Minho chegou em casa silenciosamente, deixando os sapatos na porta antes de rumar para a sala. Estava se sentindo um trapo humano. A decisão de assumir a culpa fora sua, mas parecia ainda mais humilhante daquela forma. Todo mundo tinha visto e escutado e não duvidaria nada que fosse chegar da suspensão e encontrar um quadrinho com a sua foto escrito "Incompétent do Mês."
Porra, nada dava certo ultimamente. A vida estava uma bagunça, a cabeça estava uma zona e agora tinha sido mandado para casa feito uma criança remelenta da segunda série depois de entupir o vaso da escola com papel higiênico.
Deixou as chaves sobre a mesa e foi até a cozinha, porém barrou-se no meio do caminho assim que o cérebro processou uma informação com alguma atraso. Hyunah estava em casa? Sua bolsa estava no sofá, ou pelo menos parecia, já que era tão grande quanto uma sacola de feira.
Além de carregar o jaleco e o estetoscópio ali, ela também levava desde garrafinha de água até a marmita do almoço. Podia estar enganado, mas não era para ela estar no plantão de novo depois de ter passado o dia em casa?
Pelo menos era o que ela tinha dito durante o breve encontro dos dois pela manhã. Hum.
— Honi? — chamou mais alto, acendendo as luzes da sala por fim. — Estou em casa — acendeu as luzes do corredor no caminho. Talvez ela estivesse no banho, era vidrada em organização e limpeza, afinal de contas. — Achei que você estava de plant... — parou no lugar quando entrou no quarto.
— Oi, amor! — ela disse no meio do cômodo de calcinha e sutiã, colocando as mãos na cintura em um gesto perdido e um risinho mole. — O que você tá fazendo em casa a essa hora? Você não sai depois da meia noite?
— Sim, eu saio depois da meia noite, mas fui suspenso — bateu os dedos no interruptor para acender as luzes do quarto também, até então iluminado fracamente por um abajur.
— Suspenso? Você?
— Suspenso, eu. Acontece. Errei um pedido — falou sucinto e deu uma olhada na cama bagunçada e nas roupas jogadas no chão. Puta merda. Não podia ser sério. Era idiota, mas não tanto. Só podia estar entrando em seu inferno astral com tanta desgraça junta, e nem acredita naquelas porcarias esotéricas. — Atrapalhei alguma coisa?
— Como assim? — ela deu outro risinho frouxo e foi até o armário para pegar uma camisola qualquer, vestindo-a logo depois. — Eu estava descansando um pouco.
— De lingerie transparente? — "Soneca erótica" com certeza era uma nova categoria.
— Ahm, é, qual o problema?
— Tá certo. Então, se eu for ali no banheiro e abrir a porta ou olhar embaixo da cama, não vou encontrar ninguém?
— Do que você tá falando?! Que absurdo, claro que não vai! — ficou indignada.
— Vamos ver, então — Lee caminhou para dentro do quarto, mas ela logo jogou-se em sua frente, mirando-o de forma constrangida.
— Eu não acredito que você vai desconfiar de mim assim!
— E você acha que seu amante vai sair daqui como, sem que eu veja? Vai, vamos nos poupar desse teatrinho — fez menção de olhar de novo embaixo da cama e ela voltou a segurá-lo.
— Não é o que você tá pensando. Eu juro que isso nunca tinha acontecido, não sei o que houve, mas não significou nada, juro!!!
— Caralho — Lee chegou a dar um meio riso de nervoso e virou-se, saindo do quarto no instante seguinte. Francamente, nem sabia quem estava ali e tinha zero interesse em tomar aquele tipo de conhecimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Be my Chef! | MinSung
FanficLee Minho e Han Jisung frequentaram a escola culinária juntos e trabalham no renomado restaurante Me-Waw. Apesar de possuírem personalidades completamente diferentes, a amizade entre os chefs poderia ser considerada perfeita... se um deles não tives...