My Lord

Um dia...

Continuando...

Yanan deu um beijo tão profundo que arrancou suspiros até da alma de Hao, o rei sentiu o corpo simplesmente ferver, mas Yanan estava aparentemente embriagado, então mesmo que tenha sentido o "corpo" reagir significativamente, ele empurrou o plebeu.

- Você está alcoolizado, vai se arrepender disso assim que lembrar o que fez. Eu não quero ser o motivo de arrependimento de mais ninguém...- Suas palavras soaram amargas.

- Eu não estou bêbado ao ponto de não saber o que estou fazendo. Só me enchi de coragem, quero fazer isso desde o dia do festival. Meu rei, você tem roubado todos os meus pensamentos. Eu me distraio pensando no seu olhar, me perco no seu sorriso e o seu perfume é inesquecível. Até os meus sonhos você invade, neles só existe nós e um lindo céu azul...Eu quero você.

Hao ficou tímido, com as palavras de Yanan, nunca ninguém foi tão direto assim. Já houve outras investidas, mas ninguém foi tão explícito.

- Amanhã conversamos, pode ser? Você vai para o seus aposentos agora, e as nove da manhã, venha me ver, então diga isso de cara limpa.

- Eu não posso dormir aqui? Prometo que vou apenas te olhar até pegar no sono.

- Não! Você não pode!

- Por favor, por favor, por favor! Eu me comporto! Do contrário sairei gritando lá fora que beijei o rei!

- Filho da puta! Está louco?!- Hao ficou apreensivo.

- Estou indo, então, se não se importa que eu brade por aí o quão maravilhosa foi a sensação de tocar os seus lábios. - Yanan ia saindo pela janela, e realmente se preparava para falar bem alto sobre o que havia feito.

- Volte aqui!!! Vá dormir logo! Amanhã de manhã eu te mato!- Hao o puxou pelas calças para voltar para dentro. Seu coração estava disparado, não sabia se era pelo medo das pessoas ficarem sabendo o que houve, ou se ainda era por causa do beijo. Yanan aproveitou para se virar e abraça-lo.

Yanan sorriu e ficou falando e falando muitas asneiras, estava entre o limite da sobriedade e da embriaguez. Hao preparou um lugar para ele dormir e foi deitar em sua cama, mas logo sentiu alguém o abraçar. Era o plebeu, estava sem suas roupas de cima, vestia apenas sua calça; e como era bonita aquela praga desnuda. Hao até tentou se livrar dos braços fortes dele, mas ele não acordava, quanto mais ele tentava sair mais ficava preso naquele abraço.

- Merda...eu vou te matar de manhã...- Hao pensou que passaria mais uma noite em claro, mas até que dormiu rápido; Hao era atormentado por pesadelos constantes por causa de seus traumas e essa noite não foi diferente, ele acorda aflito já na madrugada, após um sonho ruim, abre os olhos assustado pensando estar em outro lugar.

- Meu rei, não precisa se preocupar, você está seguro. - Yanan tira os cabelos que estão bagunçados do rosto de Hao que vira de frente para ele, vê um rosto conhecido e sem pensar muito o abraça de frente, ele chora muito, se sente tão cansado e frustrado. - Vai ficar tudo bem Hao...- Yanan acaricia a cabeça dele até que se acalme, o rei acaba por dormir nos braços do plebeu. Yanan passa a vigiar o sono dele. Antes que ele desperte pela manhã, Nan sai do quarto para não trazer problemas para ele e por volta de sete e quarenta, os criados vão até lá, geralmente seis horas ele já está acordado, mas ele perdeu a hora.

- Meu rei! Está tudo bem?! - Riley chama antes de entrar, como não obtém resposta, invade o quarto dele.

- Algo errado Riley? - Hao esfrega os olhos ainda com sono.

- São quase oito da manhã, meu rei.

- Ah...eu perdi a hora? - Ele levantou bem rápido e lembrou-se da noite passada. Olhou ao redor. Yanan havia deixado suas roupas por alí. Riley se virou para deixar que os criados entrassem e ele pegou rapidamente as roupas e escondeu. Tomou um banho demorado até demais, o que chamou a atenção de Riley.