Capítulo 25: A Lenda do Lobo Faminto pt.4

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Israel Rodrigues

Eu levei a Priscilla pro banho, ela nem conseguia ficar de pé depois da nossa brincadeira a 3. Quando eu falei com ela sobre o Mário e sugeri o ménage ela aceitou na hora, essa maluca é mais putona do que eu.

Quando saímos do Banheiro eu percebi que o Mário tinha sumido, eu até imaginei que ele pudesse ficar acanhado ou surtado depois dessa iniciação mas não imaginava isso. Eu despedi a Priscila e mandei ela pra casa com um dos crias.

Minutos depois eu escuto alguém abrindo a porta da minha casa e vejo o Renato na sala da minha casa, eu tava apenas de cueca quando fui olhar.

-Caralho dá pra tu botar uma roupa pelo menos, viado desgraçado! - Renato disse cobrindo os olhos e olhando pro lado.

-Ah tu come o baixinho lá a torto e a rodo e agora tá querendo pagar de hétero, Renato? Pra cima de mim, bandidão?

-Vai tomar no olho do teu cu, Barão!

-Adoro! Quero tomar bem forte mermo! - eu disse rindo.

-Puta que pariu tu é podre demais!

Eu comecei a rir enquanto eu botava minha bermuda.

-Mas eu vim aqui por outro motivo. O que tu tava fazendo com o Mário perguntando sobre o Rinaldo? - Renato foi incisivo.

"Puta que pariu" eu pensei.

-Eu te dei uma ordem, Barão. Tu tá proibido de ficar perseguindo o cara! - Renato disse erguendo o dedo.

-Renato, eu só tava comentando o dia que o Júlio foi atacado com o Mario aí ele soltou sobre essa tal de Doralice e eu estranhei porque o Rinaldo é casado.

Renato ficou entortando a boca me ouvindo falar.

-Mano, eu sei que o cara salvou a vida do teu namorado mas tu não acha tudo isso muito estranho? Todo mundo que sumiu ele tava por perto ou falou com a pessoa. Renato tu é um cara de instinto, tu não sente que tem algo errado nisso tudo? -eu tentei argumentar

Renato não me respondeu, ele ficou olhando pra baixo ponderando minhas palavras.

-Renato, eu não te falei porque eu sei que tu não curte essas paradas mas eu tenho tido umas sensações estranhas e ouvidos umas coisas...

-Tu tem é que parar de fumar maconha, Barão. Fuma e fica vendo monstro debaixo da cama.

-Eu tô sonhando também, Renato. É isto.

Eu não queria admitir, eu comecei a sonhar com a mesma voz que eu ficava ouvindo do nada.

-Oluparum.

-O que?

-É isso que eu tenho ouvido na minha cabeça e nos meus sonhos. Dia e noite. Oluparum.

-Que porra de macumbaria é essa? - Renato disse.

-Eu só sei que isso é importante, eu só sei. Renato, confia em mim. Eu sempre tive do teu lado, mano! Eu só tô te pedindo que tu confie em mim.

Rinaldo bufou e olhou pra cima puxando o ar.

-Tá. Mas eu te digo logo que o Rinaldo não tá na favela, ele viajou antes do corpo do Ranieri aparecer. Foi visitar uns parentes em São Paulo com a esposa ao que parece. Eu sei porque o Júlio ia agradecer ele e foi quando a gente soube que ele tinha viajado.

-Isso não muda a suspeita dos outros desaparecimentos - eu digo.

Renato respirou fundo.

-Uma chance, Barão. E não faz nenhuma merda sem pensar. Se tu passar um inocente vai ser uma merda gigante que tu vai jogar nas minhas costas. -Renato me avisou.

O Dono do Morro : Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora