My Lord

Lanternas...

O Festival das Lanternas (também conhecido como Festival Yuan Xiao ou Festival das Lanternas da Primavera), acontece no final das celebrações do Ano Novo Chinês. Acontece no 15º dia do primeiro mês do calendário lunar chinês. Esta celebração geralmente ocorre entre os meses de fevereiro e março (de acordo com o calendário gregoriano), dependendo da data em que se inicia o Ano Novo Chinês.

O Festival das Lanternas tem quase 2.000 anos de história e foi criado pelo imperador Han Mingdi, grande defensor do budismo. O festival é muito importante para os chineses porque  no dia, as pessoas podem ver a primeira noite de lua cheia do calendário chinês. Também marca o retorno da primavera e simboliza o reencontro das famílias.

O inverno mais uma vez se foi, deixando os dias frios e longos, para dar lugar a beleza das flores...Yibo escrevia mais uma de suas poesias para celebrar a chegada de uma das mais belas estações...

— Meu poeta, você já terminou a poesia de primavera?

— Você já me perguntou isso três vezes, Zhange! Eu ainda não consegui termina-la. Porque, você fica me rodeando. — Yibo disse rindo.

— Ah me desculpe! É que estou ansioso, você escreve tão bem.

— Logo terminarei, você deveria já estar se arrumando, eu já estou pronto e Ziye também.

— É o primeiro Festival das lanternas que Hao participa depois de tanto tempo, ele amava este evento.

— E ele nem pode se dar ao luxo de não comparecer.

— Pois é, afinal ele é o rei...

Yibo, Zhan e  Ziye estavam prontos para sair, quando viram que seu criado não estava arrumado.

— Yanan, Não vai ao festival?

— É hoje?! Eu havia me esquecido! Mas pensando bem, o que irei fazer lá?

— Assistir a shows, lançar sua lanterna ao ar e talvez encontrar alguém que lhe agrade! — Zhan falou, enquanto Yibo foi lá dentro da casa e trouxe um pacote.

— Zhan não havia lhe entregado, pois esqueceu, essas roupas são para você, escolhemos de acordo com o seu gosto, já que diria que não precisava.

— Minhas roupas ainda estão boas!

— Não estão não! — Ziye diz enfiando o dedo em um dos buracos da roupa que ele usava.

— Vá tomar um banho e se trocar, nós o aguardamos. Yanan foi se aprontar, as roupas ficaram perfeitas e enfim puderam ir ao festival.

Eles chegaram a cidade; tudo estava enfeitado para tal ocasião. O rei já estava presente, mas parecia triste. Não era uma época de boas lembranças, não mais...

— Gege! — Ziye o abraçou bem forte, e Hao nunca poderia negar aquele abraço tão cheio de sentimentos. Hao apenas não sucumbiu a sua maior dor, porque tinha seus irmãos que o acolheram, todo esse tempo. Mas as vezes suas feridas ainda insistiam em abrir, em épocas como essas por exemplo, sua mente virava um enorme caos. Ele chegou ao meio da ponte e lançaria algo nas águas. Quando escorregou e já ia caindo dentro do rio, mas havia um braço forte lá que o amparou.

— O senhor é muito desastrado, meu rei. — Hao ficou bem próximo a Yanan que sorria zombando dele.

— Me solte agora mesmo!

— Se é o que quer. — Yanan iria mesmo solta-lo, mas se o fizesse, Hao cairia na água, então ele primeiro o tirou da reta do rio.

— Poderia ter me deixado cair no rio, mas não o fez, por quê?