Recôndito

7

— Estou com fome — Murmurei ainda sonolenta, sentindo meu corpo todo dolorido. E isso não era ruim. Sorri.

— Que horas são? — Ela questionou acordando também, se mexendo para virar para mim.

— Deve está beirando as 17h, — Sorri para ela.

Como estava linda com a cabelo bagunçado, rosto inchado e os lábios em um vermelho natural, mais carnudos que o normal

— Deixa-me ver. — Pelada me levantei da cama indo em direção da minha bolsa que estava em uma cadeira mais afastada da cama daquele hotel que eu jamais esquecerei. Olhei para ela por sobre o ombro quando ouvi uma sutil risada — O quê? — Dei de ombro e peguei o celular dentro da bolsa.

— Seu namorado não pode lhe ver pelada. Se suas costas estão assim... imagina a frente. — Ela parecia divertida ao falar aquilo.

Escaneei meu corpo arregalando os olhos para cada marca de chupão e de mordidas que encontrava no meus seios, barriga virilha — Miranda! — Adverti com os olhos semicerrados.

— Culpa sua. — Ela se limitou a dizer, pondo-se em pé. — Veja se dar tempo de pedir algo para comermos, também tenho fome, às 19h tenho um jantar, não posso me demorar. — Sua voz saiu calma assim como seus passos em direção ao banheiro.

Olhei para a hora no celular e arregalei os olhos, não era possível, abri o navegador e pesquisei a hora local, meu celular só poderia ter entrado em outro fuso horário, não era possível, assim a página abriu mostrando que estava certo, olhei para a porta e Miranda já havia entrado no banheiro.

Engoli em seco e segui seus passos que a pouco fez indo em direção ao banheiro, estava desacreditada, abri a porta sem bater, ela estava de costas para o chuveiro, deixando a água cair sobre seu corpo esbelto, senti meu corpo alarmar, seus seios extremamente brancos, os bicos rosados, barriga esbelta, essa mulher era uma perdição, pude ver seu membro, ainda que mole, me fez salivar, mordi o lábio inferior, — Miranda? —  chamei-a tentando dissipar meus pensamentos pecaminosos. Ela deu um salto demonstrando que havia se assustado, virando rapidamente de costas para mim. — Saia, não quero que me veja assim sem estarmos... — ela silenciou.

Entendia sua insegurança e sua vergonha, e juro que nunca pensei que essas duas palavras faziam partes da personalidade da dama de ferro, ela escondia muito bem.

— Desculpe! Mas tenho uma proposta para lhe fazer.

Ela me olhou por sobre os ombros com a sobrancelha arqueada. Entendi que ela estava mandando eu prosseguir com o que diria.

— Podemos pernoitar aqui e aproveitarmos mais esse nosso momento, ou cada uma ir para sua casa e dormi, pois são 23h, acredito que esse horário não há mais nenhum compromisso que você possa comparecer.

Ela girou seu corpo rapidamente com os olhos arregalados, saiu do box sem se importar com a sua nudez, estava desacreditada demais, pegou o celular da minha mão e olhou para ele, olhou para mim e novamente para o celular, levantei as duas sobrancelhas e sorri sem mostrar os dentes.

Ela passou a mão nos cabelos, levando para trás, aquele movimento fez meu corpo sentir um calafrio.

— O tempo passou rápido. — Ela queria mostrar naturalidade, mas seu semblante mostrava surpresa. — Seu namoradinho não se incomodará se você passar a noite fora? — Ela girou de costas indo para a ducha novamente.

Ela sempre colocando o Nate em algum diálogo... se não conhecesse Miranda, diria até que ela sentia ciúmes. Antes que ela entrasse na ducha, abracei-a por trás, senti seu corpo estremecer e ela suspirar.

— Só me importo em ficar com você.

Levei minhas mãos para seus seios massageando-os, Miranda suspirou, se virou, ficando de frente para mim. Seus olhos tinham um brilho diferente, não era de desejo carnal, de quando você deseja muito ter a pessoa em sua cama fodendo enlouquecidamente, ela um brilho terno, isso fez meu coração palpitar, ela passeou com os dedos pela minha face, fechei os olhos sentindo seu toque tão delicado. — O que você está fazendo comigo, garota?

Abri os olhos novamente, parecia que ela estava perguntando aquilo para ela mesma. Sorri, envolvi meus braços em seu pescoço e me aproximei ainda mais dela, sentindo seu membro em meu baixo ventre. — Sou tão velha para você, nem sou uma mulher completa. — Seu rosto ficou rubro.

— Depois que te vi pela primeira vez, tive certeza que eu era bi... — Sorri.

Miranda me deu um leve tapa na bunda e gargalhou, céus! Como ela fica esplêndida sorrindo, seus olhos reviraram, então ela me agarrou pela cintura e me beijou amorosamente, me derreti em seus lábios, sem palavras, apenas com o beijo, tentei dizer que eu era e sempre fui apaixonada por ela.

— Deixa-me tomar banho com você, Miranda? — Como eu adorava falar seu nome...

Ela sorriu de lado, pendeu um pouco a cabelo e semicerrou os olhos, como se estudasse a pergunta, fiquei visivelmente em expectativa.

— Faça o pedido para comermos algo, peço vinho tinto para acompanhar, e não demore.

Sorri como uma criança, segurei seu rosto com as duas mãos e beijei seus lábios, agora de forma mais lascívia, deixando nítida minhas intenções para aquele banho, ela chiou ao termino do beijo, me puxando para colar ainda mais meu corpo ao seu, esfregando seu pau em meu baixo ventre, me soltando logo em seguida e entrando no box.