Capítulo 39: O Perfume das Gardênias

503 39 24
                                    

Júlio César


Eu fiquei deitado na cama esperando o Renato trazer nosso café da manhã, eu queria ter levantado e ir pra cozinha mas ele disse pra eu ficar deitado que ele ia resolver isso, ele queria um café da manhã romântico na cama mas como passamos a noite quase toda acordados então não tinha como ele me surpreender.

Eu fiquei observando a minha correntinha com nossas iniciais, comecei a pensar em quanto deveria ter custado.

"Dinheiro não é problema pro Renato pelo visto. Será que foi tudo isto que ele passou o dia resolvendo ontem?"

Eu comecei a lembrar de tudo o que a gente tinha passado até chegarmos ali, eu fiquei rindo comigo mesmo pensando em tudo. Eu pensei em como seria apresentar o Renato aos meus pais, eu teria que arrumar um ótimo disfarce pra eles não descobrirem que o Renato é traficante, já bastaria eu ter que contar pra eles que sou gay imagina quando tiver que contar que tô namorando um traficante.

"Minha mãe vai te matar na base da vassourada! Vai ser hilário!"eu pensei.

Mas eu nem sentia tanto peso assim mais dentro de mim, Renato havia se declarado pra mim, apenas pra mim. Ele contou tudo o que estava dentro do seu coração pra mim, nunca imaginei ele fazendo isso. Tudo pra ele era "vou meter bala" mas agora ele conseguiu expressar tudo o que sentia por mim, era como se uma corrente que havia dentro dele tivesse sido quebrada e ele passou o resto da noite comigo dizendo que me amava e fazendo juras e mais juras de amor pra mim.

Eu me levantei pelado e fui olhar meu celular que tava em cima de uma cômoda e comecei a olhar minhas notificações e vi uma mensagem do Fábio mandada ontem a noite e fui ler. Ele perguntava se eu tava bem e se tinha chegado tranquilo seja lá onde eu tivesse ido, depois havia uma mensagem com uma foto dele jogando no computador e eu achei fofinho.

Mas havia uma mensagem enviada em ideogramas chineses no meio da madrugada, provavelmente o Fábio não queria que ninguém além de mim entendesse aquela mensagem.

"Você falou com meu pai? Eu não te dei permissão pra se intrometer nisso! Precisamos conversar quando você voltar!"

Fábio deve ter descoberto que eu atendi a ligação do pai dele no restaurante e pelo visto não estava feliz com isso. Eu só queria ajudar mas pelo visto mais uma vez eu acabei arrumando problemas pra mim. A situação do Fábio com o pai dele parecia bastante delicada e eu posso ter tornado as coisas ainda piores.

Enquanto eu tava ali refletindo eu ouço a porta abrir e puxei o lençol me cobrindo com vergonha. Renato estava com uma mesinha com um café da manhã entrando no nosso quarto e sorriu ao me ver tentando cobrir minha nudez com o lençol.

-Não aí tem nada que eu já não tenha visto, amor. - ele disse rindo pra mim.

-Tabacudo! - eu disse rindo.

Renato deixou a mesinha do lado oposto da cama e se sentou ao meu lado.

-Visto....beijado....amado... - ele disse enquanto cheirava meu pescoço e depositava pequenos beijos arrepiando minha pele.

Eu afastei o rosto de Renato com dois dedos.

-É melhor a gente tomar café primeiro. Porque se a gente continuar não vamos parar, meu amor.

-É melhor mesmo. - Renato disse com um sorriso sacana.

Tomamos café entre vários gracejos safados do Renato, até eu fiz umas gracinhas safadas pra ele, estou ficando muito sacana igualzinho a ele hahahaha

Quando nosso café terminou tomamos banho juntos, Renato não conseguia se controlar e acariciava cada parte do meu corpo e antes mesmo de entrarmos no chuveiro ele já estava excitado, duro como pedra. Ele me botou em seu colo e me encostou na parede dentro do box, chupava meus mamilos e beijava meu pescoço. Seus dedos procuravam meu cuzinho e começaram a me dedilhar quando encontraram.

O Dono do Morro : Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora