Capítulo 13 : Contemplar

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Autor aqui:

Eu disse que não ia conseguir postar hoje mas acabou que eu saí mais cedo do trabalho e consegui chegar tranquilo em casa.

E de presente aqui pra vocês o capítulo que eu ia postar amanhã

Boa leitura!


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Júlio César

~Manhã seguinte ~

Eu acordei sentindo o vazio ao meu lado na cama. Eu e Renato ainda conversamos por algum tempo depois de tudo o que ocorreu ontem. Quando o sono já estava sobre nós eu me virei e ele me abraçou, dormimos de conchinha.

Eu fiquei tateando a cama procurando ele com meus olhos fechados, mas ele não estava mais lá.

Eu abri os olhos devagar e o quarto ainda estava meio escuro devido a cortina blackout que havia na janela. Na penumbra eu conseguia enxergar um pouco mais do quarto do Renato, ontem a noite não tive como ver muita coisa hahaha.

Além da estante com a coleção de games havia também outra televisão no quarto e uma mesinha com um computador gamer que me deu até inveja.Havia também alguns porta retratos em cima da mesinha do computador.

Eu me levantei e me espreguicei sentado na cama. Fui em direção a mesinha do computador e comecei a observar os porta retratos. Em um deles havia uma foto de um rapazinho em uma formatura da escola que eu julgava ser o Renato. Em outro havia uma menininha linda abraçada com o garotinho no que parecia um escorrega de um parquinho.

E no maior dos porta retratos havia uma foto em família. Um senhor negro com roupa social e uma bíblia debaixo do braço, uma senhora morena com um vestido azul lindo e as duas crianças vestidas com roupas lindas.

A senhora morena de cabelos lisos escovados tinha um sorriso lindo,ela era do tipo que ria com sua boca e com seus olhos. Eu já tinha visto esse sorriso antes.

Eu senti duas mãos envolverem minha cintura e uma cabeça repousar em meu ombro.

-São meus pais e minha irmã. - Renato sussurrou.

-Ela tem o seu sorriso, sabia.

-Eu sei. Todo mundo que conheceu ela diz isso. Essa aí era a dona Maria Aparecida, a famosa Dona Cida.

"Era"eu pensei.

Eu lembro que a tia Aninha disse que a mãe do Renato se tornou amiga dela e ajudou ela a cuidar de sua mãe antes dela falecer. Eu não lembrava dela ter dito que a mãe do Renato já era falecida também.

-Eu sinto muito, Renato.

Renato ficou em silêncio.

-Obrigado. - ele respondeu depois de um tempo.

Eu olho para o senhor com a bíblia na mão e a menininha.

-E esse senhor deve ser o seu pai e a menininha sua irmã. Como eles tão?

-Eles também já morreram. - Renato respondeu com um tom sério.

"Porra....fiz merda" eu pensei.

-Desculpa, eu não....

-Tudo bem, baixinho. Eles morreram muito antes da minha mãe, eu acho que eu tinha 15 ou 16 anos na época. Depois disso tudo mudou....tudo mudou.... - Renato bufou ao dizer essas palavras e eu senti que tinha pisado em um terreno proibido dele.

O Dono do Morro : Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora