Jean Dantas
A gente saiu do restaurante e continuamos nosso passeio pela liberdade, fomos em cafeterias, num shopping que só vendia coisas de anime e o Júlio fez praticamente uma feira inteira de mangás e coisas japonesas, gastou uma fortuna mas ele pode né. Também comprou muita coisa pra gente e avisou que no dia seguinte iriamos pro Bom Retiro, o bairro coreano pra comermos em um rodízio de carnes coreanas.
Lucas e Mateus pareciam se dar bem melhor agora, até estavam conversando de maneira cordial mas o Lucas ainda parecia um maluco olhando pra ele, nós seguimos para o Museu da Imigração Japonesa, o Júlio e o Lucas adoram esses programas culturais mas eu só queria comer e comprar coisas e depois voltar pra casa. Quando pagamos nossos ingressos o Lucas pagou o dele e disse que o Montanha tinha dado um dinheiro pra ele gastar na viagem mas ele não ia gastar nada.
-Tu não vai gastar o dinheiro que teu quase marido te deu? - eu questionei.
-O Montanha é meu namorado, não meu pai! - Lucas disse.
-Apois se o Fábio tivesse me dado dinheiro eu iria gastar até o último centavo! - eu disse.
-Tu tá feito né, bixa? O Fábio é podre de rico! - Júlio disse rindo.
-Quando a gente casar eu vou querer um colar de diamante bem bonito e vários anéis e jóias. Vou virar praticamente virar a Cristina de "Alma Gêmea"! - eu disse rindo.
-"Eu vim buscar as Jóias!" - Mateus disse num tom de brincadeira e todos nós começamos a rir;
-"Eu quero as minhas jóias!" - Júlio disse.
O coitado do senhorzinho japonês ficou olhando pra gente e devia estar pensando "coitados, são retardados!"
Nós subimos e o museu funcionava em andares, você entrava pela esquerda e ia seguindo até o fim onde ficava a escada para o próximo andar. O museu abrangia desde início da civilização japonesa, os primeiros imigrantes, a segunda guerra mundial até a modernidade. Era repleto de artefatos e relíquias que foram doações da comunidade japonesa de todo o Brasil e de seus descendentes, eu tirei várias fotos com as armaduras, kimonos e itens pessoais dos imigrantes, eu tirei várias fotos e selfies e mandei pro Fábio que respondeu reagindo com corações.
Eu parei e fiquei admirando vários itens pessoas que vieram com os primeiros imigrantes, haviam malas, bonecas e vistos de imigração, eu parei pra ler e estava muito admirado com tudo aquilo, eu comecei a gostar do museu mais do que imaginei. Júlio já tinha vindo nesse museus várias vezes mas os olhos dele brilhavam ao ler cada placa, ao admirar cada item e ver cada vídeo, Lucas estava encantado também os os itens, ele observava e tirava fotos dos mais belos para guardar de lembrança.
Eu estava observando alguns itens pessoas dos imigrantes que vieram no primeiro navio para o Brasil , o Kasato Maru, quando o Lucas chegou perto de mim.
-Jean, eu preciso falar contigo. - ele disse sussurrando.
-Fala! - eu disse sem nem olhar pra ele.
-É sobre o Mateus! - ele sussurrou botando a mão na boca;
-Lucas tu já é praticamente casado e eu duvido que o Montanha vai querer te dividir com alguém. - eu disse ignorando ele.
-NÃO É SOBRE ISSO!
-Então é sobre o que? Fala logo e deixa de pantim! - eu perguntei já sem paciência.
-Lembra do que eu te disse quando eu tava na casa do Victor? Que tinha uma pessoa ou uma...coisa me ajudando lá? - Lucas disse cobrindo a boca.
-Lembro. Aquilo foi coisa da tua cabeça que você criou pra conseguir sobreviver aquela amostra de Jogos Mortais que foi sua estadia na casa daquele psicopata. - eu disse.
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O Dono do Morro : Eu Odeio Amar Você
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA!]Júlio César é um rapaz de Recife que se muda para o Rio de Janeiro após receber um cargo melhor no órgão público que trabalha. Ele passa a conviver com sua tia Ana e seu primo Mário e descobre que os dois moram na Favela da Rocinha. Além...