Estou aqui

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Edmundo envolveu Aurora em seus braços, delicadamente. A moça, inconsciente, gemeu um pouco. Seu namorado viu o corte na testa dela e suspirou, pegando um lenço no seu bolso e pressionando-o cuidadosamente no corte, o que estancou um pouco o sangue.

O rapaz fez um pouco de gelo com seus poderes e enrolou no lenço, comprimindo-o no corte. Nesse momento, Aurora arfou e abriu lentamente os olhos; a primeira coisa que ela viu foi Edmundo, que sorriu para sua namorada.

-Ed? - ela chamou fracamente, enquanto se sentava devagar.

-Hmm?

-É você mesmo?

-Sim, quem mais seria? - ele brincou, sorrindo. - Desculpe decepcioná-la com minha pessoa, é o melhor que posso oferecer no momento.

Aurora apenas soluçou, enterrando seu rosto no peito dele. Edmundo abraçou-a de volta, acariciando lentamente seus cachos loiros.

-Ei, está tudo bem. - ele sussurrou, de maneira reconfortante. - Eu estou aqui.

-Ah, eu tive tanto medo de ter perdido você... - soluçou a loira.

-Você viu seus piores medos, não foi?

-Como você sabe? - perguntou ela, soltando-o um pouco e olhando para ele.

-Eu também vi os meus. Vim para cá, mas não fui estúpido ao ponto de bater a cabeça na rocha. - brincou seu namorado, rindo.

-Você é irritante. - reclamou Aurora, virando os olhos para cima mas sem conseguir evitar um sorriso. - E é por isso que eu te amo. - completou ela, olhando nos olhos dele.

-Como eu disse mais cedo, pelo menos para alguma coisa eu tenho que servir...certo?

-Certo, idiota.

-Bom saber, Rory.

A garota riu, abraçando-o com força. Seu namorado beijou sua testa carinhosamente enquanto a abraçava de volta.

Os dois ficaram nessa posição por alguns instantes, esquecendo momentaneamente de todos os seus problemas e medos. A única coisa que importava naqueles instantes era que eles estavam juntos...e estavam vivos até então.

Depois de um curto espaço de tempo, Edmundo soltou Aurora delicadamente.

-Vamos, temos um livro para destruir. - disse ele, sorrindo rapidamente.

Sua namorada olhou nos olhos dele, assentindo devagar e se levantando. O rapaz se levantou logo em seguida, e os dois ficaram de frente para a suposta porta feita de rocha.

-Como fazemos para abrir isso? - perguntou a loira.

-Bom, eu não sei... - admitiu seu namorado, analisando com o olhar cada canto da porta. Em determinado momento, seus olhos bateram em algo e ele sorriu. - ...nós deveríamos tentar a maçaneta?

Dizendo isso, Edmundo colocou sua mão em um dos cantos da porta, onde se encontrava uma maçaneta redonda que aparentemente era feita de vidro.

-Mas...quê?! Como eu não vi antes?! - exclamou Aurora, surpresa.

-Todo mundo é meio idiota às vezes, eu acho. E aquela queda que você tomou não deve ter feito bem para você. - riu seu namorado, divertido.

-Seu besta. - repreendeu ela, dando-lhe um tapinha de brincadeira e sem conseguir evitar um sorriso (como sempre acontecia quando Edmundo fazia uma piada - nenhuma tinha graça, na opinião dela).

-Ei, doeu! - reclamou o rapaz, fingindo dor e rindo enquanto esfregando o lugar da "agressão".

-Que drama, idiota! Vai, abre logo essa porta e para de fazer graça. - riu a loira.

-Como quiser, mamãe. - ironizou ele, girando lentamente a maçaneta e abrindo a porta.

Aurora riu mais ainda e ia responder, mas tanto seu sorriso como o de Edmundo se desfizeram quando a porta se abriu, revelando a Sala do Livro.

Era uma sala escura, parcialmente iluminada pela luz alaranjada de velas que estavam dispostas em vários lugares da sala. 

No fundo da mesma, havia um pedestal que possuía uma vela em uma das pontas. 

Essa vela iluminava as páginas abertas...de um livro. 

O Livro.

O Livro de Magia de Charn se encontrava na frente deles, a apenas alguns metros de distância.

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Não esqueçam da estrelinha e dos comentários, amores ❤️

Beijos e até breve, Narnianos! 💖

𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 𝟐 | Nas OrigensOnde histórias criam vida. Descubra agora