48. Novos sonhos

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[Esse capítulo contém trechos +18]

Se alguém tivesse contado que terminaria aquela noite abraçado a Minho em uma sessão de cinema, Jisung não teria acreditado. Não tinha prestado atenção em nem um por cento do filme e, honestamente, isso era o que menos importava. Estava ocupado demais em viver o momento, descansando o rosto serenamente no peito do outro enquanto sentia os dedos maiores movendo-se entre os seus em uma carícia distraída.

Lee parecia concentrado nas cenas, enquanto o mais novo estava totalmente envolvido em acompanhar de perto o ritmo de sua pulsação. A verdade era que poderia passar a vida inteira ali. Desde que tinha ido embora, a ideia de viver um momento como aquele só mais uma vez fora o que o mantivera disposto a continuar. Jamais desejaria que Minho estivesse mal ou infeliz, porém sempre restava uma pontinha de esperança de que os dois poderiam retornar o relacionamento de onde haviam parado.

Bem, embora aquilo não fosse possível, pareciam ter encontrado um caminho muito melhor, o de recomeçar. Um primeiro olhar, um primeiro riso, um primeiro beijo. Tudo era tão novo quanto poderia ser e, por isso, era incrível.

Quando os créditos subiram e as luzes se acenderam finalmente, a própria cabeça protestou em silêncio. Já? Ali estava tão bom.

— E então, gostou? — Minho perguntou, abaixando o rosto para tentar mirar o outro de onde estava.

— Ahn, sim — contraiu um dos olhos, fazendo o mais velho rir discretamente.

— Você, pelo menos, sabe me dizer sobre o que era o filme, Sungie? — Lee perguntou, a título de curiosidade.

— Bem... não — Confessou em um suspiro e riu também, afastando-se suavemente para mirá-lo nos olhos. — Desculpa, Min. Depois que você me beijou eu não vi mais nada.

Lee deu um meio sorriso e pressionou os lábios em sua bochecha.

Te perdoo por essa. Mas qualquer hora nós vamos assistir de novo lá em casa — deixou o aviso.

Ai, caramba, e Jisung achando que tinha se livrado daquela chacina em preto e branco.

— Claro, vai ser divertidíssimo — pressionou os lábios, dando um riso breve ao ganhar uma caretinha como resposta.

Recolheram o lixo e se dirigiram para a saída, caminhando calmamente pelo caminho pelo qual haviam entrado. Han estava considerando se deveria tentar o conselho de Binnie. Será que pareceria muito iludido ou ridículo? Mordeu o cantinho da boca e então a mão desceu ao lado do corpo, deixando o mindinho roçar de leve no do mais velho enquanto andavam lado a lado. Tentou entrelaçar os dedos uma vez e acabou não conseguindo pelo movimento alternado dos braços. De novo e... nada. Depois da terceira tentativa falha, abaixou a cabeça em desistência e constrangimento.

Talvez ele não quisesse andar de mãos dadas.

— Que cara de gatinho abandonado — Minho disse de repente, em um sorriso calmo, passando o braço pelo ombro até puxá-lo para perto. Claro que tinha reparado o que Han estava tentando fazer. Os dedos se moveram em um convite mudo, incentivando-o a erguer a mão para entrelaçá-la com a sua. — Melhor?

— Sim — as bochechas de Han ficaram coradas e ele escorou-se na lateral do corpo do outro, garantindo que ficassem bem juntinhos. Em momentos como aquele, a diferença de altura entre os dois era nada menos do que adorável. Nada gritante, no entanto Jisung era mais baixo e conseguia aninhar-se perfeitamente em Lee Know, como se aquele espaço tivesse esperando por si desde sempre.

Assim que atingiram a parte de fora, o vento fresco bagunçou os cabelos de ambos, oferecendo também o cheiro típico que anunciava uma chuva próxima. A casa de Minho não ficava longe, mas Hannie teria que pegar um táxi para o hotel.

Be my Chef! | MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora