-Aurora, pelo amor de Aslam, NÃO! - soluçou Edmundo, colocando as mãos em torno da cabeça de sua namorada e encostando sua testa na dela. - Por favor!
-Preocupado com sua namoradinha, Edmundo? - perguntou a voz da Feiticeira Branca, atrás deles.
O rapaz se virou, vendo o fantasma da mesma. Com cuidado, ele soltou Aurora e desembainhou sua espada, levantando-se e apontando a ponta dela para a Feiticeira.
-O que você está fazendo aqui? - perguntou ele, rangendo os dentes de raiva.
-Foi aqui que minha magia começou, então vamos dizer que eu estou praticamente na minha casa. Bom, daqui a três horas eu vou deixar de existir completamente, porque sua namorada acabou de destruir minha força por completo. - disse Jadis. - E eu quis falar com você.
-Por que quis falar comigo?
-Tenho uma proposta para te fazer, e acredite que eu não teria gastado meu tempo se não fosse me agradar fazê-la.
-Que tipo de proposta?
-Primeiro abaixe essa espada. É muito rude, sabia?
-Não me interessa! Na verdade, eu realmente quero que você se ofenda e vá embora.
-Hm, acho que não...minha proposta envolve a vida de sua namoradinha.
Edmundo arfou, e abaixou lentamente a espada - mas não embainhou-a novamente.
-O que você quer? - perguntou ele, firme. No entanto, seus lábios tremiam e seus olhos estavam cheios de lágrimas.
A Feiticeira riu:
-Impressionante...quando a coisa envolve ela você fica mansinho.
-Pode até ser, mas eu acho que você não gostaria de apostar minha vontade de te atravessar com minha espada...te causar a pior dor possível nessas suas últimas horas.
-Ok, não vou te subestimar. Inclusive, já vou lhe fazer logo minha oferta: afinal, eu não quero gastar minhas últimas horas com você.
-Por outro lado, eu não quero gastar meu tempo com você. Vamos, acabe logo com isso e me diga logo o que você quer.
-Você sabe que minha sobrinha vai te matar, não é?
-Bom, ela vai tentar. A questão é que não vai conseguir, sinto muito.
-Você tem coragem, sempre teve. Arrisco-me a dizer que você foi o Filho de Adão mais corajoso que eu já conheci. - sorriu Jadis, cruelmente.
-Vou tomar isso como um elogio.
-Você decide. Mas enfim: minha sobrinha quer fazer com que seu irmão te mate (uma tentativa muito inteligente de tortura para ele, inclusive).
-Eu já sabia de todas essas informações, obrigado. - ironizou Edmundo. - Pronto, acabou?
-Não, minha oferta surge aqui. Sua namorada está morrendo, ela não vai resistir por muito mais tempo. Eu diria que, no máximo, ela vai aguentar ficar viva por mais dez minutos. Mas você pode salvá-la...se aceitar o que vou te oferecer.
-O que você quer? - quis saber o rapaz, imediatamente.
-Eu posso salvar sua namorada, até mesmo porque a magia que está matando ela é minha. Mas, para que eu faça isso, você vai ter que me oferecer uma coisa.
-Que coisa?
-Se seu irmão não conseguir, por algum motivo, te matar, é minha sobrinha que vai fazer isso. Inicialmente, ela tinha sido instruída por mim para te matar rapidamente, na frente de seu irmão. Isso já seria sofrimento o suficiente, porque ela te mataria com um punhal de gelo que dói mais do que mil facadas...porém, ele mata rapidamente. Mas, se você aceitar a oferta que eu estou te fazendo agora, ela vai te torturar lentamente...algo extremamente lento e doloroso, que vai se encerrar com uma morte ainda mais dolorosa.
-Você está me dizendo que vai salvar minha namorada se eu aceitar sofrer mais?
-Exatamente.
Edmundo respirou fundo:
-Tudo bem, eu aceito. Desde que você cumpra sua promessa e salve a Aurora.
-Excelente. - disse a Feiticeira, sorrindo cruelmente. Ela fez alguns movimentos rápidos com os dedos, dizendo logo em seguida: - Pronto, sua namorada está viva e bem. Obrigada, Edmundo. Foi maravilhoso fazer negócios com você...vou deixar de existir sabendo que você vai morrer da forma mais dolorosa possível.
Dizendo isso, ela se desfez em uma névoa verde.
Edmundo não hesitou em se virar, vendo Aurora respirar fundo enquanto se sentava. Rapidamente, o rapaz se agachou ao lado dela.
-Você está bem, meu amor? - perguntou ele, ansiosamente.
-Aham. - a loira assentiu com a cabeça, respirando fundo mais uma vez. - Como...como eu não morri?
-Eu dei um jeito. - o rapaz sorriu, um pouco triste. Mas a felicidade por ver que sua namorada estava bem prevaleceu: - O que importa é que você está bem, nunca mais faça isso comigo!
-Vou tentar. - sorriu ela, levantando-se junto com ele. Ao olhar para o pedestal onde o Livro estava, ela viu algo e franziu o cenho. - Ed, viu aquela porta?
-Que porta, meu amor? - perguntou ele, virando-se na direção do olhar dela.
-Aqui, atrás do pedestal... - dizendo isso, Aurora jogou o pedestal para um canto e colocou sua mão na parede de rocha.
Quando ela fez isso, um portão de ferro, com detalhes em metal verde, se abriu.
-Parece que encontramos a passagem do covil daquela víbora. - constatou Aurora, e Edmundo arfou levemente.
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Beijos e até breve, Narnianos! Volto logo 😁
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𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 𝟐 | Nas Origens
FanfictionUm ano depois de todas as aventuras dos irmãos Pevensie em Nárnia, coisas estranhas começam a acontecer. E o pior acontece quando todos são transportados de repente para um mundo completamente estranho, em ruínas. O lugar possui um ar pesado, carreg...