Reencontro

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Oioioi! Amores tive um tempinho hoje!

Logo as coisas se resolvem.

Bora!!!

Continuando...

"Hao" chegou a uma casa no meio do nada, abriu as trancas do lugar e entrou carregando Jiarui. O verdadeiro Hao pintava mais uma de suas telas, com o rosto de Jiarui, ele ja havia pintado muitas delas ao longo desses quatro anos, fazia isso para nunca esquecer nenhum detalhe do  rosto de seu amor. Ele tinha uma corrente razoavelmente fina e  extensa presa ao seu tornozelo, era forte o suficiente para não deixa-lo escapar, usava roupas simples e os cabelos amarrados no estilo dos plebeus, sem luxo algum. Hao se virou quando ouviu os passos do irmão se aproximarem e ficou temeroso ao ver que ele carregava alguém nos braços, e não demorou muito para reconhecer quem era a pessoaque ele trazia consigo, por causa do cheiro característico do perfume de flor de laranjeira, qual ele mesmo havia presenteado Jia anos atrás, e ele havia gostado tanto que só usava este.

— O que você fez com ele Neo?!

— EU SOU HAO!!! VOCÊ É O NEO!!! Por causa dessa sua confusão foi que ficou internado todos esses anos! Você acha que sou eu! — Ele esbravejou deitando Jia na cama. — Hao teve medo dele machucar Jiarui, então entrou no jogo dele.

— Me desculpa irmão...mas porque trouxe ele para cá?

— É um presente, para você não ficar mais sozinho. — "Neo" dizia ao colocar  grilhões prendendo os pés do oficial.

— Ele também será seu prisioneiro?

— O que quer dizer?

— Ele tem uma vida lá fora...

— A vida dele agora é sua "Neo". Você decide se ele vive ou morre, mas daqui ele não sai mais. Só dentro de um belo caixão.

— Por que o machucou? — Hao observou a escoriação no rosto dele.

— Ele resistiu, ele não deveria, para alguém que diz me amar ele agiu diferente disso.

— Por que ele está desmaiado?

— Você está fazendo muitas perguntas!  Quer ele ou não? Porque se não o quiser terei de mata-lo! — Hao viu que seu irmão estava mais perturbado que o normal e continuou jogando com ele.

— Eu quero sim...

— Bom, você estava muito sozinho, por isso o trouxe para te fazer companhia, agora eu preciso voltar a cidade. — Ele deixou comida e água para os dois, as correntes de Hao permitiam que ele andasse por toda casa, só não conseguia sair dela. Neo saiu e Hao voltou-se para Jia que permanecia apagado. Verificou os batimentos cardíacos, e temperatura corporal, procurou para ver se havia outros ferimentos, constatando que sim, porém não eram.graves; ele só estava desacordado, Hao deitou sobre o peito dele e chorou tanto que doía ver. Jia foi despertando sentindo o peso sobre seu corpo, sua cabeça doía, então lembrou-se do que tinha acontecido e empurrou bruscamente quem quer que fosse que estivesse deitado alí. As luzes estavam fracas e a casa era escura, ele não pôde ver de imediato quem era a sua frente, saltou da cama com rapidez, mas acabou caindo por causa dos grilhões em seus pés.

— Jiarui! Você se machucou?!

— Fique longe de mim! — Ele diz se armando ainda no chão. A voz é idêntica a de Hao e isso deixa Jia com medo do que viria depois, afinal está preso com um lunático, mas Hao se aproxima e trás consigo uma lamparina forte o suficiente para que ele veja seu rosto e ele se apoia na cama com a única arma que Neo deixou com ele, um pequeno punhal.

— Jijia, sou eu...— Hao tenta não chorar mais ao falar com ele, mas era impossível. Jiarui nunca mais havia sido chamado assim por Hao, então prestou atenção nele e ao ver seu rosto, sem tapa olho, sem cicatrizes pela perda de um de seus olhos, Jia não podia acreditar no que via, ele não sabia se estava alucinando e ele bem que quis estar ficando louco, ao pensar que aquele que o machucou não era seu Hao, e ele não havia percebido antes para resgatar o verdadeiro, isso doeu mais que qualquer outra coisa que lhe aconteceu nos últimos dias.

My LordOnde histórias criam vida. Descubra agora