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É assim se passaram alguns dias, semanas, meses... E ainda sem respostas, e sem muitas informações.
algumas mensagens chegavam, mas eram muito certas, sempre perguntando aonde estava, ou se estava tudo bem. Até que um dia somente parou, sem ligações a meses, e mensagens a semanas. A preocupação, era só mais um sentimento que a rodeava. E enfim sentia se sozinha, como se não houvesse para onde ir. Seu avô Nilton, a alguns meses descobriu um câncer, e agora mais do que nunca o medo percorria em suas veias como um veneno, a consumindo pouco a pouco por completo. de forma rápida e sem hora para ir embora, a fazendo passar a noite acordada, esperando sempre o pior... A sua avó Janete, bom, ela ligava de vez enquanto, não parecia está tão preocupada, e sempre que a perguntava sobre o "vovô", ela dizia "está tudo bem querida.", mas aquilo só a deixava mais nervosa, pois era óbvio que não era verdade.
E quanto mais o tempo passava, mais sozinha, mais sem rumo, sem alegria, sem vontade de continuar...
Acho que a solidão, o medo, a saudade de tudo que foi seu um dia, a alterava a fazendo passar dias e dias, sem comer, sem dormir, sem falar até mesmo sem conseguir me levantar, isso a mudava pouco a pouco.
sei que não é um motivo bom para se ter trauma, mas nunca devemos julgar a dor do próximo, já que a dor dele, pode não ser a sua, e assim por de ante.

O medo de ir dormi, e já não ter mais seu avô, de não conseguir acordar, de a descobrirem, de não conseguir voltar pra casa, a sua casa.

E então se chega o tão esperado ano novo, estava chegando 2017... E continuava sem noticias.
no momento estava decidido, comemoraria na casa de seus avós, a família toda agora estava no Rio.

Os pais saíram de Florença na Itália, meus tios irmãos de sua mãe, Rogerio e Venâncio, moram na França, com suas esposas e filhos, vieram para cá, passar as férias de começo do ano, talvez só vão embora depois do carnaval.
Tia Ayla, também irmã de sua mãe, veio da Espanha junto com sua namorada e seus filhos, Louise e Lloyd, eles são de outro casamento, antes de Ayla descobrir que gostava de outras coisas.
também estavam aqui tia Margot e tio Roger, eles são casados dês de quando me entendo como gente, tio Roger é irmão do meu pai, ele é o tio mais próximo de mim.
Haviam outros 3 tios, Inocêncio, irmão de seu pai juntamente com Estácia. E May, irmã por parte de pai de sua mãe.
É sobre o nome de sua mãe e de seu pai... Amélia, era sua mãe, e Cesar seu pai, se conheceram em uma viagem de barco, era um grande evento, e por coincidência, sua mãe foi para acompanhar uma amiga, e seu pai a negócios, e lá eles se conheceram, e a partir dali, bom, tiveram Dante, o mais velho, Liz, que bom se tornou Kiara com tempo, é história para outros dias, e Pietro o mais novo.
E nessa onda de família, ainda tinha muitos primos, que ainda eram tantos, que talvez não conseguiu decorar os seus nomes, muitas crianças para lembrar.
Na festa, também havia um pessoal da família de Amélia, que não era tão próxima, amigos, amigos dos amigos, família de amigos, e mais amigos.

Era chato para a ruiva, que sua maior tortura era ficar quieta, já que adorava estar em movimento, mas talvez seja melhor que ninguém saiba que esteja ali, mesmo sendo um dos seus maiores desejo abraçar seus primos, poder ir até copa cabana, ver a queima dos fogos. Ir muito além de só ouvir a voz dos tios e tias, não só adivinhar quem acaba de chegar pela voz.
E a pergunta que todos faziam "E Kiara? não vem?', ouvir de longe que estão com saudades, e que dariam tudo pra a abraçar.Ayla até sugeriu, que as meia noite, todos deveriam a mandar mensagem, a ligar e desejar feliz ano novo, e ela gostaria tanto de ler as mensagens e atender as ligações...
todos expressavam o quanto estavam sentindo sua falta, que para alguns fazia anos que não a viam. E estão certos já que o último ano novo que passou com a família está completando 3 anos.

Amelia por sua vez, falava a todos que estava orgulhosa de Kia, para alguns parentes ela dizia que ela estava terminando sua faculdade em Nova York, e que logo logo, voltaria para casa. Já para outros ela falava que estava dando tudo certo na S.H.I.L.D, e pros primos mais antenados nas últimas noticias, já não era tão fácil assim de mentir, então ela só dizia que estava tudo bem e que a prima "vingadora" vai logo vir os visitar quando tudo estiver tranquilo.

Eram 10 da noite, parecia que estava a anos ali naquele quarto. Os pequenos primos gritavam felizes, com a noticia que estava quase na hora de irem para praia ver os fogos.
Cesar cantava e dançava na área externa com seus irmãos e cunhados, o cheiro do churrasco a atormentava, nunca teve tanta vontade de ir brincar com seus primos, de dançar os forrós antigos que tio Rogerio tanto amava junto a ele. de brincar na piscina de madrugada e sequer ligar para a água extremamente gelada, e jamais reclamaria de enfrentar 40 minutos de viajem de carro de lá até copa cabana.

O quarto, gelado e com cheiro forte de coisas velhas, um pequeno toca disco, a fazia sentir feliz, assim deixando a solidão de lado. A pequena varanda que dava uma vista linda e deixava o vento entrar.

Ela, sentada em uma poltrona ao lado da varanda, alguns pratos e copos estavam em cima da pequena mesa de centro empoeirada, uma garrafa de coca cola ainda quase cheia, e alguns cascos de cervejas de varias marcas diferentes.

Os cabelo longos ruivos preso em um coque bagunçado, já que não iria fazer muita coisa, então só os penteou e veio para casa dos seus avós.

[...]

𝑨𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒆𝒍𝒍𝒊 // Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora