Podemos calcular o limite da maldade?

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Oi, amores, agora a estória vai ficar mais densa, pode conter gatilhos a partir deste capítulo. Se for sensível não leia.

Aos demais, aproveitem a leitura...

Parece que o inverno chegou mais cedo a cidade...pois o frio parecia alcançado a alma de todos, nos arredores do Palácio nenhum som se ouvia, a morte do príncipe parecia ter antecipado a estação...

Yibo:

Não há dor maior que a decepção, pois ela não vem de um inimigo, mas de quem você menos espera e isso te machuca num nível que parece ser incurável, quando se ama alguém, seja um amigo, irmão e esta pessoa faz algo inimaginável parece que um pedaço seu morre...e eu estava me sentindo completamente destruído, eu  confiava em Yue com a minha alma e coração e ele me enganou. Eu ainda tinha feito algo para ele do qual eu me arrependia profundamente, sacrifiquei mais do que podia com a promessa dele poupar Hao e o Rei e apesar dele ter me prometido, não cumpriu com sua palavra. Eu chorava agora nos braços de Zhan, que nem imaginava o sacrifício que eu havia feito para que sua família ficasse bem para no final não adiantar de nada...me sentia tão inútil...

Zhan segurou meu rosto depois que eu contei o que sabia, enxugou minhas lágrimas. Ele começou a aproximar seu rosto do meu e quando estava quase tocando meus lábios eu o empurrei e fugi desesperado, por entender que eu queria aquilo, depois do que aconteceu horas atrás eu não queria ser um manga cortada...Em meus pensamentos só me vinha o que eu havia feito de errado por ter sido ingênuo. O segundo príncipe mandou Wei ir atrás de mim e me proteger. Sabia que tinha alguma coisa muito errada, ele percebeu que não era só culpa por não conseguir salvar Hao da morte, tinha algo mais dilacerando meu coração. Corri em direção ao portão, mas estava trancado, os guardas procuravam quem havia colocado fogo no quarto do rei, então eu pulei o muro, Wei me seguiu a uma certa distância, cheguei na casa de Hana e bati muito agoniado, ela abriu e eu me agarrei a ela com tanta força que ela se assustou.

— Yibo o que aconteceu?! Me diga!

— Yue...

— O que ele fez?

— Jiejie...Eu não sei como dizer...

— Se acalme primeiro e conta devagar. — Eu chorava sem controle algum e ela me abraçou, estava preocupada, Hana era realmente boa para mim e me ver daquele jeito a machucou também. Com muita dificuldade contei o que Yue havia me pedido em troca de poupar os dois e ela ficou horrorizada e com ódio mortal de Yue.

— Jie...eu preferia estar morto agora...

— Não diga algo assim! Quem morrerá será ele! Como pôde pedir algo assim para você? Ele te conhece sabe que seu coração é puro! Ah eu realmente vou mata-lo!!! Vamos seguir com o plano, ainda vou me casar com Jiarui e vou fingir não saber de nada e quando Yue menos esperar o matarei! — Hana faria mesmo o que prometeu, mas eu devia voltar ao Palácio. Wei estava ouvindo toda conversa escondido fora da casa de Hana eu passei a noite na casa dela, de manhã explicaria a Zhan porque fugi, mas não contaria toda verdade, pois era vergonhoso...

No Palácio a madrugada foi tensa...

O rei mandou chamar os filhos para uma conversa.

— Mandei os chamar aqui, pois tenho que resolver esta questão antes que os rumores se espalhem.

— Poderia ao menos poupar Ziye, ele é só uma criança. — Xiao pede.

— Desculpa por ser tão duro com vocês, mas não, não pouparei Ziye, vocês são meus filhos e eu sou o rei, não posso trata-los como crianças, embora eu os veja assim.

— Então diga meu pai, porque nos chamou tão tarde,  pela manhã temos que preparar o funeral do nosso irmão e a dor que sentimos já é muito grande para estarmos aqui perdendo nosso tempo. — Ziye diz segurando o choro.

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