Eu ainda custo a acreditar que a Miranda mandou matar a Elsa por mim. Hoje faz um mês do ocorrido, as investigações foram encerradas e o caso dado como triste incidente. Eu fico feliz por Miranda se livrar de qualquer acusação contra ela, mas eu ainda penso muito em tudo isso. Em até que ponto o outro pode ir por amor? É amor mesmo? O que passa na mente do outro a gente nunca vai saber. Mas, acho que Miranda me ama sim. Eu não toco mais no nome da modelo desde o dia que ela proibiu, mas, isso não significa que eu ainda não pense e não fique com raiva, porque a Miranda dedicou um especial Runway em homenagem a ela, eu fiquei com ódio e morrendo de ciúme, queria que ela ressuscitasse só para morrer novamente.
As coisas entre nós duas não mudou tanta coisa, eu sei que ainda é cedo para ela me apresentar as suas filhas, e que ainda não me disse nada sobre seu divorcio e eu fico com receio de voltar a tocar nessa tecla, mas poxa! Já fizemos um mês que voltamos, e ela segue vindo aqui, me levando para cama e depois indo embora.
Eu sei que tudo precisa de tempo, mas, é ruim demais um só ter que esperar pelo outro. Mas, ela me deu uma prova de amor, eu deveria não encanar com essas outras questões que leva tempo... Mas, quanto tempo?
A minha campainha toca e eu sei que é ela. Ela ainda não tem a copia da minha chave, e eu sei que se eu der para ela, será para sempre essa vida, e eu não quero essa vida de amante.
Ela sorrir. Está com uma garrafa de champanhe nas mãos vestida com terno Armani preto. Fabulosa como sempre, poderosa como deve ser e agir.
— Você está linda! — Dou passagem a ela.
— Obrigada, querida. — Ela adentra.
Miranda caminha em direção à cozinha, onde ficam as taças. Eu assistido fazer um leve esforço para que a rolha da garrafa voe no ar, fazendo-a sorri com o barulho.
— O que vamos comemorar? — Eu torço para que não seja sobre nada relacionado a noticia sobre o encerramento da investigação da morte da Elsa.
— Hoje é uma data muito especial... — Ela fala servindo as taças e meu coração salta com a possibilidade dela lembrar que estamos fazendo um mês que reatamos. — Lembra-se da Jacqueline? — Ela arqueia uma das sobrancelhas e me entrega a taça. Eu concordo com a cabeça. — Consegui fazer com que se desvinculasse da Runway, perdendo direção da revista na Itália.
— Você a matou? — Eu arregalo meus olhos com medo.
— Eu não sou uma serial killer, meu bem. — Ela sorrir balançando a cabeça em negação. — Irv está tão decepcionado com ela. — Miranda se senta apreciando a deliciosa bebida. — Ela estava enriquecendo ilicitamente nas costas dele, apenas dei um empurrão para que ele descobrisse logo.
Eu me sinto aliviada com essa informação. Pelo menos Miranda realmente não é uma assassina em serie, e bem... Não é de hoje que Miranda tinha problemas pessoais e profissionais com a Jacqueline que sempre estava tentando roubar o seu lugar.
— Venha cá, meu bem. — Ela estica a mão para me receber.
Eu suspiro aproximando-me dela. Sento em seu colo beijando seus lábios gelados pela bebida. Ela sorrir para mim, com a mão livre ela começa a tatear minha barriga em busca do meu seio por baixo da blusa.
Eu adoro a maneira como a Miranda me olha, como ela me deseja e rapidamente fica dura para mim. Eu olho para ela com um olhar de menina atentada, como ela sempre afirma que eu a olho quando estou acessa por ela. Miranda intensifica o olhar e esvazia a taça sem tirar seus olhos dos meus e, sua mão que tateia meu seio com possessividade belisca meu mamilo enrijecido.
— Hoje fazemos um mês que voltamos. — Informo-a buscando seu pescoço para saborear da sua pele macia e quente.
— E?
Beijo sua jugular, mordendo discretamente enquanto arrasto meus lábios até seu maxilar. Ouço seu sorriso em aprovação, ela inclina seu rosto em busca dos meus lábios. Eu a beijo com intensidade e lentidão. Seus lábios macios me deixam enlouquecida pelo seu corpo.
— Pensei que você lembraria e iríamos comemorar. — Informo ainda com meus lábios encostados aos seus.
— Eu não sou atenta a essas questões, querida. — Ela solta a taça no sofá e enfia a outra mão por dentro da minha blusa. — Além do mais, não há nada oficializado entre nós.
— E quando pretende me pedir em namoro? — Questiono enquanto ela puxa minha blusa para cima.
— Precisa? — Ela suga meu seio enquanto aperta o outro.
— Você disse que iria me assumir... apresentar suas filhas... — Levo minhas mãos para seus cabelos platinados, me deliciando de sua boca e de suas mãos que me apalpam com firmeza.
— Sim, mas você optou por eu matar a senhorita Hosk ao invés de assumir minha condição e nossa relação. — Ela morde meu seio, como se marcasse território.
— O que? — Me afasto para olhar em seus olhos.
Miranda apenas arqueia uma das minhas sobrancelhas, como se tivesse falado o óbvio. Eu não acredito nisso.

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Recôndito
FanfictionNessa fic Miranda será hermafrodita (intersexual) e ninguém, absolutamente ninguém além de seus falecidos pais sabem disso. Porém, Andreah Sachs de maneira atrapalhada descobre esse segredo que Miranda guarda debaixo de chaves dando início a um env...