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Esse capitulo não tem comprometimento algum com a realidade, se eu ver alguém militando msm com esse meu aviso aqui, vai sofre bullying por ser idiota.

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Eu vou confessar que eu me sinto esquisita em como ocorreu o meu jantar com Miranda depois daquela breve DR. Foi bom, claro que eu quem falava a maior parte do tempo, ela mais sorria e acenava, fazia algumas pontuações e eu dominei a grande parte do diálogo, mas foi agradável.

Eu disse que não ia transar com ela, eu afirmei isso com toda certeza do mundo, mas, enquanto ela estava parada em frente ao meu prédio, nos beijamos por longos minutos e é sempre maravilhoso beijar seus lábios, sentir seus toques, seu cheiro que tanto me enlouquece que eu a convidei para entrar. Tivemos uma noite agradável, e por que não?

Mas ela recusou, ela disse que iria me ensinar a manter a palavra, que eu não poderia uma hora dizer uma coisa e logo depois voltar atrás. Que eu preciso ser responsável pelas minhas escolhas e que ela não vai ser um brinquedo para está aceitando que eu a condicione a isso, que mesmo ela estando dura por mim, e com muita vontade do meu corpo, ela concorda que seria essencial para nós esse momento sabático.

Eu tentei fingir que não me abalei com o que ela impôs, eu tentei não pensar que ela não estava mais sentindo desejos por mim. Mas, eu pensei, mas eu também pensei em como foi bom o jantar, em como mesmo não transando, ficamos nos agarrando dentro do carro como dois jovens sem dinheiro para o motel.

E esse período sabático já faz oito dias e eu não estou mais aguentando de vontade de ficar com ela. Não é que não nos vimos depois disso, temos nos visto com frequência, quando a gente não se ver, conversamos brevemente por ligação. As coisas tem se tornado mais leve, eu tenho me sentido mais alegre, ela me incentiva nas questões do trabalho, ela reclama do Irv, ou de todos os outros funcionários, eu a sinto mais aberta, não como eu gostaria, mas, para quem já foi muito fechada, agora eu sinto que ela tem vontade de está comigo.

Mas, tem uns pontos que deixa muito a desejar, como hoje, por exemplo, há duas horas ela me ligou perguntando se eu queria sorvete, pois, havia comprado para suas filhas e pensou em trazer para mim também, eu disse que queria, ela falou que chegava em uma hora, mas ela está há uma hora atrasada e sequer ligou para dizer o que aconteceu ou se ainda vem.

Hoje, eu percebo que eu tenho a escolha... como ela disse "tudo é escolha e são elas que vão ditar o nosso caminho", eu me vejo na opção de ficar com raiva quando ela chegar e querer saber o que aconteceu para ela ter demorado tanto, ou respirar fundo, tentar pensar que ela não esteja com alguma modelo loira, ou se divertindo de alguma maneira sem mim, e recebe-la sem estresse e com delicadeza perguntar o que aconteceu sem surtar.

E para ser sincera, eu não sei como devo agir, porque eu também tenho medo dela está me fazendo de besta caso eu sempre aceite suas desculpas. Mas eu também não quero estragar o momento que estamos, porque mesmo que esteja sem sexo, está gostoso.

A campainha toca e eu sigo em direção a ela sabendo que é Miranda, eu me sinto ainda na corda bamba sem saber para que lado cair. Mas, o seu sorriso sem mostrar os dentes e a sacola com o logo da sorveteria no alto, me faz sorrir.

— Tive um problema na redação. — Ela profere após me dá um selinho.

Veja bem, e se eu já tivesse aberto a porta de cara fechada e esbravejando exigindo saber onde ela estava e com estava, ela entraria? Ela estaria confortavelmente indo para a cozinha guardar o sorvete enquanto fala o que aconteceu na Runway?

Talvez se eu tivesse tido a paciência de esperar, como muitas vezes ela pediu para a gente ir com calma, teríamos evitado tantas desavenças não?

— Blueberry e biscoito? — Pergunto fingindo que minha mente não está um caos.

RecônditoOnde histórias criam vida. Descubra agora