Não lembro nem se jantei ontem, ou como cheguei até minha cama. A questão é que acordei, mas não recomendo. Ainda sinto meu corpo pesado e que não dormi o suficiente, talvez a leve dor de cabeça que não passou mesmo depois de uma noite de sono que voou seja a responsável disso. Respiro fundo me levantando, mas com desejo de me cobrir dos pés a cabeça e voltar a dormir, o dia parece mais frio que a meteorologia informou, ou eu que estou com febre? Será que estou com febre?
Toco minha testa com a palma da mão como se eu soubesse medir assim sem ajuda de um termômetro e como não tenho um em casa, ignoro essa sensação febril para me arrumar e ir ao trabalho.
Sabe aquele dia que parece que o mundo está tão pesado que você não sente vontade de nada? Nem de se arrumar para encontrar a pessoa que você nutre uma paixão por bastante tempo? Pois, bem, é bem assim que estou, mas eu sei que preciso está perfeita, não só para Miranda, mas para o nível Runway. Eu queria só colocar uma saia confortável e um suéter azul qualquer e ir, mas, opto por uma calça de couro preta, e uma blusa social branca, nada de tão deslumbrante, entretanto aprendi que quando a roupa é simples, o que dá o grande charme e transforma o look são os acessórios, então opto por abusar bastante deles.
Olho para minha capa de chuva atrás da porta e me lembro de colocar na bolsa, não estou atrasada, mas eu sei que para Miranda, chegar no horário certo é está atrasada quinze minutos.
Mesmo não estando com fome, compro uma besteira na rua para não ficar tanto tempo de estômago vazia tendo em vista que ontem eu não jantei. Talvez eu realmente esteja ficando doente... Ironicamente falando: Miranda vai adorar isso...
— Você está atrasada. — Emily fala irritada.
Ainda são as primeiras horas de expediente. Como ela tão jovem consegue ser tão ranzinza?
— Estou no horário certo. — Sinto meus olhos com leve irritação. — Eu me esqueci de comprar pastilhas.
— Você nem pense em ficar doente. — Emily fala apontando o dedo para mim.
Como se ficar doente houvesse data e hora marcada para ser escolhida. Sorrio para ela balanço minha cabeça em concordância. Definitivamente hoje vai ser o dia que se a pessoa disser que a terra é plana eu vou concordar com ela.
— Miranda está chegando. — Emily fala se desesperando.
Eu apenas respiro fundo sentindo dor nas minhas costas, apoio meus cotovelos na mesa e com as pontas dos dedos massageio minhas têmporas enquanto todos começam a andar de um lado para o outro como um bando de desesperados querendo correr de um dragão furioso que lança fogo para todos os lados, igual em Game of Thrones.
"Eu odeio o meu trabalho." Profiro mentalmente sentindo minha dor de cabeça doer gradativamente mais forte. Levanto-me quando começo a ouvir os tilintas dos sapatos da Miranda. Sim, eu sei que é ela porque aprendi a diferenciar o som dos passos de algumas pessoas aqui da revista. E o dela é inconfundível.
Ela para imponente entre as duas mesas, e majestosamente ela tira seu casaco, estico minha mão para pega-los tendo em vista de como ela agiu ontem, acredito que essa função voltará para mim. Mas, me surpreendendo como ontem, ela gira lentamente e joga em cima da mesa da Emily que imediatamente pega para guardar.
— Meus compromissos. — Ela fala e Emily corre para a sala dela depois de guardar as coisas.
— Andreah! — Ela chama e eu caminho até sua sala enquanto Emily sai.
E assim meu dia agitado e estressante começa como sempre. Hoje não me importo muito se Miranda está me tratando apenas como sua secretaria, ou como se fizesse de conta que não transamos, hoje em verdade, eu não sinto ânimo para pensar em nada, só estou seguindo a fluxo e fazendo o que me mandam como se eu fosse um robô fabricado apenas para obedecer.
Mais uma vez Emily sai da sala da Miranda reclamando das tarefas fora da revista que ela tem que fazer, segundo ela, essas tarefas são minhas. Ela pega sua bolsa e celular e com seu olhar mortal dirigido para mim, ela sai da revista.
— Andreah! — Mas uma vez das zilhões de vezes hoje, ela me chama.
— Sim, Miranda. — Paro no meio da sua sala encarando meu bloco amarelo e com a caneta pronta para escrever suas demandas.
Mas, ela me surpreende levantando e caminhando até mim, ela para em minha frente, segura um dos meus braços e me arrasta para o canto da parede.
— Você deveria ter vindo de saia ou de vestido. — Ela profere tocando meu pescoço com seus lábios rosados. — Você está quente. — Ela sussurra me puxando para ela pela cintura.
— Acho que estou com febre. — Informo sentindo minha boca ser invadida pela sua língua ávida e faminta.
Ela me beija esfregando sua protuberância na minha vulva, fazendo-me sentir o quanto está dura. Sinto-me sem ar interrompendo o beijo que ela insiste em continuar. Ela desce seus beijos novamente para meu pescoço enquanto seus finos dedos enfeitados por anéis requintados tentam desabotoar minha calça.
— Acho que estou doente, Miranda. — Informo mais direta, segurando suas mãos para não descer agora o zíper da minha calça. — Estou precisando de cuidados. — Faço beicinho para ela que avança em minha boca sugando meu lábio inferior para logo me envolver em um beijo de língua quente e avassalador.
— Vou cuidar de você. — Ela fala rouca me virando de costas, fazendo automaticamente minhas mãos irem para a parede.
Miranda leva suas mãos para o cós da minha calça abaixando juntamente a calcinha com pressa. Ouço o zíper da sua calça abrindo-se e ela com pressa tirar seu membro para fora.
— Você está tão quente. — Ela lufa na minha nuca enquanto encosta a cabeça do seu pau na minha entrada por trás. — Que prazeroso. — Sua voz sai em deleite enquanto seu membro grande e duro me preenche gradativamente.
Ela agarra a minha cintura e com pressa começa a movimentar atrás de mim. Eu tento conter os gemidos, contrapartida ela chia parecendo alheia ao perigo que estamos correndo.
— É delicioso fazer com você nessa temperatura. — Ela profere baixo sem parar de meter. — A gente não pode demorar muito e nem sei se eu vou conseguir. — Ela sorrir passeando uma das suas mãos pelas minhas costas.
Miranda agarra meus cabelos da nuca e puxa, talvez por causa da dor de cabeça, mesmo que eu goste de levar puxões de cabelo durante a foda, isso não me acendeu; apenas me agoniou.
— Delícia! — Ela sussurra ainda me puxando pelos cabelos e socando mais rápido.
Sinto seu pau latejando dentro de mim e sua respiração pesada e ofegante nas minhas costas. Ela sorrir parecendo satisfeita.
— Vai se limpar antes que Emily chegue. — Ela pigarreia enquanto sua voz sai rouca e ela arruma suas calças.
Apenas confirmo com a cabeça, suspendo minha calça e sigo para fora da sua sala, para o banheiro dos subordinados é claro.
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Recôndito
FanfictionNessa fic Miranda será hermafrodita (intersexual) e ninguém, absolutamente ninguém além de seus falecidos pais sabem disso. Porém, Andreah Sachs de maneira atrapalhada descobre esse segredo que Miranda guarda debaixo de chaves dando início a um env...