[Quebra de tempo - Meses depois]
Aquela era uma tarde maravilhosa de primavera nos campos de lavanda. O céu, até então completamente azul e limpo, ia dando espaço para os raios de sol mornos que ficavam cada vez mais alaranjados, indicando um final de dia fresco e agradável. Tudo estava preparado e em seu devido lugar. As cadeiras bem dispostas lado a lado do caminho de grama verdinha repleto de pétalas, os lampiões ainda apagados no chão e o arco florido que abrigava o altar.
Cada detalhe tinha sido planejado com muito cuidado. Eram delicados e discretos, mas mesmo assim cheios de significado. Dentro da única casa do local, alguém parecia tão nervoso que mal conseguia conter-se, mordendo o interior da bochecha repetidamente enquanto olhava para o relógio, esperando pelo momento certo chegar.
Os dois toques na porta foram baixinhos e ela logo foi aberta, chamando a atenção do noivo, que ficou aliviado ao ver o rosto conhecido.
— Posso entrar? — Minho perguntou, recebendo um aceno antes de colocar-se para dentro. Os passos foram calmos até o loiro e o amigo sorriu, colocando as mãos nos bolsos ao erguer as sobrancelhas.
— Estou muito nervoso — Lix deu uma risadinha, revirando os olhos em bom humor.
— Você está parecendo um elfo do bosque encantado — brincou. Se o pâtissier já era lindo normalmente, agora aparecia ter vindo direto de um lugar mágico e iluminado. Os dedos se esticaram para tocar uma mecha clara e cheirosa e Lee passou os olhos pelo seu rosto.
Era estonteante. Tão simples, porém tão impactante quanto poderia ser. As bochechas estavam coradas na medida certa, os lábios cor de cereja e mulher de meia idade terminava os últimos toques, encaixando as florzinhas pequeninas e brancas no meio da trança loira feita quase que fio a fio, de tão caprichada.
— Acha que está exagerado? — perguntou. Tinha optado por ser sutil, no entanto não quis abrir mãos dos pequeninos cravos do amor e nem do bouquet. A roupa, uma camisa branca com mangas longas e soltas e uma calça também branca e justa, deixava que toda a atenção ficasse em seu rosto e no bouquet de lavanda e algodão que tinha escolhido com carinho, trazendo os únicos pontos coloridos de todo o conjunto.
Minho moveu a cabeça de um lado para o outro e abaixou-se para falar em seu ouvido.
— Eu acho que você está lindo — Minho beijou a bochecha quente, erguendo-se novamente no instante seguinte. — O sol está quase no ponto certo. As pessoas estão nos lugares e seu noivo já está te esperando no altar — curvou o canto dos lábios.
— Céus, aposto que ele está tão tranquilo quanto se estivesse indo comprar um cacho de bananas — puxou o ar, abanando-se. Changbin era um poço de tranquilidade, Felix tinha certeza de que ele estava dando risada alto com algum conhecido enquanto o mais novo derretia-se de ansiedade do lado de dentro da casa.
— Você está enganado. O homem está uma pilha de nervos, Han teve que socorrer ele com um leque antes que se desmanchasse em suor — entregou-o, ganhando uma olhadela surpresa do outro.
— É sério? Bin, nervoso? — ergueu uma das sobrancelhas, descrente.
— Andando de um lado para o outro como se tivesse pulga nas calças — moveu o peito em um riso mudo, lembrando-se daquela imagem ridícula, mas até que bonitinha. — Ele anotou os votos dele em um pedaço de papel que de tanto dobrar e pegar com as mãos molhadas já está esfarelando. Bem romântico.
Felix riu e deu uma cutucada em Minho, pressionando os lábios com força para segurar o sorriso. Outras duas batidinhas soaram na porta e a simpática organizadora entrou para conferir se o loiro já estava pronto.
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Be my Chef! | MinSung
FanficLee Minho e Han Jisung frequentaram a escola culinária juntos e trabalham no renomado restaurante Me-Waw. Apesar de possuírem personalidades completamente diferentes, a amizade entre os chefs poderia ser considerada perfeita... se um deles não tives...