

— Vinho branco, somente. — Steve diz simples e encara a loira que observa suas roupa e parece admira-lo.

— Está com um gosto diferente de vinho branco.— Sam bebe um pequeno gole e analisa de novo fazendo um barulho divertido, tirando uma risada sincera de Kiara.

— O perfume daquela moça deve ter mudado alguma coisa aí, e nossa que perfume forte! Era doce de mais, florido de mais, verão de mais. — ele gesticula com as mãos fazendo Sam debochar e rir.

— Ah sim... Preconceito com perfumes doces e florais? — Kiara cruza os braços e o olha com indiferença, mesmo que esteja rindo por dentro da situação.

— Não, adoro perfumes doces! — o olhar de provocação era nítido e era claro que era a mais pura ironia, o loiro não gostava muito de perfumes doces e talvez eles lhe dessem dor de cabeça.

[...]