Han apagou por alguns segundos e quando recobrou a consciência, demorou para entender o que havia acontecido. Em um momento, estava andando pelo pátio e, no outro, o mundo começou a girar rápido demais. Teve a sensação de ser arremessado contra uma superfície tão rígida que não se surpreenderia caso os seus órgãos tivessem saído do lugar. O desconforto causado pelo chão quente e pela garganta seca também não o ajudaram a se sentir melhor, aumentando o estado de confusão mental.
— Moço, você tá bem?! — uma jovem perguntou em inglês ao alcançá-lo, abaixando-se ao lado de Han para ver se ele estava consciente. O outro apenas gemeu desorientado como resposta, remexendo-se com dificuldade. — Calma, devagar — ela aconselhou, recebendo ajuda de um outro rapaz para colocar Jisung sentado ali mesmo.
— Jisung!!! — Minho desceu as escadas como um raio, ainda com a garrafa de água gelada na mão. — Fala comigo — agachou-se em frente ao marido e mirou-o de cima até embaixo, procurando por arranhões e machucados. — Pelo amor de Deus, você tá bem!? O que aconteceu?
— E-eu não sei, eu tava... andando e... não sei — falou embolado, mirando-o com os olhos contraídos e confusos.
— Ele caiu da escada — a moça avisou em coreano ao perceber que falavam a mesma língua. — Estava vindo distraído de costas e tropeçou nos degraus, foi um tombo bem feio.
— Cacete — Lee levou os dedos até a testa de Jisung, procurando qualquer sinal de uma eventual pancada. — Você tá sentindo algo estranho? Acha que bateu a cabeça? Onde dói?
— Eu... acho que... hunf!!! — as duas mãos foram até o tornozelo esquerdo assim que tentou se mexer e foi atingido por uma dor aguda e latejante. — Meu tornozelo — reclamou.
— Tudo bem. Vamos sentar ali no banco e dar uma olhada nisso, tá bom? — Minho avisou, pedindo ajuda para o homem que estava próximo para realizar aquela tarefa.
Pouco a pouco, a aglomeração se desfez e os turistas curiosos voltaram a se dissipar, garantindo mais privacidade ao casal. Assim que conseguiu tirar o marido do chão, Lee abaixou-se e tirou o tênis do pé machucado de Han com cuidado, fazendo o mesmo com a meia. A região parecia sensível, de fato, o que provavelmente significava que tinha sofrido uma lesão. Aproveitou que a garrafa de água estava fresca o suficiente e pressionou-a ali, ganhando um resmungo dolorido como resposta.
— Deve ter torcido — considerou em pesar. — Acho que vai inchar.
— Não acredito que isso tá acontecendo — Jisung praguejou constrangido.
Só podia ser uma piada de mau gosto do destino! Além de ter se estropiado, ainda tinha passado aquela vergonha cabulosa, rolando pela escada feito um pateta. Queria sumir da face da Terra, mal conseguia olhar para os lados de tanta vergonha.
— Oi, desculpe, senhor — a mesma moça de antes se aproximou mais uma vez — É que o celular dele foi parar longe, acho que quebrou. Aqui — entregou para Lee o aparelho com a tela danificada.
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Be my Chef! | MinSung
FanfictionLee Minho e Han Jisung frequentaram a escola culinária juntos e trabalham no renomado restaurante Me-Waw. Apesar de possuírem personalidades completamente diferentes, a amizade entre os chefs poderia ser considerada perfeita... se um deles não tives...