[Esse capítulo contém trechos +18]
Os olhos contraíram-se quando Lee sentiu o toque suave nas costas, subindo até o seu pescoço. Não entendeu de imediato o que estava acontecendo, mas aos poucos a cabeça processou que já tinha amanhecido e que aquela sensação contra a pele era um beijo calmo e morno. Sorriu preguiçoso e suspirou profundamente.
— Bom dia — Minho disse com a voz falha, envolvido pelo cobertor quentinho, enroscado de bruços em seu travesseiro.
— Bom dia — Jisung respondeu, mas pelo tom já havia levantado tinha um tempo. — Como você tá se sentindo? — a mão tocou sua testa com delicadeza, procurando sentir a temperatura.
— Que mão fria, Sungie... — gemeu, encolhendo-se ali de maneira preguiçosa. — Tô melhor.
— Desculpa, eu tava na rua — riu breve e abraçou-o por trás, acariciando sua cintura. — Parece que a febre foi embora, mesmo — o rosto descansou sobre as costas quentes de Minho e o mais novo fechou os olhos em um suspiro de agrado. — Será que vai conseguir trabalhar hoje? Acabei de receber uma mensagem dizendo que é pra voltarmos.
— Hun, acho que sim. Me sinto meio mole, mas até de noite deve passar.
— Você deveria ficar em casa. Avisa que está doente, eles não podem dizer nada. Você parece meio pálido ainda.
— Vamos ver — abriu os olhos com alguma demora, usando as costas dos dedos para esfregá-los. Ainda chovia, claro, mas não foi isso que chamou a sua atenção. — Você comprou mais flores — sorriu ao mirar as flores brancas e frescas misturadas às tulipas já abertas.
— Elas estavam no meio do caminho — contou casual, mas a verdade era que àquela altura Han tinha feito amizade com a mulher da banquinha. "Se for pra desejar melhoras, algo delicado como jasmins", lembrava dela ter dito e confirmado assim que encontrara a mulher de novo naquele dia.
— Sei. Você tava andando e de repente tropeçou em um punhado de jasmins? — Até parece. Levou a mão até o seu pulso e então puxou-o sem avisos por cima do corpo, jogando-o ao seu lado na cama. Logo arrastou-se para cima do mais novo, enfiando o rosto em seu pescoço. — Pelo visto você até aprendeu como cortar as hastes e colocar elas no vaso direitinho.
— Não é assim tão difícil, se quer saber — enroscou a perna na coxa maior em um arfar baixinho.
— O que você foi fazer na rua?
— Comprar manteiga. Você acabou com a daqui de casa ontem — tombou a cabeça pro lado e fechou os olhos quando sentiu o primeiro beijo calmo logo abaixo da orelha.
— E o que mais? — ergueu as sobrancelhas. Qual é. Era cozinheiro, poderia sentir o cheiro de algo sendo assado de longe.
— E... bom, como você está doente, eu resolvi cozinhar pro café da manhã hoje.
— Hummmm — a mão deslizou silenciosa por baixo de sua blusa. — Sinto cheiro de bolo. Bolo de... laranja? — chutou.
— Bolo de laranja, narizinho de ouro — revirou os olhos, rindo minimamente. Difícil esconder as coisas de Minho quando o assunto era cozinha.
— Meu narizinho de ouro também está sentindo cheiro de café e de ovo — apertou sua cintura, dispensando uma pequena mordida de carinho perto da gola da camiseta.
— Sim. Fiz torrada inglesa com bacon também e coei um café diferente que comprei na conveniência. Caramba, você é tipo um cachorrinho farejador. Não dá pra tentar fazer surpresa com você por perto.
— Desculpa, não quis estragar sua surpresa — riu também. — Vamos de novo. Quer que eu finja que não faço ideia?
— Se você puder, eu me sentiria menos frustrado — suspirou em falso descontentamento.
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Be my Chef! | MinSung
Fiksi PenggemarLee Minho e Han Jisung frequentaram a escola culinária juntos e trabalham no renomado restaurante Me-Waw. Apesar de possuírem personalidades completamente diferentes, a amizade entre os chefs poderia ser considerada perfeita... se um deles não tives...