Escorado ao gabinete, Jisung respirava pesadamente, com as bochechas ruborizadas e os lábios úmidos. A roupa frouxa mal escondia seu tronco e pareceu ainda mais reveladora quando uma das mangas deslizou pelo braço esguio, expondo um dos ombros e parte do peito. Os fios ondulados cobriam parcialmente os olhos, escondendo as pupilas brilhantes e dilatadas, enquanto as luzes fracas e amarelas do quarto tornavam a cena cheia de um erotismo inevitável.
Se não conhecesse o outro bem demais, Lee poderia até achar que aqueles eram sintomas de um mal-estar, de fato, mas entendeu o que estava acontecendo no mesmo instante em que deparou-se com "aquela" expressão em seu rosto.
Engoliu em seco e desviou o olhar. O corpo esquentou de um segundo para o outro e um misto insano de sensações indecentes o invadiu. Tinha bebido algumas doses de sakê antes de deixar o festival e sentiu como se tivesse sido atingido por um efeito tardio e desproporcional do álcool, que começou a correr pelas suas veias e bagunçar os seus pensamentos.
Verdade fosse dita: era alucinado por Jisung.
Havia perdido tudo ao presenciar o seu primeiro sorriso anos atrás e, daquele dia em diante, não existia mais nada que pudesse superar a influência que o moreno tinha sobre seus desejos e emoções. E, como se não bastasse a atração insana que nutria, o casamento parecia ter ajudado cada nuance mais profunda da personalidade de Han aflorar, o que, obviamente, havia transformado a rotina do casal dentro e fora do sexo.
Ele havia encontrado algum tipo de liberdade adormecida ao longo do caminho, possibilidades reprimidas na adolescência por força maior, e tal descoberta foi capazes de mudar não só certos aspectos de seu comportamento e preferências na cama, como também deixá-lo mais confiante para explorar o próprio corpo e dar vida aos seus anseios mais íntimos. O resultado era um combo de sensualidade quase perigoso, que às vezes fazia Minho colocar em cheque a própria sanidade.
O mais velho voltou a olhar para o rosto corado e tentou manter-se no controle da situação, puxando e expirando o ar repetidamente. Apesar das brincadeiras e indiretas de mais cedo, não pretendia abordá-lo de nenhuma forma, pois o parceiro estava machucado, cansado e, agora, também parecia alterado.
— Tudo bem — Lee afirmou, tentando ampará-lo mesmo que estivesse difícil de raciocinar também. Logo depois, posicionou as mãos lado a lado de Han. — Se apoia em mim e vou te levar pra descansar, tá bom?
— Min — as mãos menores subiram pelo abdômen exposto, contornando cada gominho discreto de músculo e passando pelo peitoral firme, até que envolvessem o pescoço em um meio abraço. Inclinou-se para frente e os lábios roçaram nos do outro bem devagar, de lá para cá. Quando os corpos se tocaram, Jisung pôde sentir que, apesar do mais velho aparentar uma invejável calma por fora, seu pulso estava disparado e seus olhos, inquietos. Deu um meio sorriso e deixou os dedos enroscarem nos fios castanhos, na altura da nuca, bagunçando-os para que pudesse sentir o cheiro conhecido de perfume e shampoo. Que delícia. Não tinha notícias de alguém que tivesse um cheiro melhor. Aquilo deixava a sua libido à flor da pele. — Você tá sentindo também, não tá? — perguntou em segredo.
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Be my Chef! | MinSung
FanficLee Minho e Han Jisung frequentaram a escola culinária juntos e trabalham no renomado restaurante Me-Waw. Apesar de possuírem personalidades completamente diferentes, a amizade entre os chefs poderia ser considerada perfeita... se um deles não tives...