Capítulo 76: Nós nos Amamos, Nós nos Odiamos pt4

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Fábio Cavalcante

~A noite da Invasão ao Sítio~

Está tudo pronto.

Rocinha, Complexo do Alemão, Milicianos e os mercenários que eu contratei.

Acaba esta noite, esta noite vamos mandar o Pantera e o Max para o inferno.

Estávamos todos nos equipando numa casa que os milicianos conseguiram já em Duque de Caxias, os homens da Rocinha haviam ido na noite anterior para que todos estivessem a postos, os milicianos e os mercenários já estavam a postos e só faltavam os homens da Rocinha chegarem para repassarmos os últimos detalhes. Na casa os homens do Renato estavam contando os equipamentos, coletes, armas e tudo mais. Barão estava checando os fuzis junto com os milicianos que eram liderados pelo magrelo chamado de Diego, eu descobri que ele é um capitão da PM e isso me impressionou mais ainda.

Luan tinha espionado o local já, ele localizou dezenas de sinais de celulares, a gente fez um cálculo e eu acho que deve ter algo de 50 a 70 homens lá dentro, o sítio é enorme e fica num local remoto, totalmente acima de qualquer suspeita. O Max já tinha sido visto indo e voltando a este mesmo local, o Pantera só podia estar lá escondido, nós íamos atacar com força total por um lado e os mercenários iriam atacar pelo outro lado.

Os mercenários foram indicação de um contato do Escritório, caras vindo diretamente da europa e dos estados unidos, snipers e homens endurecidos em uma centena de batalhas,eles já tinham até trabalhado para cartéis mexicanos e sabiam como a mente dos traficantes funciona, seriam perfeitos pra lidar com um bando de traficantes cariocas. Eu tomei todas as precauções possíveis, eu conheço o Max e conheço o Pantera, sei que o lugar com certeza estará protegido de diversas maneiras e teremos que agir rápido, matar os homens deles e executar o Pantera e o Max.

-Tá tudo pronto, meu mano. - Diego disse para o Renato.

-Só falta o Jogador e os caras do Alemão chegarem. - Renato disse.

-A gente vai matar todos eles. Não é pra deixar nenhum deles sobrar! - Barão disse vestindo o colete a prova de balas.

-O Pantera é meu, Renato - eu disse. - Faz o que quiser com o resto deles mas o Pantera é meu.

-Vai ter que passar por cima de mim primeiro, irmãozinho. - eu ouvi uma voz dizer.

O Jogador chegou com os homens do Alemão, ao lado dele tinha um branquelo que parecia ter saído do leito de hospital, era o conhecido como Fantasma. Junto deles havia uns 30 homens do Alemão, os melhores e mais fiéis ao Jogador. Todos eles prontos para matar o Pantera. Uma aliança quádrupla para matar um único homem, um feito inédito eu diria, algo para entrar na história do mundo do crime.

-A gente vai resolver isso depois. - eu disse.

-Eu pensei em tocar fogo com ele ainda vivo ou talvez degolar ele bem devagar mas se você tiver uma ideia melhor eu tô ouvindo. - Victor disse.

-E o Max? O que vamos fazer com ele? - Diego disse.

-O Max é meu. Só meu! Eu trouxe um presentinho pra usar nele que vai ser muito interessante. - Victor disse.

Max havia sido um homem que cuidou de mim boa parte da minha vida, eu não tinha nada contra ele mas eu sabia que ele estava junto com o Pantera em toda essa armação, também sabia tudo o que o Victor sofreu na mão desses dois, ele pode matar o Max como quiser mas eu não vou querer estar presente quando isso acontecer.

-Que seja. Faz o que quiser com ele mas o Pantera a gente pode dividir se você quiser. - eu disse.

-Talvez...- Victor disse.

O Dono do Morro : Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora