Quanto o passado pode machucar?

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Continuando...

Kai desceu de seu cavalo em desespero, o homem encontrou com outro de mesmo porte físico que ele, mais a frente e sumiram na vasta mata, Kahon estava morto e se Xu  não agisse rápido Jia também morreria.  Kai pegou a bolsa que estava no cavalo de Jiarui, nunca foi tão difícil abrir algo como estava sendo agora. Ele achou um pote com uma pomada feita a base de ervas, ele estava tão nervoso que mal conseguia controlar os tremores em seu corpo.

— Fala comigo Chefe! — Ele queria verificar se Jia ainda estava consciente, já que seu sangue estava todo indo embora.

— As esferas...

— Do que esta falando? Ainda não pode estar a delirar! Agora Poupe suas energias.

— Pegue...no chão...— Kai daria importância para o que Jia estava dizendo, apenas depois de estancar o sangue. Ele abriu as vestes do oficial e passou aquela pomada em seu ferimento chorando de nervoso, pois estava muito profundo e ele temia que o remédio não desse conta de parar o sangramento, não queria perder os dois amigos de uma só vez, então ele passou bastante e teve um alívio quando o remédio fez seu trabalho, ele conseguiu enrolar um tecido no local para proteger e com muita dificuldade pôs Jiarui em seu cavalo.

— As esferas ...— Jia insistiu nisso e Kai o apoiou de forma que não caísse e voltou para ver que esferas eram aquelas no chão e, quando pegou uma delas os gritos escandalosos dele foram ouvido na Ásia toda!

— O que é isso?!!! Meu Deus!!! Acho que vou vomitar...

— Engole esse vômito...ainda não posso morrer, não agora...entregue as ao lorde Li Dai...— Jia desmaiou e foi só o tempo de Xu juntar as esferas dentro de um saco, com muito nojo. Precisava socorrer Jia rápido, ele havia perdido muito sangue e ainda tinha a flecha agarrada ao ombro, Kai cortou as extremidades para conseguir carrega-lo em segurança, mas ainda havia um pedaço dela presa alí. Ele o levou direto para o Palácio já que lá haviam os melhores médicos e sendo o pai dele o Herudito era óbvio que o atenderiam muito bem.

— Abram os portões!!!!— Xu kai grita desesperado por sentir que o ferimento voltou a sangrar, ele mostra suas  credenciais  e de Jiarui e os guardas abrem imediatamente e já dentro eles ajudam Xu a carrega-lo até a ala médica, a notícia  sobre Jia estar morrendo chega ao príncipe herdeiro que ainda se recuperava do envenenamento e ele sai do jeito que está correndo direto para a entrada de onde Jia estava.

— Abram!!! Eu quero vê-lo!!!

— Meu príncipe, o senhor não pode entrar lá. — Um dos guardas falou.

— Sou o futuro rei! Saia da frente agora ou não me responsabilizo pelo que irei fazer!!!! — O guarda apenas saiu da frente com receio e ele entrou, mas os assistentes do médico o pararam.

— Meu príncipe, não pode entrar, pode ser fonte de infecção para ele! Aguarde lá fora, ele está nas mãos do melhor médico. — Vendo que poderia prejudicar Jia, Hao saiu, ficando ao lado de Kai que se preparava para voltar ao gabinete, pois ainda tinham que recolher o corpo de Kahon e entregar as esferas.

— Você que o trouxe?

— Sim, meu príncipe.

— O que aconteceu?

— Recebemos uma carta anônima na madrugada, mas só hoje cedo a nossa equipe estaria lá, como somos nós a investigar o assassino dos meninos, nenhum outro grupo poderia averiguar, então seguimos para lá, na carta dizia que eles haviam encurralado o homicida e que estaria preso em um buraco. Quando chegamos lá, o homem estava saindo do buraco, não deu tempo de prendê-lo, mas ele não estava só, havia alguém entre as árvores atirando flechas, uma delas acertou Jiarui e a outra...— Kai não conteve o choro.

My LordOnde histórias criam vida. Descubra agora