O Sacrifício de Edmundo

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O portão do salão onde Priscilla e Edmundo estavam foi aberto, e lá entrou Pedro. Ao ver seu irmão mais velho, o rapaz sentiu a maior vontade de chorar de sua vida ao entender o propósito da ruiva: ela queria fazer com que o loiro visse seu irmão mais novo morrer, lenta e dolorosamente.

-Certo, vamos começar. - disse a ruiva, sorrindo cruelmente e virando-se para Pedro. - Está na hora de amarrar seu irmãozinho. 

O loiro olhou para ela, e Edmundo sentiu a raiva e a dor que borbulhava dentro dele...mas, como estava enfeitiçado, não disse nada: apenas foi até seu irmão mais novo e o arrastou até um canto do salão. Lá, prendeu as mãos dele em algemas de ferro, que estavam ligadas na parede por grossas correntes feitas do mesmo material. Assim que terminou de prender seu irmão, Pedro se afastou.

Logo em seguida, veio Priscilla...e o pior sofrimento de Edmundo começou. 

Ela ficou bem perto dele, tanto que ele conseguia sentir a respiração dela enquanto posicionava o punhal no queixo do rapaz.

-Está pronto, meu rei? - perguntou a ruiva, sussurrando cruelmente no ouvido dele. 

Então, ela pressionou o punhal contra a pele: e o primeiro corte foi feito, lentamente. 

Edmundo gemeu e gritou de dor, enquanto Priscilla deslizava o punhal pela sua pele. 

Mas ele não pediu para que ela parasse: havia feito uma promessa, uma troca que valia a vida de Aurora...e ele levaria aquela promessa até o fim. 

-Sabe de uma coisa?... - a ruiva sussurrou, enquanto deslizava o punhal na bochecha dele. - ...você não é tão covarde como eu achei que fosse. Até mesmo porque traidores são bem firmes, e estou comprovando minha teoria agora.

O rapaz gemeu enquanto ela cortava lentamente seus lábios; não uma vez e em um só lugar, mas várias vezes, por diferentes partes dos lábios.

-É isso o que você é: um traidor, Edmundo. Um trai...dor. - ela soletrou a palavra, bem lentamente. 

Nesse ponto, Edmundo já estava até se acostumando com o gosto de sangue que ia invadindo cada vez mais sua boca. 

Seu rosto já tinha diversos cortes, e cada um lhe causava dores lancinantes.

Então, Priscilla colocou a ponta do punhal na gola de sua camisa: e rasgou-a na metade, não sem deixar de ocasionar alguns cortes no abdômen durante o processo. 

Logo em seguida, ela começou a fazer cortes nos ombros do rapaz, no peito, no abdômen...sempre sussurrando coisas cruéis para ele, que já estava quase inconsciente pela perda de sangue e pela dor imensa.

Em determinado momento, enquanto fazia um novo corte no abdômen dele, Priscilla parou.

-Olha, veja o que temos aqui. - ela disse, cruelmente. - Uma cicatriz.

Era a cicatriz que Edmundo tinha desde os dez anos, quando a Feiticeira Branca o esfaqueou na Batalha do Beruna...quando ele quebrou sua vara mágica, a vara que transformava a todos em pedra.

Aquela cicatriz era extremamente sensível ao toque desde aquela época, já que o ferimento havia sido causado pelos restos daquela vara. 

Mesmo quando não se lembrava mais de Nárnia, Edmundo era frequentemente incomodado pela cicatriz, que latejava sem motivo e doía muito quando algo batia naquele local...ele havia perdido as contas das vezes em que, jogando futebol, a bola tinha batido na cicatriz, que começava a latejar.

-Bom, acho que está na hora de dar meu golpe final. - anunciou Priscilla, sorrindo cruelmente. 

Ela pressionou o punhal contra a cicatriz, enterrando-o lentamente nela logo em seguida, e deslizando-o. Edmundo gritou de dor, gemendo várias vezes.

Mas o que nem ele, nem ela viram foi o que aconteceu com Pedro: no momento em que o punhal deslizava na cicatriz de Edmundo, o sangue que escorreu respingou no seu irmão mais velho. 

No instante em que isso aconteceu, os olhos dele ficaram azuis novamente e o feitiço que o manipulava foi quebrado.

Em um impulso de raiva, ele desembainhou sua espada e apontou para Priscilla, que deixou o punhal cair de suas mãos enquanto olhava com surpresa para o loiro.

-Agora você vai se resolver comigo. - disse ele, rangendo os dentes e olhando para a ruiva com ódio. 

E essa foi a última coisa que Edmundo escutou antes que sua cabeça pendesse sobre o peito e tudo ficasse escuro.


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Meu baby 😭

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Beijos e até breve, Narnianos! 

𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 𝟐 | Nas OrigensOnde histórias criam vida. Descubra agora