Capítulo 55 : Nossas Memórias

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Júlio César

Estávamos deitados na lage da casa do Renato,ele armou uma enorme poltrona e nós ficamos deitados abraçados olhando as estrelas. Nós já tínhamos transado e depois de saciados era hora de um momento só nosso, eram esses momentos que nos completavam além do prazer.

-Teus amigos são engraçados demais, baixinho. - Renato disse.

-Aquelas miseras são é doidas! - eu disse.

Renato começou a rir sem parar, eu amo essa risada gostosa que ele dá.

-Eu adoro quando tu fala assim.

-Assim como, moço? - eu questionei.

-Eu amo teu sotaque. - ele disse.

-Teve um tempo que eu me ofenderia se ouvisse isso mas agora não...não mais. - eu disse.

Renato me beijou e ficamos ali de olhos fechados.

-Amor? - ele me chamou.

-Diga.

-Tu acha que foi uma boa ideia trazer eles pra cá? Os teus amigos. - Renato perguntou.

-Os pais deles rejeitaram eles e os expulsaram, moreno. Eu não podia deixá-los desamparados quando eu tenho os recursos e condições pra ajudar.

-Eu sei, meu amor. Eu só tô preocupado com a segurança deles, ainda tem toda a treta do Pantera e do Jogador. As coisas podem ficar perigosas e eu não quero que tu se machuque e nem que teus amigos se machuquem também. - Renato disse preocupado.

-Vai dar tudo certo, meu amor! A gente já passou tanta coisa que não vai ser esse traficante de bosta que vai parar a gente.

-Caralho...

-O que foi? - eu perguntei.

-Tu falou igual um traficante agora, viado! - Renato disse.

Eu comecei a rir alto.

-Acho que é a convivência que tá me deixando assim.

-"Relaxa painho, agora venha aqui e vamo sarrar um pouco" - Renato diz imitando meu sotaque.

Nós ficamos ali nos pegando na poltrona, transar com o Renato nunca era o suficiente, ele sempre queria mais e cada vez que ele toca meu corpo eu sempre peço mais. Ele começa a beijar meu pescoço me arrancando suspiros, eu acaricio sua barriga e sinto a pele dele se arrepiar ao meu toque, esse é o efeito do nosso amor, estar com alguém que se ama é totalmente diferente de um transa casual, quando se ama alguém cada transa, cada contato íntimo se torna único e cada vez mais nós nos tornamos um só chegando ao ponto que não é necessário dizer palavra alguma.

Eu nunca achei que amaria alguém e seria amado como eu era agora. Renato me completava e eu completava ele de uma maneira que eu nunca imaginei que seria possível.

Depois que nossas carícias diminuíram Renato voltou a falar.

-Júlio.

-Pra tu é "amor", "baixinho", "meu nego", "gostosinho"...-eu disse brincando.

Renato começou a rir e depois olhou nos meus olhos.

-Tu já pensou em casar?

Meu coração quase parou quando eu ouvi isso.

-Renato...e-eu...eu....- eu nem conseguia falar.

-Eu não quero dizer casar agora, não é isso. Eu só queria saber se tipo algum dia tu já pensou em casamento ou em se casar, amor. - Renato disse me acalmando.

O Dono do Morro : Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora